Foi sepultado na manhã de hoje, 16/08, o corpo do vereador Gecílvio Alves Borges, o popular Borjão, morto em um acidente automobilístico no Km-7 da MA-006, estrada que liga Alto Parnaíba a Tasso Fragoso e Balsas, quando o veículo que estaria sendo dirigido pelo parlamentar colidiu com uma carreta carregada de milho, no final da tarde do dia 14.
Borjão morreu ao dar entrada no hospital, enquanto os passageiros de seu carro, o filho e o também vereador Manoel Gomes Alves, o Manoel de Helena, foram transportados para Imperatriz, ali permanecendo apenas Manoel, ex-presidente da Câmara de Alto Parnaíba, que fraturou a perna e se submeteu ontem a uma cirurgia.
Era o primeiro mandato eletivo de Borjão, integrante de duas das maiores famílias alto-parnaibanas, eleito na coligação PPS-PDT em 2008. Ainda jovem e mestre de obras, era uma pessoa sempre bem humorada, alegre, positiva, com quem tive o privilégio de conviver mais próximo na última campanha eleitoral.
Após a sessão solene de despedida no plenário da Câmara Municipal e da missa de corpo presente na igreja matriz, centenas de pessoas conduziram os restos mortais do jovem vereador ao cemitério da cidade onde nasceu e viveu toda a existência, deixando viúva e dois filhos.
Na vaga aberta no legislativo de Alto Parnaíba com o falecimento do vereador Borges, deverá assumir o primeiro suplente, Railon Castro Barros, cujo reduto eleitoral se concentra basicamente no povoado Taboca e no bairro São José.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
sexta-feira, 13 de agosto de 2010
A DIFÍCIL ARTE DE ADVOGAR
O dia 11 de agosto é dedicado aos advogados brasileiros. Pouca gente sabe disso, especialmente nos lugares mais distantes do país.
No último 11, às 08 horas da manhã, com quase vinte anos de advocacia plena, eu já me encontrava na cidade piauiense de Santa Filomena, do outro lado do Parnaíba, para participar de audiências no fórum. Deixei o escritório aberto e não me recordava do significado da data. Seria decepção ou cansaço, ou ambos? Foi o que de mim mesmo indaguei, quando alguns serventuários me fizeram relembrar o dia do advogado, árdua missão para quem abraça essa causa no torrão natal e nos sertõoes de um Brasil tão desigual.
O velho ditado que diz que santo de cansa não faz milagres não deixa de ter suas verdades. Ao retornar para Alto Parnaíba, já advogado, naturalmente me envolvi nas questões além da profissão, mas sempre em busca do melhor para minha terra. A origem política que se verifica desde os fundadores do município, talvez tenha contribuído para esse engajamento, nem sempre bem visto por alguns poderosos, cujas atribuições utilizadas de forma abusiva e em confronto direto com o estado de direito, me tornaram alvo do ódio e das perseguições incessantes, impiedosas, injustas.
Entretanto, graças a Deus, ao apoio maçiço de meus conterrâneos dos dois lados do grande rio e da coerência de meus posicionamentos, não esmoreci e assim como o presidente JK, o Criador me privou do sentimento do medo. Talvez o abate emocional se reflita no envelhecimento quase precoce do físico, mas a defesa da Justiça justa, da lei como imperativo de direitos e de Justiça, da liberdade e das causas dos oprimidos e dos levados à desigualdade, não envelheceu nesse simples advogado interiorano, cujo mestrado se faz no convívio diário dos rurícolas sem terras e da garantia de direitos elementares; de pobres vitimados pelo abuso dos mesmos poderosos em todos os aspectos, como no caso de uma mãe lavradora que acaba de deixar meu gabinete clamando por providências contra o pedófilo que abusou de sua filha.
Continuo amante de minha profissão e crente nos valores humanos. Hoje, o nosso Judiciário em Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso, as três comarcas onde mais atuo, se encontra, sem qualquer reconhecimento precipitado, representado com grandeza por três jovens magistrados, os juízes Franklin Silva Brandão Júnior, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros e Sílvio Alves Nascimento. Ainda falta muito da presença do Estado brasileiro em todos os seus níveis federativos, mas, com certeza, a indignação de quem lutou, ainda jovem, contra a ditadura militar, permanece viva como d'antes.
