As\investigações das polícias e dos órgãos de controle dos municípios brasileiros tornaram-se rotineiras e parece que as prisões e abertura de ações penais contra prefeitos e demais gestores e envolvidos em esquemas de corrupção, não estão servindo de exemplo, de freio aos larápios, ou então eles não acessam a internet, não assistem televisão, não ouvem rádio e nem lêem jornais e revistas.
A inovação ultimamente é de que a Polícia Federal, as polícias civis, a Controladoria-Geral da União - CGU e os tribunais de contas, não restrigem suas diligências e investigações aos gestores principais, ou seja, no caso das Prefeituras aos prefeitos, que são, em regra, os ordenadores de despesas, e eram considerados os únicos até recentemente.
O exemplo da semana vem de São João do Paraíso, no sul do Maranhão, onde, além do prefeito Boca Quente - deve ter apetite voraz por dinheiro público -, do ex-prefeito, também foram presos pela PF e pela CGU na Operação Usura a primeira-dama - tornaram-se, na maioria, a célula central das ações criminosas de desvio do dinheiro do povo -, atuais e ex-secretários de Educação, Saúde, Assistência Social e Infraestrutura (Obras), os membros das comissões permanentes de licitações, membros de conselhos municipais de fundos (educação, saúde e assistência social), tesoureiros, contadores e até o laranja do prefeito, que é seu vaqueiro e emprestava o nome e o CPF para as práticas criminosas, além do agiota, que chegou a movimentar, em dois anos, 25 milhões de reais dos cofres do pequeno e pobre município sul maranhense.
Por falar em agiotas, esses personagens, que já deveriam ter sido varridos do convívio da socidade, financiam as campanhas de determinados candidatos em pequenos municípios, como do nosso estado, e obtida a vitória, passam a receber, além do capital, os juros capitalizados sob a forma de usura - daí o nome da operação em São João do Paraíso que mostra a realidade em outras Prefeituras de nossa região -, em torno de 10 a 20% ao mês. E isso é público. A cada decênio, é só passar em frente de Prefeituras que verificarão, pelo nome, os agiotas ali de plantão, para receberem sem suar, sem trabalhar o dinheiro minguado desviado por larápios de povos carentes e necessitados até do básico, como alimnentação adequada, saúde, educação, estradas, transportes, emprego.
Tomara que a Operação Usura prossiga, para o bem das populações espoliadas e roubadas descaradamente, assim como no aludido município, segundo informações das autoridades que investigam.
sábado, 14 de maio de 2011
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