Há dez anos sou filiado ao mesmo partido; não estive em qualquer outro antes. Presido o diretório municipal do PDT de Alto Parnaíba, por cuja legenda disputei a Prefeitura Municipal em 2000. Pertenço ao Partido Democrático Trabalhista por razões de doutrina, de ideologia, de princípios.
Ontem fiquei feliz ao ler uma entrevista dada pelo deputado federal Flávio Dino, lançado como pré-candidato ao governo do Maranhão em 2010, ao Jornal Pequeno, o tradicional veículo de oposição sediado em São Luís. Gostei da mudança imposta ao discurso de oposicionista. Confesso que cansei, mesmo longe dos centros do poder e das decisões políticas do meu estado, das mesmas palavras-chaves ou de ordem; do mesmo tom, que no final não congrega. É preciso muito mais, inclusive porque o Brasil está procurando se adaptar às democracias mais civilizadas do mundo. As eternas picuinhas na política do Maranhão levam a prejuízos insanáveis a um dos três estados mais pobres da federação, na linha da miséria, com índices de desenvolvimento humano imperdoáveis. Quem perde é o povo, especialmente do interior mais distante e esquecido.
Apoiei o Dr. Jackson Lago para o governo estadual e continuo decepcionado com a sua indevida cassação. Nunca fui a palácio nem tomar cafezinho; não fiz qualquer pedido pessoal ou familiar ao Jackson governador e a nenhum de seus secretários ou lideranças do PDT. Me mantive distante, reivindicando, sim, a execução de compromissos com minha terra, com meu aval, feitos pelo Dr. Jackson em 2002 e 2006 quando esteve em Alto Parnaíba, e fui seu anfitrião. Infelizmente, o governo não durou e o probo, eficiente e honrado Jackson Lago foi apeado do poder e do governo por forças poderosas que maculam a imagem de país civilizado ao Brasil, o que não é bom para o Presidente Lula, que ultimamente passou a falar ainda mais em primeira classe e em primeiro mundo.
Confesso que ao ler a entrevista do Dr. Flávio Dino algo voltou a mexer com a minha natureza de político nato e de um permanente defensor da viabilidade do Maranhão. Na faculdade de direito da UFMA, não fui colega de classe de Flávio; fui seu contemporâneo. Para quem não o conhece, foi juiz federal inovador, chegando a presidir seu órgão de classe e a assessorarar o Conselho Nacional de Justiça. Deixou corajosamente a magistradura para abraçar a política, elegendo-se, no último pleito, deputado federal pelo PC do B, com excelente atuação no Parlamento Brasileiro. O pai de Flávio foi deputado e prefeito no interior maranhense (João Libosa), que pode significar raízes e conhecimentos do nosso sertão.
Ao responder que não tem tempo para fuxicos, Flávio, por incrível que pareça, rompeu com essa prática reprovável, provinciana e atrasada da política maranhense e de sua capital. Existe uma oligarquia? Sim, e o que interessou de concreto para a melhoria de vida dos maranhenses o mesmo discurso batendo nos oligargas e nos males causados ao Maranhão. Repito: é preciso muito mais; é preciso um discurso que inove, que rompa com os grilhões que teimam no saudosismo dos embates oposições coligadas contra o vitorinismo; oposições unidas contra o sarneysismo. É necessário discutir o Maranhão, visitando cada município, conversando de peito aberto com sua gente, programando, desde já, sem ranço e no estilo Lula a partir de 2002, um governo que possa fazer a diferança - diferença, vejam bem, para melhor, pois para pior em meu estado, é impossível.
Portanto, sem compromisso partidário ou político, mas em nome de minha terra - o mais distante e o mais abandonado de todos os municípios maranhenses (aqui o Maranhão só mantém uma única escola, o Centro de Ensino Vitorino Freire, e a AGED e nada mais - nem médico e nem casa de saúde; sem juiz de direito e sem promotor de justiça titulares; sem delegado de polícia na cidade, etc.,) -, e na minha crença pessoal, não deixa de ser alvissareira a possibilidade da candidatura do deputado Flávio Dino ao governo maranhense. É vendo e crendo.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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Prezado Dr. Décio Helder do Amaral Rocha
ResponderExcluirParabéns pelo seu ótimo blog.
Eu leio, com frequência, os seus excelentes artigos, comentários, notícias etc
Obrigado pelas referências elogiosas feitas ao meu saudoso pai Aluizio Ribeiro da Silva.
Um grande abraço para você e recomendações aos seus familiares.
João Salustiano Campos Ribeiro.