No último 11, às 08 horas da manhã, com quase vinte anos de advocacia plena, eu já me encontrava na cidade piauiense de Santa Filomena, do outro lado do Parnaíba, para participar de audiências no fórum. Deixei o escritório aberto e não me recordava do significado da data. Seria decepção ou cansaço, ou ambos? Foi o que de mim mesmo indaguei, quando alguns serventuários me fizeram relembrar o dia do advogado, árdua missão para quem abraça essa causa no torrão natal e nos sertõoes de um Brasil tão desigual.
O velho ditado que diz que santo de cansa não faz milagres não deixa de ter suas verdades. Ao retornar para Alto Parnaíba, já advogado, naturalmente me envolvi nas questões além da profissão, mas sempre em busca do melhor para minha terra. A origem política que se verifica desde os fundadores do município, talvez tenha contribuído para esse engajamento, nem sempre bem visto por alguns poderosos, cujas atribuições utilizadas de forma abusiva e em confronto direto com o estado de direito, me tornaram alvo do ódio e das perseguições incessantes, impiedosas, injustas.
Entretanto, graças a Deus, ao apoio maçiço de meus conterrâneos dos dois lados do grande rio e da coerência de meus posicionamentos, não esmoreci e assim como o presidente JK, o Criador me privou do sentimento do medo. Talvez o abate emocional se reflita no envelhecimento quase precoce do físico, mas a defesa da Justiça justa, da lei como imperativo de direitos e de Justiça, da liberdade e das causas dos oprimidos e dos levados à desigualdade, não envelheceu nesse simples advogado interiorano, cujo mestrado se faz no convívio diário dos rurícolas sem terras e da garantia de direitos elementares; de pobres vitimados pelo abuso dos mesmos poderosos em todos os aspectos, como no caso de uma mãe lavradora que acaba de deixar meu gabinete clamando por providências contra o pedófilo que abusou de sua filha.
Continuo amante de minha profissão e crente nos valores humanos. Hoje, o nosso Judiciário em Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso, as três comarcas onde mais atuo, se encontra, sem qualquer reconhecimento precipitado, representado com grandeza por três jovens magistrados, os juízes Franklin Silva Brandão Júnior, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros e Sílvio Alves Nascimento. Ainda falta muito da presença do Estado brasileiro em todos os seus níveis federativos, mas, com certeza, a indignação de quem lutou, ainda jovem, contra a ditadura militar, permanece viva como d'antes.
Da esq/dir: Carlos Biá (de costa), Erasmo Lustosa "Tafarel", Dr. Décio Rocha e Lindolfo Rocha (no computador) - cotidiano de trabalho e de contato com as pessoas no escritório de advocacia
sábado, 7 de agosto de 2010
JACKSON CANDIDATO
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão deferiu, por unanimidade, o registro da candidatura do Dr. Jackson Lago a governador em outubro próximo, negando a impugnação oferecida pelo Ministério Público eleitoral sob a alegação de que o ex-governador, cassado pelo TSE, estaria inelegível de acordo com a lei da ficha limpa.
Na minha opinião, correta a posição da Justiça eleitoral maranhense, que seguiu o voto isolado do ministro Marco Aurélio Mello, que discordou de seus pares no Tribunal Superior Eleitoral quanto a retroatividade da lei para prejudicar - Marco Aurélio também integra o Supremo Tribunal Federal, que julgará, em análise final, essas demandas -, mas, sobretudo, existe uma diferenciação do caso Jackson para a maioria: o candidato do PDT ainda discute a legalidade da cassação e, acima de tudo, a supressão de uma instância, ou seja, Jackson Lago não teve o direito constitucional de se defender primeiramente no TRE maranhense, já que sua adversária partiu direto para o TSE, atropelando princípios mais elementares do direito processual brasileiro. Daí, Jackson ainda não efetivamente julgado, inexistindo razão para enquadrá-lo como ficha suja.
