Nos últimos vinte anos, o município de Alto Parnaíba não tem sido sorte, com poucas exceções, na aquisição de bons administradores públicos para conduzi-lo, entretanto, a presença ousada e insistente de migrantes, aliados aos filhos da terra, faz com que a nossa agricultura, ao lado da pecuária e do comércio e, em consequência, do agronegócio que se inicia, tenha uma expansão e um crescimento de produção de grãos em excelentes safras a cada ano.
O fechamento da agência do Banco do Brasil em nossa cidade foi uma perda até hoje irrecuperável e o seu retorno, a partir de um novo movimento encabeçado pelo vereador Elias Elton do Amaral Rocha (PDT), com o apoio dos demais integrantes da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, tornou-se inadiável, pela própria capacidade da classe agricultora em preservar e expadir os negócios, gerando empregos e divisas, novos investimentos em terras, em máquinas e em tecnologia, novos campos agrícolas abertos, um crescimento considerável das transações imobiliárias e a conscientização acentuada com o meio ambiente.
Nunca presenciei tanta chuva como no mês de outubro em curso, não apenas chuvas de cajú e de manga. Ouvia de um agricultor no início da semana que se o inverno terminar como está se iniciando, teríamos condições de duas safras anuais, sem a necessidade de irrigação. Não é bairrismo, mesmo que eu seja um apaixonado por minha terra, mas é a constatação concreta de que as terras que formam os municípios de Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso são superiores em fertilidade, em número de hectares disponíveis, em chuvas regulares e em água abundante e perene, às terras de outros municípios da própria região, e de que o momento de investir e de produzir a custo barato e com segurança dada até pela natureza, é agora.
A safra futura baterá recordes, é inegável e as previsões de especialistas e da natureza dizem isso. Também conversei no final de semana com o agrônomo José Carlos Polesso, um dos melhores e mais experientes profissionais da área agrícola da região do Alto Parnaíba, extremamente cauteloso e técnico, e discorríamos sobre o entusiasmo das empresas que estão se instalando nos arredores da cidade, especialmente as que trabalham com a agricultura em média e grande escala, e sobre a possibibilidade da criação do distrito industrial de Alto Parnaíba, a partir do agronegócio em franco crescimento.
A falta de informatização do Cartório do Registro de Imóveis da comarca de Alto Parnaíba e a demora exagerada para o atendimento de certidões, registros de cédulas e outros serviços inerentes a essa concessão pública, afuguentam novos investidores e atrasam burocraticamente a dinâmica do agronegócio, da vida empresarial e dos agricultores, na opinião do agrônomo Polesso e da comunidade como um todo.
Entretanto, essa situação não é razão para o não investimento, ao contrário, é passageira e o que interessa, verdadeiramente, é a capacidade de oferecer condições concretas de produção agrícola e pecuária, ao lado do comércio, serviços, agronegócios e indústrias, que possui o município de Alto Parnaíba. O momento é esse.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
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