quarta-feira, 23 de junho de 2010

PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL

O vereador Elias Elton do Amaral Rocha, do PDT, irá apresentar na próxima sessão da Câmara de Vereadores um projeto de emenda à lei orgânica que cria o Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico, Geográfico e Cultural do município de Alto Parnaíba, no extremo sul maranhense, a partir de um projeto do Partido Democrático Trabalhista e do empenho determinado da professora Carmélia Pacheco, uma incansável educadora e notável ativista cultural e política.

Alto Parnaíba possui 144 anos de história e não é possível que não tenha muito a preservar, a revelar, a conservar, a partir do centro histórico, mais precisamente da margem do rio Parnaíba onde a cidade nasceu, como a restauração e conservação do prédio da intendência e casa do primeiro prefeito, coronel Antonio Luiz do Amaral Britto, onde atualmente funciona uma beneficiadora de arroz; as casas do major Hamilton Lustosa de Britto (Mitim), do bar Victória, de Ivan Brito, o primeiro da cidade; de Aderson Lustosa do Amaral Brito - um sobrado cujo quintal é o velho monge; de Rodolfo Amaral Filho; de Benevenuto Pereira da Costa (Bena), de Carlos Lustosa do Amaral (Carreta), depois de Maria de Lourdes Rosa e Sá (Baía); do coronel Adolpho Lustosa e do poeta Luiz Amaral; de Antonio de Araújo Rocha; de José Rodrigues de Miranda; da cadeia pública, do quartel da Polícia Militar e delegacia de polícia, do templo de nossa primeira Igreja, enfim, apenas o casario já é considerável, podendo incluir, ainda, o primeiro cemitério, com muros no chão e transformado em refrigério para o gado.

O nosso folclore praticamente morreu, ressurgido aos poucos com quadrilhas juninas. Outras atividades culturais padecem do mesmo mal, necessitando do apoio público e da iniciativa privada para reerguer, como o reizado, o bumba-meu-boi Besouro de Arudá (da negra Maria Apolônia, com seus 1.90 m. de altura, filha de escravos ainda nascida no cativeiro e sua saia rodada dançando além do brejo do Rapadura, de memória viva da minha meninice), as rezas aos santos e santas de todos os gostos e credos que se espalhavam pela cidade e pelo interior, ainda um pouco presente, enfim, esse instituto tem tudo para dar certo e é salutar que o poder público se mobilize e que a vontade política se faça sentir na nova instituição.

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