Na minha opinião, correta a posição da Justiça eleitoral maranhense, que seguiu o voto isolado do ministro Marco Aurélio Mello, que discordou de seus pares no Tribunal Superior Eleitoral quanto a retroatividade da lei para prejudicar - Marco Aurélio também integra o Supremo Tribunal Federal, que julgará, em análise final, essas demandas -, mas, sobretudo, existe uma diferenciação do caso Jackson para a maioria: o candidato do PDT ainda discute a legalidade da cassação e, acima de tudo, a supressão de uma instância, ou seja, Jackson Lago não teve o direito constitucional de se defender primeiramente no TRE maranhense, já que sua adversária partiu direto para o TSE, atropelando princípios mais elementares do direito processual brasileiro. Daí, Jackson ainda não efetivamente julgado, inexistindo razão para enquadrá-lo como ficha suja.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
UMA PESSOA DO BEM
Posso afirmar sem hesitação que o título acima se encaixa perfeitamente no caráter, na personalidade, na fé inabalável em Deus, nas virtudes mais elementares, na conduta moral, pessoal e pública, na decência e na dignidade de Antonio Augusto Aragão, filho de Santa Rita de Cássia, no oeste baiano, e morto prestes a completar 88 anos de vida no último dia 03 de agosto, em Barreiras, para onde foi transferido após sofrer um derrame cerebral.
Toinho Aragão, como era conhecido, esposo da irmã caçula de meu pai, era um homem de Deus, pregador das mensagens de Cristo sem pieguismo, defensor das virtudes sem hipocrisia, amante da paz sem covardia.
Por quase sessenta anos, viveu um casamento harmônico com Júnia de Tarso Rocha e Aragão, uma mulher de fibra e de carisma contagiante, com quem teve cinco filhos, todos com curso superior. O primogênito é o médico Paulo de Tarso Rocha e Aragão, seguido do médico-veterinário, ex-prefeito e ex-deputado Antonio Augusto Aragão Júnior, o Gugu, do dentista e ex-prefeito José Benedito Rocha Aragão (Zezo), da professora e atual vice-prefeita da cidade da Barra, também na Bahia, Zênia Lúcia Rocha Aragão e do bioquímico e farmacêutico Roberto Daivisson Rocha Aragão.
Tio Toinho possuia um dos estabelecimentos comerciais mais antigos do oeste da Bahia, próximo ao extremo sul do Maranhão, de onde escrevo, foi líder da Igreja Batista, professor do lendário Instituto Batista Correntino, da vizinha cidade piauiense de Corrente, e também enveredou pela política, tendo sido vereador, presidente da Câmara e prefeito de Santa Rita de Cássia, sempre conduzindo sua vida pela paciência, tolerância, altivez nos momentos necessários, respeito para com o seu semelhante e extrema fidelidade ao Criador. Mesmo idoso, o seu desenlace ajuda a empobrecer a causa humana.
Toinho Aragão, como era conhecido, esposo da irmã caçula de meu pai, era um homem de Deus, pregador das mensagens de Cristo sem pieguismo, defensor das virtudes sem hipocrisia, amante da paz sem covardia.
Por quase sessenta anos, viveu um casamento harmônico com Júnia de Tarso Rocha e Aragão, uma mulher de fibra e de carisma contagiante, com quem teve cinco filhos, todos com curso superior. O primogênito é o médico Paulo de Tarso Rocha e Aragão, seguido do médico-veterinário, ex-prefeito e ex-deputado Antonio Augusto Aragão Júnior, o Gugu, do dentista e ex-prefeito José Benedito Rocha Aragão (Zezo), da professora e atual vice-prefeita da cidade da Barra, também na Bahia, Zênia Lúcia Rocha Aragão e do bioquímico e farmacêutico Roberto Daivisson Rocha Aragão.
Tio Toinho possuia um dos estabelecimentos comerciais mais antigos do oeste da Bahia, próximo ao extremo sul do Maranhão, de onde escrevo, foi líder da Igreja Batista, professor do lendário Instituto Batista Correntino, da vizinha cidade piauiense de Corrente, e também enveredou pela política, tendo sido vereador, presidente da Câmara e prefeito de Santa Rita de Cássia, sempre conduzindo sua vida pela paciência, tolerância, altivez nos momentos necessários, respeito para com o seu semelhante e extrema fidelidade ao Criador. Mesmo idoso, o seu desenlace ajuda a empobrecer a causa humana.
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