Um dos grandes problemas do município de Alto Parnaíba é a situação caótica das estradas vicinais, ou carreiros, que vêm se perpetuando no decorrer dos tempos. E isso não é de hoje.
De madrugada, na cidade e em parte da zona rural tivemos uma excelente chuva. Na primavera oficial, talvez o início do nosso tão acalentado inverno, que põe fim à seca árdua, ameniza o clima quente quase insuportável e a poeira corrosiva em ruas urbanas e nas ditas estradas do interior do município. Ainda é provável que seja mais uma chuva de cajú e manga, cuja safra, ao lado da de buriti e pequi, promete muito. É tempo de fartura e mais um ano, sem estradas no mínimo dignas.
É difícil para a Prefeitura Municipal arcar sozinha com a responsabilidade de construir estradas em um município com mais de 11 mim km2 de território, que vai das nascentes do rio Balsas às divisas com o Tocantins, Piauí e até a Bahia e chega a um limite extenso com o vizinho município de Tasso Fragoso, filho de Alto Parnaíba. É necessário a participação do governo estadual e até federal, especialmente na construção, ainda não planejada, da estrada vicinal que liga a cidade ao distrito de Curupá em uma distância de 120 km aproximadamente, praticamente à margem do rio Parnaíba, parte ocupada pelo Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, criado por decreto presidencial em 2002, que se restringe apenas ao texto do ato.
Entretanto, é essencial que o Município lidere um amplo programa de construção de estradas. Os carreiros existentes, dentre eles o trecho da BR-235 entre Alto Parnaíba e Lizarda/TO, praticamente são os mesmos abertos ainda pelos desbravadores e fundadores de Alto Parnaíba. Ontem, de minha chácara na barra do ribeirão São José com o Parnaíba, a 3 km da cidade, observei a passagem do ônibus que transporta pessoas até o distrito de Curupá. Era o início da noite e a iniciativa do motorista em viajar naquele horário, com o clima mais ameno, considerei um ponto positivo, principalmente por conduzir dezenas de pessoas idosas e aposentadas rurais e crianças. A precariedade do carreiro deixa a viagem ainda mais longa. Gente sentada sobre gente. Bagagens, como sacos de cereais, junto com seres humanos. Veículo antigo, porém herói, ao lado do motorista. É, por incrível que pareça, o meio de transporte mais humano e seguro em meu município; a outra alternativa, caminhonetes e caminhões com armações nas carrocerias, dando a impressão que vão carregar bois e não gente. É a ausência de estradas que possibilita essa triste e desumana realidade.
Com a chuva da madrugada - agradável e extremamente benéfica, anunciando um bom inverno -, no pequeno trecho entre a chácara Ifigênia Rocha, onde moro, e meu escritório de advocacia, onde redijo esse comentário, na estrada, a mesma vicinal entre a cidade e o distrito de Curupá, buracos se alargam e ribanceiras ameaçam desabafar. A pequena ponte sobre o brejo do Chapada, limite entre as zonas urbana e rural, é uma resistente que parece ter cansado de mostrar às autoridades que tudo tem limite e de um segundo para outro, pode vir a desabar e causar uma tragédia tão anunciada. Em um município com o potencial agrícola como Alto Parnaíba, a exigência de boas estradas ainda é maior. A natureza ajuda, pois o cascalho é abundamente praticamente à margem da maioria dos carreiros. Aliás, o tempo do carro de boi, só na história. Minha terra merece mais. As fotos mostram, por incrível que possa ser, provavelmente a melhor estrada municipal de Alto Parnaíba (entre a cidade e minha morada). A responsabilidade para a reconstrução e construção de boas rodovias é das autoridades locais, estaduais e federais, bem como é indispensável a participação da iniciativa privada, especialmente dos produtores, que já trouxeram para si o custo para que o tráfego, mais precisamente nos cerrados, como na Serra da Bacaba, não pare de vez.
De madrugada, na cidade e em parte da zona rural tivemos uma excelente chuva. Na primavera oficial, talvez o início do nosso tão acalentado inverno, que põe fim à seca árdua, ameniza o clima quente quase insuportável e a poeira corrosiva em ruas urbanas e nas ditas estradas do interior do município. Ainda é provável que seja mais uma chuva de cajú e manga, cuja safra, ao lado da de buriti e pequi, promete muito. É tempo de fartura e mais um ano, sem estradas no mínimo dignas.
É difícil para a Prefeitura Municipal arcar sozinha com a responsabilidade de construir estradas em um município com mais de 11 mim km2 de território, que vai das nascentes do rio Balsas às divisas com o Tocantins, Piauí e até a Bahia e chega a um limite extenso com o vizinho município de Tasso Fragoso, filho de Alto Parnaíba. É necessário a participação do governo estadual e até federal, especialmente na construção, ainda não planejada, da estrada vicinal que liga a cidade ao distrito de Curupá em uma distância de 120 km aproximadamente, praticamente à margem do rio Parnaíba, parte ocupada pelo Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba, criado por decreto presidencial em 2002, que se restringe apenas ao texto do ato.
Entretanto, é essencial que o Município lidere um amplo programa de construção de estradas. Os carreiros existentes, dentre eles o trecho da BR-235 entre Alto Parnaíba e Lizarda/TO, praticamente são os mesmos abertos ainda pelos desbravadores e fundadores de Alto Parnaíba. Ontem, de minha chácara na barra do ribeirão São José com o Parnaíba, a 3 km da cidade, observei a passagem do ônibus que transporta pessoas até o distrito de Curupá. Era o início da noite e a iniciativa do motorista em viajar naquele horário, com o clima mais ameno, considerei um ponto positivo, principalmente por conduzir dezenas de pessoas idosas e aposentadas rurais e crianças. A precariedade do carreiro deixa a viagem ainda mais longa. Gente sentada sobre gente. Bagagens, como sacos de cereais, junto com seres humanos. Veículo antigo, porém herói, ao lado do motorista. É, por incrível que pareça, o meio de transporte mais humano e seguro em meu município; a outra alternativa, caminhonetes e caminhões com armações nas carrocerias, dando a impressão que vão carregar bois e não gente. É a ausência de estradas que possibilita essa triste e desumana realidade.
Com a chuva da madrugada - agradável e extremamente benéfica, anunciando um bom inverno -, no pequeno trecho entre a chácara Ifigênia Rocha, onde moro, e meu escritório de advocacia, onde redijo esse comentário, na estrada, a mesma vicinal entre a cidade e o distrito de Curupá, buracos se alargam e ribanceiras ameaçam desabafar. A pequena ponte sobre o brejo do Chapada, limite entre as zonas urbana e rural, é uma resistente que parece ter cansado de mostrar às autoridades que tudo tem limite e de um segundo para outro, pode vir a desabar e causar uma tragédia tão anunciada. Em um município com o potencial agrícola como Alto Parnaíba, a exigência de boas estradas ainda é maior. A natureza ajuda, pois o cascalho é abundamente praticamente à margem da maioria dos carreiros. Aliás, o tempo do carro de boi, só na história. Minha terra merece mais. As fotos mostram, por incrível que possa ser, provavelmente a melhor estrada municipal de Alto Parnaíba (entre a cidade e minha morada). A responsabilidade para a reconstrução e construção de boas rodovias é das autoridades locais, estaduais e federais, bem como é indispensável a participação da iniciativa privada, especialmente dos produtores, que já trouxeram para si o custo para que o tráfego, mais precisamente nos cerrados, como na Serra da Bacaba, não pare de vez.
Fotos:Carleandro Pereira da Silva e Lindolfo Brito Rocha
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