Ontem, na primeira reunião após a convenção da coligação Agora é a Voz do Povo que apóia a candidatura de Itamar Vieira a prefeito, tive a oportunidade de relembrar, no bairro Santa Cruz, quando Antonio Rocha Filho, em 1987, entregava àquela comunidade um sistema municipal de água, criado e implantado por ele em seu último mandato de prefeito de Alto Parnaíba, no sul maranhense, apenas e tão somente com recursos públicos da Prefeitura. Na memória, a cena inesquecível de centenas de pessoas em torno do poço artesiano que jorrava e o operário Irineu Rufo Galvão, hoje nonagenário e contemporâneo de meu pai, dançando e literalmente abrançando a água, banhando-se, jogando-a nos outros, n'um gesto espotâneo e emotivo que representava a alegria da gente daquele bairro em ter em suas casas a água tão vasta em nosso município. A água potável foi distribuída nas casas; o sistema municipal era gratuito. Mesmo com um orçamento mínimo, o prefeito Rochinha conseguiu implantar o sistema completo apenas com recursos municipais. Milagre? Não. Apenas o dinheiro do povo, então sagrado e respeitado, não foi desviado, não foi surrupiado. Este era meu pai administrador, cuja sensibilidade em compreender as necessidades do próximo e de seu povo era extraordinária.
Hoje, o bairro Santa Cruz (visão geral da reunião) e os demais bairros da cidade sofrem a falta constante de água. E olha que o rio Parnaíba está próximo das casas, sem contarmos que a empresa concessionária de águas e esgotos do Maranhão, a Caema, desde o início dos anos 1970 promove o desperdício de milhares de litros diariamente desse elemento caro à maioria da gente alto-parnaibana que precisa cozinhar, tomar banho, limpar as casas, jogando a agua no Parnaíba. Chega a ser incoerente e até hilário, se não fosse grave. Tão logo meu pai deixou o governo, o sistema municipal de água, cujos poços foram também abertos nos bairros São José e Santo Antonio e a tubulação comprada e paga e deixada à disposição dos futuros governantes locais, foi vendido à mesma Caema. Um absurdo imperdoável!
Esq p/dir: Herbert Rocha, Décio Rocha, Vera Rocha (minha esposa) e de costas minha filhinha, Ana Dacy.
Todos os dias do ano, em minhas orações diárias, em minhas reflexões e em cada detalhe bom da vida a lembrança de meu pai é perene. Falo do político e do bom administrador exatamente porque estamos em mais um ano de eleições municipais. Logo mais o eleitorado será chamado a votar. Meu pai honrou o voto recebido da maioria do povo alto-parnaibano em seus dois pleitos, e essa realidade é incontroversa, relembrada por aqueles que conviveram naqueles idos e pela própria história, além das obras e realizações que desafiam os tempos. Itamar Vieira foi eleito o vereador mais votado na chapa encabeçada por meu pai em 1982. Presidiu a Câmara Municipal no primeiro biênio e participou como liderança então jovem, capaz e inteligente daquela gestão revolucionária. Em outubro, as pesquisas indicam que deverá ser eleito prefeito. Ele tem história e em sua ficha limpa a integração a um governo honesto, eficiente, capaz, que atingiu e abraçou todas as áreas vitais da administração pública em todo o território de Alto Parnaíba.
Todos os dias do ano, em minhas orações diárias, em minhas reflexões e em cada detalhe bom da vida a lembrança de meu pai é perene. Falo do político e do bom administrador exatamente porque estamos em mais um ano de eleições municipais. Logo mais o eleitorado será chamado a votar. Meu pai honrou o voto recebido da maioria do povo alto-parnaibano em seus dois pleitos, e essa realidade é incontroversa, relembrada por aqueles que conviveram naqueles idos e pela própria história, além das obras e realizações que desafiam os tempos. Itamar Vieira foi eleito o vereador mais votado na chapa encabeçada por meu pai em 1982. Presidiu a Câmara Municipal no primeiro biênio e participou como liderança então jovem, capaz e inteligente daquela gestão revolucionária. Em outubro, as pesquisas indicam que deverá ser eleito prefeito. Ele tem história e em sua ficha limpa a integração a um governo honesto, eficiente, capaz, que atingiu e abraçou todas as áreas vitais da administração pública em todo o território de Alto Parnaíba.
