Mulher do interior, simples, humilde, porém detentora de uma inteligência natural alinhada a uma vontade de ver a família crescer e se desenvolver, sem, entretanto, ficar apenas na esperança e na expectativa, atuando na condução concreta dessa esperança até a morte inesperada, em 22 de outubro de 2008, subitamente levada pela senhora dos mistérios em uma manhã na cidade de Teresina, onde se encontrava visitando uma filha e em tratamento rotineiro de saúde.
Foi assim que convivi e aprendi a respeitar e admirar dona Valniza Lustosa de Alencar Nogueira (foto ao lado com o neto Daniel), com traços de senhora retratada nos romances regionais que li na adolescência e que ainda me fascinam, com aquela mistura de liderança nata com o dom sensitivo de parecer advinhar ou pressentir os acontecimentos ao seu redor, mantendo filhos e netos ao seu lado, ensinando-lhes, sem formalismo, conceitos de moralidade, de ética, de religiosidade, de honestidade, de trabalho.
Era uma das poucas casas que eu visitava, praticamente todas as vezes que atravessava o Parnaíba para ir a Santa Filomena, a velha cidade onde nasceu e foi sepultada. A nossa amizade se consolidou através de seu filho José Damasceno Nogueira Filho, casado com minha única irmã, Clóris Alaíde, pais de Ana Carolina, uma dádiva a provar o amor incondicional e a resistência do casal. Dona Valniza era cativante, com voz meiga e fibra de mulher sertaneja, que verdadeiramente morou no mais puro sertão, o povoado Zelândia, zona rural de Santa Filomena, onde foi professora primária e onde, a pedido do pai, em pouco tempo superou os políticos tradicionais e alcançou as primeiras vitórias eleitorais do genitor, Caio Lustosa de Alencar, duas vezes prefeito do município, o seu último coronel ao lado de Antonio Luiz Avelino, seu tradicional adversário, e uma das mais completas lideranças políticas do sudoeste piauiense, quando os políticos eram mais honestos e éticos e cuja palavra era lei.
Dona Valniza foi casada com José Damasceno Nogueira, o popular Zé Biga, falecido em 1990, com quem deixou os filhos Filomena Maria de Fátima, Pedro Damasceno, José Damasceno, Excelsa, Valniza e Sônia. Além de rurícola e professora primária, foi diretora da unidade mista de saúde e secretária municipal de saúde de sua cidade natal, quando, com eficiência e equilíbrio, realizou uma excelente gestão, pois, assim como as personagens dos livros que não me deixam esquecer, era uma senhora que também sabia governar, dirimir o certo do errado, conduzir com maestria a economia do próprio lar, transmitir ensinamentos sem ar professoral ou imposição moralista.
Não tenho dúvidas de que ao lado dos pais e do esposo que a antecederam na passagem para o andar de cima, dona Valniza, merecedora do nosso respeito e da nossa mais profunda admiração, está em paz e ali, na casa do criador e conversando com a santa padroeira de sua devoção e de seus conterrâneos, continua orientando, induzindo e protegendo a sua prole, os seus amigos e a sua Santa Filomena.
Foi assim que convivi e aprendi a respeitar e admirar dona Valniza Lustosa de Alencar Nogueira (foto ao lado com o neto Daniel), com traços de senhora retratada nos romances regionais que li na adolescência e que ainda me fascinam, com aquela mistura de liderança nata com o dom sensitivo de parecer advinhar ou pressentir os acontecimentos ao seu redor, mantendo filhos e netos ao seu lado, ensinando-lhes, sem formalismo, conceitos de moralidade, de ética, de religiosidade, de honestidade, de trabalho.
Era uma das poucas casas que eu visitava, praticamente todas as vezes que atravessava o Parnaíba para ir a Santa Filomena, a velha cidade onde nasceu e foi sepultada. A nossa amizade se consolidou através de seu filho José Damasceno Nogueira Filho, casado com minha única irmã, Clóris Alaíde, pais de Ana Carolina, uma dádiva a provar o amor incondicional e a resistência do casal. Dona Valniza era cativante, com voz meiga e fibra de mulher sertaneja, que verdadeiramente morou no mais puro sertão, o povoado Zelândia, zona rural de Santa Filomena, onde foi professora primária e onde, a pedido do pai, em pouco tempo superou os políticos tradicionais e alcançou as primeiras vitórias eleitorais do genitor, Caio Lustosa de Alencar, duas vezes prefeito do município, o seu último coronel ao lado de Antonio Luiz Avelino, seu tradicional adversário, e uma das mais completas lideranças políticas do sudoeste piauiense, quando os políticos eram mais honestos e éticos e cuja palavra era lei.
Dona Valniza foi casada com José Damasceno Nogueira, o popular Zé Biga, falecido em 1990, com quem deixou os filhos Filomena Maria de Fátima, Pedro Damasceno, José Damasceno, Excelsa, Valniza e Sônia. Além de rurícola e professora primária, foi diretora da unidade mista de saúde e secretária municipal de saúde de sua cidade natal, quando, com eficiência e equilíbrio, realizou uma excelente gestão, pois, assim como as personagens dos livros que não me deixam esquecer, era uma senhora que também sabia governar, dirimir o certo do errado, conduzir com maestria a economia do próprio lar, transmitir ensinamentos sem ar professoral ou imposição moralista.
Não tenho dúvidas de que ao lado dos pais e do esposo que a antecederam na passagem para o andar de cima, dona Valniza, merecedora do nosso respeito e da nossa mais profunda admiração, está em paz e ali, na casa do criador e conversando com a santa padroeira de sua devoção e de seus conterrâneos, continua orientando, induzindo e protegendo a sua prole, os seus amigos e a sua Santa Filomena.
Fotos: Sônia Alencar
Sempre tão alegre! Saudades.
ResponderExcluirque lindo quando alguem lembra com tanto carinho de uma pessoa que agente ama, foi realmente a pior coisa que me aconteceu nessa vida ficar longe dela mas Deus sempre tem um lugar especial ´para pessoas como ela. Te amarei eternamente minha gorduxinha linda
ResponderExcluirbjs Lucianna