Os desdobramentos noticiados sobre o frio e covarde assassinato da juiza de direito Patrícia Acioly, da quarta vara criminal de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, a cada dia deixam ainda mais indignada a sociedade brasileira, principalmente pelas declarações do comandante geral da Polícia Militar daquele estado que comprova o envolvimento de policiais no homicídio.
Ora, se a juiza, ameaçada de morte, teve proteção, em determinados momentos, exatamente de policiais militares do Rio e integrantes da corporação estariam envolvidos em sua morte, em quem o cidadão comum, sem privilégios e prerrogativas, pode confiar? E o Tribunal de Justiça fluminense que afirmou haver deixado de garantir segurança à magistrada pelo fato de as ameaças anteriores não terem se concretizado, será que agora, quando o fato anunciado tantas vezes se concretizou, dará proteção à sua integrante além-túmulo? Seria cômico se não se tratasse de uma vida humana, da vida de uma operadora do direito que demonstrava coragem, determinação e firmeza na punição aos criminosos que envergonham a farda que vestem em todas as corporações no país; seria engraçado e até patético se não se tratassem de autoridades constituídas em um dos mais importantes estados brasileiros, mergulhados - para ser mínimo - na burocracia que mata, na mediocridade que confude e nada resolve e na omissão criminosa que tantos males faz ao Brasil.
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
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