A coligação Agora é a Vez de Povo, formada pelo PSB, PT, PDT, PRP e PT do B, e liderada pelo candidato a prefeito Itamar Vieira, protocolou requerimento ontem junto ao Juiz Eleitoral da 11ª zona de Alto Parnaíba, no sul maranhense, postulando o envio de força federal (Exército e/ou outra arma), incluindo agentes da Polícia Federal, para prevenir e garantir a lisura integral do pleito municipal que se aproxima.
Em certo trecho do requerimento, a coligação relembra à Justiça Eleitoral o histórico de eleições recentes em Alto Parnaíba onde a e tranquilidade, a legalidade e normalidade de algumas campanhas, cujos candidatos detinham forte poder político e/ou econômico, eram apenas aparente.
Indo além, a coligação Agora é a Vez do Povo frisou que o bem conceituado Movimento Nacional de Combate à Corrupção Eleitoral, hoje com repercussão internacional, teve início exatamente em Alto Parnaíba, o que deu destaque ao nosso município como modelo de enfrentamento ao crime da compra de votos em modalidades diversas, não sendo aconselhável que, a partir de sua ideia inicial, o próprio Movimento da sociedade civil seja surpreendido com o abuso do poder político e econômico que as ruas anunciam em Alto Parnaíba até o dia da eleição, 07 de outubro próximo. As ruas falam até em derrama de dinheiro. Nunca devemos subestimar as ruas.
Os agentes do crime eleitoral, o que é prática em organizações criminosas de qualquer natureza, dissimulam suas investidas. O mais comum, no momento, é a contratação direta ou indireta de cabos eleitorais em número elevadíssimo como se fossem prestadores de serviços de algumas campanhas, alguns com contrato formais e a maioria como caixa dois, cladestina e criminosamente, às escondidas na calada da noite que há muito tempo deixou de ser tão silenciosa. Sob a relatoria do ministro Arnaldo Versiani, na semana passada o Tribunal Superior Eleitoral cassou por unanimidade o mandato de um prefeito de um pequeno município do interior do nordeste que literalmete comprou o cargo (em eleição suplementar) ao contratar mais de mil cabos eleitorais enquanto o município em questão possuia pouco mais de 3.600 domicílios, além de administrar uma prefeitura com mais de setecentos servidores, concursados ou não. Nesse acuso, o abuso é duplo - econômico e político.
Os contratados indiretos são aqueles não formais, ou seja, sem contrato escrito. No entanto, não será nada difícil a identificação e eventual punição dos envolvidos. Também o abuso político na distribuição de material de construção a eleitores, ameaça a contratados e comissionados do serviço público local, a chantagem contra estes e outros prestadores de serviços é uma prática que apenas o envio de tropas federais, além de agentes da Polícia Federal, poderá ser combatida com mais agilidade, rigor e eficácia, ante mesmo o número mínimo de nosso contingente policial militar.
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