Em poucos dias alguns acidentes, a maioria envolvendo motocicletas, estão deixando preocupados e até mesmo assustados moradores da então pacata cidade sul maranhense de Alto Parnaíba, a 1.080 km de São Luís.
O lavrador Cláudio Vitorino teria sido atropelado por um motoqueiro ainda não indentificado e veio a óbito quando estava sendo transportado para Balsas. O octonegário José Carvalho, o popular sanfoneiro Zé Pequeno, um dos mais tradicionais músicos de nossa terra, foi atropelado quando fazia sua caminhada por dois motoqueiros, que trafegavam emparelhados. Atropelado e atropelador foram transferidos em estado grave para centro urbano mais adiantado. Outros acidentes, pequenos ou não mancharm um pouco o brilho dos festejos de setembro.
Há dois dias mais um motorista passou por cima de duas motocicletas, uma das quais do blogueiro Raildson Rocha, com perda praticamente total. O mais grave. Ninguém foi detido, os veículos causadores dos acidentes - em sua maioria - não foram recolhidos, flagrantes não foram lavrados.
Testemunhas afirmam que, em quase todos os casos os motoristas demonstravam claros sinais de embriaguez. O delegado de polícia civil de Alto Parnaíba mora em Balsas, a 246 km de distância, mas, mesmo assim, isso não é desculpa para que os flagrantes não sejam lavrados, até porque qualquer um do povo pode prender outra pessoa em flagrante delito. Para que existe meio eletrônico e eficiente de correspondência em tempo real, como fax e e-mail?
Foto: Cândido Henrique Noronha
Ruas estreitas, sujas, sem passeio para pedestres, mal iluminadas, total ausência de policiamento de trânsito e de sinalização contribuem significadamente para essa lamentável situação. Se a polícia prende em flagrante não há ilegalidade; a ilegalidade é soltar alguém sem fiança ou sem ordem judicial escrita e fundamentada, diz a lei. A imagem acima, trecho da rua prefeito José Soares ligando o centro ao bairro Santo Antonio, foi onde o lavrador Cláudio Vitorino foi morto.
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