Quase 24 anos depois de Antonio Rocha Filho (ao lado de minha mãe e sua companheira de sempre, Maria Dacy do Amaral Rocha. Foto: arquivo da família) deixar a prefeitura de Alto Parnaíba, ainda falo dele e dos seus métodos já inovadores e modernos de adminstrador capaz e corajoso com a mesma emoção de antes. Os seus ensinamentos também eram dados na prática. Não deu aos seus filhos motos, carros, fazendas ou proporcionou farras às expensas do erário público, muito menos o ensinamento ou a mera expectativa de que a prefeitura era quinhão hereditário familiar. O dinheiro do povo era sagrado e ele, como dono da chave do cofre, era um protetor incorruptível e intransigente. Deu aos filhos a oportunidade dos estudos e ensinou que apenas o trabalho suado, honrado, em uma vida correta e decente é garantia de um futuro seguro e feliz. Obrigado, meu pai, por dar a mim e aos meus irmãos, às vezes com a dureza necessária, a certeza de que é possível vencer na vida e se manter digninamente sem roubar, sem mentir, sem enganar, sem se acovardar, sem se vender, sem trair.
Meu caro, seu Pai foi sem dúvida alguma o maior cidadão altoparnaíbano, de fato ele deixou um sistema de água no bairro Santa Cruz, que mais tarde foi vendido à CAEMA pelo prefeito da época José de Freitas Neto, que inclusive tinha como vice prefeito o candidato que pertence sua coligação o Sr. Itamar Nunes Vieira. Isso é fato.
ResponderExcluirAgradeço ao Carlos Biá as palavras elogiosas e de reconhecimento ao meu pai. Na realidade, além de bom cidadão, Antonio Rocha Filho foi um grande prefeito de Alto Parnaíba, e as suas realizações não deixam margem à contestação. Por outro lado, o Itamar Vieira foi apenas e tão somente vice-prefeito, portanto, exerceu o cargo e nenhuma função ou gestão de governo, quer como secretário, assessor ou qualquer outra função comissionada ou de confiança naquele período. Nem direta ou indiretamente Itamar teve participou na venda, pelo Município, do sistema de água instalado a nível local pelo ex-Prefeito Rochinha. É fato.
ExcluirDecio... Moramos apenas três anos em Alto Parnaíba. Pra alguns, pouco tempo pra falar com propriedade sobre qualquer assunto pertinente à cidade. Entretanto, no que se refere ao caráter de seu pai ANTÔNIO ROCHA FILHO, esses três anos foram suficiente e ficam aqui minhas considerações: Eu era ainda muito novo quando morei aí, mas construí em minha mente (principalmente pelas minhas conversas com meu pai, Pr. Adolfo Azevedo), o que até hoje trago como exemplo de pureza política, de hombridade, de honestidade, atributos que podem ser aplicados a outras áreas da vida de Rochinha. É a falta desse caráter no homem dos nossos dias que nos faz olhar pra trás e lembrar, com saudade, dos tempos em que governar era pensar realmente no povo. Eu sei, ainda existem homens de caráter. Mas onde eles estão? Precisamos vê-los, não necessariamente na política, mas na sociedade de um modo geral. Com certeza o que Rochinha foi, não o foi por causa da política. Ele o seria em qualquer área em que atuasse.
ResponderExcluirGrande abraço!
Rev. Eliseu Azevedo
eliseoazevedo@hotmail.com
(86) 9943-8431
Meu caro Eliseu, obrigado por palavras gentis e que refletem o teu conhecimento sobre um período da história alto-parnaibana. Relembro ainda com emoção de uma das mais belas e profundas pregações, em oratória perfeita, que teu pai, o Padre Adolfo Azevedo fez em culto especial quando da posse de meu pai como prefeito de Alto Parnaíba em fevereiro de 1983, na Primeira Igreja Batista de Alto Parnaíba, trazida por meu avô, Antonio de Araújo Rocha, sob as bençãos de Deus implantada - provisoriamente no princípio - entre nós ainda nos anos 1920/30. Um grande abraço.
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