O dia 11 de agosto é dedicado aos advogados brasileiros. Pouca gente sabe disso, especialmente nos lugares mais distantes do país.
No último 11, às 08 horas da manhã, com quase vinte anos de advocacia plena, eu já me encontrava na cidade piauiense de Santa Filomena, do outro lado do Parnaíba, para participar de audiências no fórum. Deixei o escritório aberto e não me recordava do significado da data. Seria decepção ou cansaço, ou ambos? Foi o que de mim mesmo indaguei, quando alguns serventuários me fizeram relembrar o dia do advogado, árdua missão para quem abraça essa causa no torrão natal e nos sertõoes de um Brasil tão desigual.
O velho ditado que diz que santo de cansa não faz milagres não deixa de ter suas verdades. Ao retornar para Alto Parnaíba, já advogado, naturalmente me envolvi nas questões além da profissão, mas sempre em busca do melhor para minha terra. A origem política que se verifica desde os fundadores do município, talvez tenha contribuído para esse engajamento, nem sempre bem visto por alguns poderosos, cujas atribuições utilizadas de forma abusiva e em confronto direto com o estado de direito, me tornaram alvo do ódio e das perseguições incessantes, impiedosas, injustas.
Entretanto, graças a Deus, ao apoio maçiço de meus conterrâneos dos dois lados do grande rio e da coerência de meus posicionamentos, não esmoreci e assim como o presidente JK, o Criador me privou do sentimento do medo. Talvez o abate emocional se reflita no envelhecimento quase precoce do físico, mas a defesa da Justiça justa, da lei como imperativo de direitos e de Justiça, da liberdade e das causas dos oprimidos e dos levados à desigualdade, não envelheceu nesse simples advogado interiorano, cujo mestrado se faz no convívio diário dos rurícolas sem terras e da garantia de direitos elementares; de pobres vitimados pelo abuso dos mesmos poderosos em todos os aspectos, como no caso de uma mãe lavradora que acaba de deixar meu gabinete clamando por providências contra o pedófilo que abusou de sua filha.
Continuo amante de minha profissão e crente nos valores humanos. Hoje, o nosso Judiciário em Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso, as três comarcas onde mais atuo, se encontra, sem qualquer reconhecimento precipitado, representado com grandeza por três jovens magistrados, os juízes Franklin Silva Brandão Júnior, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros e Sílvio Alves Nascimento. Ainda falta muito da presença do Estado brasileiro em todos os seus níveis federativos, mas, com certeza, a indignação de quem lutou, ainda jovem, contra a ditadura militar, permanece viva como d'antes.
No último 11, às 08 horas da manhã, com quase vinte anos de advocacia plena, eu já me encontrava na cidade piauiense de Santa Filomena, do outro lado do Parnaíba, para participar de audiências no fórum. Deixei o escritório aberto e não me recordava do significado da data. Seria decepção ou cansaço, ou ambos? Foi o que de mim mesmo indaguei, quando alguns serventuários me fizeram relembrar o dia do advogado, árdua missão para quem abraça essa causa no torrão natal e nos sertõoes de um Brasil tão desigual.
O velho ditado que diz que santo de cansa não faz milagres não deixa de ter suas verdades. Ao retornar para Alto Parnaíba, já advogado, naturalmente me envolvi nas questões além da profissão, mas sempre em busca do melhor para minha terra. A origem política que se verifica desde os fundadores do município, talvez tenha contribuído para esse engajamento, nem sempre bem visto por alguns poderosos, cujas atribuições utilizadas de forma abusiva e em confronto direto com o estado de direito, me tornaram alvo do ódio e das perseguições incessantes, impiedosas, injustas.
Entretanto, graças a Deus, ao apoio maçiço de meus conterrâneos dos dois lados do grande rio e da coerência de meus posicionamentos, não esmoreci e assim como o presidente JK, o Criador me privou do sentimento do medo. Talvez o abate emocional se reflita no envelhecimento quase precoce do físico, mas a defesa da Justiça justa, da lei como imperativo de direitos e de Justiça, da liberdade e das causas dos oprimidos e dos levados à desigualdade, não envelheceu nesse simples advogado interiorano, cujo mestrado se faz no convívio diário dos rurícolas sem terras e da garantia de direitos elementares; de pobres vitimados pelo abuso dos mesmos poderosos em todos os aspectos, como no caso de uma mãe lavradora que acaba de deixar meu gabinete clamando por providências contra o pedófilo que abusou de sua filha.
Continuo amante de minha profissão e crente nos valores humanos. Hoje, o nosso Judiciário em Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso, as três comarcas onde mais atuo, se encontra, sem qualquer reconhecimento precipitado, representado com grandeza por três jovens magistrados, os juízes Franklin Silva Brandão Júnior, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros e Sílvio Alves Nascimento. Ainda falta muito da presença do Estado brasileiro em todos os seus níveis federativos, mas, com certeza, a indignação de quem lutou, ainda jovem, contra a ditadura militar, permanece viva como d'antes.
Da esq/dir: Carlos Biá (de costa), Erasmo Lustosa "Tafarel", Dr. Décio Rocha e Lindolfo Rocha (no computador) - cotidiano de trabalho e de contato com as pessoas no escritório de advocacia
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