quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A MORTE DE MARIA BOLINHA

Faleceu na noite do último dia 07, no hospital São Geraldo, na cidade sul maranhense de Alto Parnaíba, Maria Luiza Rodrigues da Silva, aos 77 anos de idade,  popularmente conhecida apenas por Maria Bolinha, após certo período de enfermidade.

Pouco antes de sua morte, estive no hospital com Bolinha, quando minha mãe esteve ali internada. Com respiração ofegante, ela estava preocupada com minha mãe, perguntando com dificuldades pelo estado de saúde de dona Dacy.

Piauiense da vizinha Santa Filomena, Maria ainda jovem passou a morar em Alto Parnaíba, e sua casa tinha por quintal o ribeirão Rapadura, que corta a cidade, próximo à foz com o rio Parnaíba. Passou anos ali sofrendo com as sucessivas cheias no Velho Monge, mas somente a pouco tempo passou a residir em um bairro, deixando na velha casa seu único filho, José Rodrigues da Silva, o Zé de Bolinha, funcionário público municipal cedido à delegacia de polícia civil, onde exerce há trinta anos o cargo de escrivão de polícia ad hoc.

Na minha adolescência e juntamente com colegas de infância, no período de férias escolares uma das primeiras casas que eu visita em Alto Parnaíba era a de Bolinha e ela, atenciosa e excelente cozinheira, sempre preparava uma galinha caipira de molho pardo ou frita na panela de barro em fogão de lenha, uma delícia que jamais saíu de minhas lembranças.

Por anos, Maria Bolinha morou com minha avó paterna Ifigênia Rocha, com minha tia Tirzah e meus tios Eurídice e Ben-Hur Rocha, e sua ligação com minha família era estreita. Maria criou vários sobrinhos e outras crianças com a mesma dedicação e devoção com que criou e educou o único filho biológico.

Fica o registro e a minha saudade de uma das personagens mais queridas e conhecidas de minha terra. Que Deus a ilumine. 

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