



As fotos de Léo Nogueira Rocha dizem tudo. Que a Câmara Municipal saia do muro e cumpra com seus deveres institucionais de fiscalizar, sob pena de cumplicidade criminosa. Ao Ministério Público, o material necessário para iniciar


Ninguém consegue obter uma certidão judicial ou cartorária, já que a velha máquina de datilografia está aposentada. As audiências estão sendo adiadas, o que siginifica mais atraso no andamento de processos crônicos na distante comarca piauiense, alguns tramitando há quase trinta anos, exatamente no momento em que o atual juiz de direito, Ronaldo Paiva Nunes Marreiros, que permanece na cidade trabalhando de domingo a domingo, estava colocando a pauta em situação razoável. Se uma criança ou um imóvel é registrado, a certidão somente será expedida quando a energia elétrica for normalizada.
Segundo informações não oficiais, a responsável pelo problema seria da empresa construtora, titularizada pelo engenheiro civil Herles Alves Macedo, o popular Coutinho, a quem o Tribunal de Justiça do Piauí teria dado o prazo até hoje, 27.10, para restabelecer o sistema de energia e com isso possibiliar o funcionamento do fórum. Não consta que a aludida construtora tenha tomado qualquer providência e pelo visto, se o Judiciário piauiense não agir imediatamente esse recesso forçado irá perdurar, prejudicando os trabalhos da própria Justiça e acima tudo, o usuário, o cidadão comum.
Foto: Léo Nogueira Rocha
Esta foto histórica que mostra a professora Hilda Pereira cercada de alunos é de 1930 e me foi repassada pelo advogado aposentado da Petrobras, Dr. João da Cruz Franco Lopes, hoje com 84 anos de idade, que a mantém em seu arquivo pessoal e aparece na imagem como a última criança (uniformizado) da fila de baixo, da direita p/a esquerda, a mesma fila em que a educadora aparece sentada. Na mesma direção e na fila de baixo ate a de cima: as crianças Corintho Rocha; Rochinha (meu pai); Leônidas Amaral Filho; Nene Cavalcante; Ritinha Amaral; Gessy Amaral Brito; Zoila Soares; Iná Amaral; a professora Hilda Pereira; Magnólia Amaral (Magui); Socorro Castro; (não identificada); Álvaro Brito; João da Cruz Lopes. Na segunda fila: Jonilo Lopes, Milton Brito; Conceição Lopes; (não identificada); Palmerina Brito; Deusina Brito; Gracy Lopes; Izidorinha Rocha. Na fila de cima: Nadir Moreira; (seguem-se quatro crianças ainda não identificadas); Irene Moreira; (não identificada); e Ritinha Rocha. Cenário: casarão de Mundico Castro, cunhado de Eurípedes Coelho, na beira do Parnaíba, que não mais existe.
Nos anos 1930, o interventor federal no Maranhão, Paulo Ramos, nomeou a jovem filha de São Luís, Maria de Lourdes Gouveia, depois Rocha, recém formada pelo tradicional Liceu Maranhense da capital maranhense, como professora normalista em Alto Parnaíba, aqui chegando a lombo de burro, quando prefeito Lourival Lopes, que lhe deu todo o apoio. Ela foi a primeira diretora do então grupo escolar Vitorino Freire, hoje centro de ensino, e se transformou em nossa maior educadora, com a contribuição inicial de três outras normalistas, as professoras Eurídice Formiga Rocha, Antonia Galvão Brito e Maria Madalena Gomes Amaral, da educadora municipal Maria da Conceição Lopes de Carvalho, depois Maria de Lourdes Rosa e Sá (Baía), Luiza Barbosa Lubre, Maria do Socorro Castro Rodrigues e ainda Maria Albanisa do Amaral Mascarenhas, Dirce Negreiros de Aguiar Pacheco, Marilnalva Campos Ribeiro, Maridete Bezerra do Amaral, Árison Mardem do Amaral, Alberto Tavares, Pe. André Fillippi, pe. Emílio Ragonio, Berilo Vargas, Carmem Pacheco Lustosa, Carmélia Maria Pacheco Lyra, Izidorinha Gouveia Rocha, Niwbamaria Sobreira Lima, Martha Rocha Avelino, Maria do Socorro Formiga Rocha, e tantos e tantos outros que ainda contribuem para a educação em nossa terra
Faço questão de destacar o trabalho pedagógico da professora Delite Castro Rodrigues Avelino, também diretora do Vitorino Freire, e atualmente aposentada, que liderou uma equipe extraordinária de professores, a maioria absoluta nomeada por iniciativa de meu pai, Antonio Rocha Filho, junto ao então governador João Castelo. Justiça seja feita!.
Hoje o nosso município possui outras escolas particulares, permanece uma única escola do estado e algumas municipais. Sinto-me confortável em dizer que em quase todas as escolas meu pai teve uma participação decisiva, como prefeito, a partir do Centro Educacional Cenecista de Alto Parnaíba, o velho Ginásio Alto-parnaibano, por ele construído e inaugurado - aquisição iniciada na gestão anterior do ex-prefeito Raimundo Almeida - e que teve suas portas lacradas pela intolerância do Cenec, seu indevido proprietário. No Vitorino Freire, a ampliação e transformação em primeiro grau completo em 1987. A construção da escola municipal Marly Sarney, a maior da rede pública local, e as escolas São José, Conceição Neris (no bairro Santa Antonio), prefeito Elias Rocha (no bairro Santa Cruz) e Leda Tajra, antiga Ecilda Ramos. De 1989 para cá nenhum prefeito construíu sequer um novo prédio na cidade e poucos foram recuperados. No interior do município, os mesmos fatos e a mesma verdade.
Os professores continuam, especialmente uma excelente geração jovem que continua a estudar e a apreender, abnegados, mesmo recebendo um salário não condizente com a missão ímpar que desempenham em prol da coletividade. Um fato grave, entretanto, merece registro. Após quase 35 anos como professora da rede pública de ensino de Alto Parnaíba e 56 anos de vida, a professora Eva Rodrigues Costa Lima foi aposentada com um salário mínimo mensal, mesmo tendo contribuído o dobro disso por anos. Nem mesmo o teto nacional foi concedido à mestre de tantos e tantos crianças e adolescentes na zona rural e na cidade. A razão primeira: a Prefeitura não repassou nos últimos anos ao INSS o valor da contribuição real incidente sobre o salário total da professora, mas sobre apenas um salário mínimo. A partir de segunda-feira, estarei dando início à uma ação judicial de dona Eva em busca de um direito constitucional consagrado e imensurável. Aí o desrespeito com o professor, o ser humano cuja vida foi dedicada à sala de aula, ao aluno, ao ensino público. Como ela me disse n'um momento de indignação santa, seria melhor ter ficado na roça e se aposentado como lavradora, como lavrador é seu marido.
Que todos os demais professores e funcionários municipais se previnam e busquem acompanhar a sua situação no INSS. Ao sindicato da classe, que ajudei a fundar como seu advogado e a pedido de um grande educador, professor Flávio Damasceno Santos Nogueira, que em 15 dias como secretário municipal de educação durante a interinidade do ex-prefeito Avelar Ribeiro, o Bêla, demonstrou a sua grande capacidade de gestor educacional, as providências imediatas que o caso requer, pois é extremamente preocupante e grave. À Justiça, a garantia dos direitos da professora desrespeitada. É o mínimo.