sábado, 23 de julho de 2011

BEN-HUR

Há exatos dez anos morria, de forma súbita e totalmente inesperada, um primo amigo e querido por todos da família e pela comunidade de Alto Parnaíba, município onde nasce o rio Parnaíba maranhense, Ben-Hur Rocha Filho, então com 49 anos de idade.

Segundo filho de meus tios Ben-Hur de Araújo Rocha, irmão de meu pai, e Eurídice Formiga Rocha, Ben-Hur ou Ben-Hurzinho, como era conhecido, sentiu um mal estar quando estava trabalhando na agência do Banco do Brasil da cidade de Tasso Fragoso, a 96 km de Alto Parnaíba, e, sem pedir ajuda, se dirigiu ao pequeno hospital do lugar e quando lhe era ministrada uma injeção de buscopan, teve morte imediata, provavelmente infarto agudo do miocárdio, pegando todos da família, amigos e membros das comunidades, onde era bastante conhecido e estimado, surpresos.

Arrimo de família n'uma prole com mais quinze irmãos, Ben-Hurzinho começou a trabalhar ainda adolescente, estudou em Gurupi, Goiânia e São Luís, retornou a Alto Parnaíba no final dos anos 1970, fez o concurso para o Banco do Brasil, obtendo aprovação e iniciando suas atividades na agência de nossa cidade até o fechamento inexplicável da mesma, indo, em seguida, para Tasso Fragoso, onde veio a óbito.

Carismático, alegre, extremamente trabalhador, Ben-Hur deixou viúva, Zilneide Alves Rocha, e três filhos, João Ricardo, Tereza Cristina e Ana Beatriz, todos menores na época do desenlace. Seis meses depois de sua morte a mãe, tia Eurídice, que tinha pública predileção pelo filho homem mais velho e bastante apegado a ela, também faleceu. Ele, infelizmente, não chegou a conhecer os netos - Marcos e Paulo, filhos de Tereza, e Ellen, filha de Bia -, mas, com certeza, de onde estiver, estará curtindo essas crianças com o mesmo amor com o qual se dedicou aos flhos, aos irmãos mais novos e a todos nós, cuja amizade era incomparável.

Passam os anos, fica a lembrança, a saudade e o exemplo, especialmente para os seus filhos, sobrinhos e netos, de um homem de bem, batalhador, otimista, que venceu na vida por mérito próprio, sem privilégios e sem heranças, humilde no trato com todos, sem preconceitos e sem vícios. Enfim, Ben-Hur era apenas um ser humano simples e fraterno, um escolhido do Criador, que cumpriu fielmente, sem hipocrisias, a sua missão terrena.

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