De pouco tempo para cá, felizmente os advogados brasileiros passaram a gozar oficialmente vinte dias de recesso, conjuntamente com o Judiciário. Não viajei, permanecendo aqui na minha terra, curtindo a natureza viva às magens do Parnaíba, exatamente na foz de um de seus mais importantes afluentes dentre diversos ribeirões, o São José, curtindo a minha puberbice no amor incondicional ao torrão primeiro e único, como dizia o nosso poeta Luiz Amaral em seu canto permente a Alto Parnaíba, a sua eterna Victória.
2010 é mais um ano de eleições. Alto Parnaíba, o mais distante município com relação à capital, porém estrategicamente localizado no planalto central, vizinho do Piauí, Tocantis e Bahia, mesmo com eleitorado pequeno, irá receber visitas diversas de políticos maranhenses em busca do voto. É a democracia.
Entretanto, mais um ano se passou e Alto Parnaíba continua sem hospital público; sem a tão prometida estrada asfaltada ligando-nos ao estado do Tocantins, um pequeno trecho da BR-235 de pouco mais de 100km até Lizarda e daí à Palmas e ao centro-sul do país; sem a acalentada ponte sobre o rio Parnaíba até Santa Filomena; continua o meu município sem a expansão do programa luz para todos; sem um banco oficial de fomento e desenvolvimento, principalmente de incentivo e financiamento da agricultura, do comércio e da indústria; a cidade continua com um péssimo serviço de água potável, inextindo tal benefício em qualquer localidade rural; o município - zona urbana e campo - continuam sem uma única moradia popular, sem internet, sem celular; as ruas esburacas e estradas vicinais construídas há décadas e relegadas ao abandono, desafiam o bom senso e à responsabilidade que deveriam nortear todos os governantes em qualquer nível federativo.
Enfim, minha terra continua com apenas uma única escola pública estadual e há nove anos não recebe a visita de um governador ou de um senador em atividade; continua, a minha Victória, sem um campo de futebol, sem ginásio esportivo, sem saneamento básico, enfim, nenhum órgão público municipal parece funcionar a contento.
Por sua vez, continuam o empreguismo, a corrupção às claras, a falta de respeito com o dinheiro público, a mesmice administrativa e a ausência quase completa do Estado.
Felizmente, a iniciativa privada não esmorece e o município se desenvolve em razão disso, com íncide de emprego considerável e melhor distribuição de renda; temos juiz na comarca, mas faltam promotor de Justiça e delegado de polícia aqui morando.
Tomara que a sensação de mudanças que o ano novo traz, se concretize.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
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