sábado, 8 de agosto de 2009

ALTO PARNAÍBA - O CAMPO É PACÍFICO




Alto Parnaíba possui um vasto território com mais de 11 mil km2; banhado por inúmeros rios, ribeirões, brejos e outras nascentes, a começar pelo Parnaíba, que nasce em seu território e do Piauí, avistando a Bahia e o Tocantins, e por afluentes do porte do Parnaibinha (as fotos de Rafael Brito são da Fazenda Figuras, situada à margem desse rio), Medonho, Pedra Furada, Pureza, Riozinho, Rio Claro, Rio Branco, Panela, Genipapo, Brejão, Salto, dentre outros incontáveis que cortam todas as regiões do município.

Com terras férteis, propícias à agricultura e à pecuária, o nosso município, o mais meridional e com maior altitude do Maranhão, também é rico em calcário, especialmente na Fazenda Água Branca e na região da Fazenda São Pedro; possui centenas de fazendas para a criação de gado, em sistema extensivo na sua grande maioria, com pequenos e médios pecuaristas, além de desenvolver a agricultura de subsistência ou de economia familiar e a média e grande agricultura, ou agricultura mecanizada, aqui introduzida por sulistas, mineiros, paulistas e matogrossenses e sul-matogrossenses, a partir do final dos anos 1970, cuja produção teve acentuada queda com a inexplicável política que fechou a agência do Banco do Brasil na cidade, uma das três com maior movimento no estado, mas que retomou e ultrpassou o patamar passado, em crescente evolução, até mesmo pela normalidade do clima, um outro privilégio de Alto Parnaíba.

Mesmo com tantas terras e por incrível que pareça, Alto Parnaíba não registra conflito fundiário entre pequenos e grandes. Aqui não existem MST ou UDR. A paz é completa no campo. Poucas ações judiciais envolvem apenas grandes proprietários, entretanto a paz é o alicerce até de demandas, sem violência física ou morte em decorrência da luta pela terra. A grande maioria das propriedades possui domínio particular, foi alvo de demarcatórias e divisórias judiciais julgadas há mais de cinquenta anos. As fazendas são registradas e matriculadas no registro de imóveis. Não há lugar para o grilo. A formação do município assim não permite. No campo do território alto-parnaibano reina a mais absoluta paz.

Em franco desenvolvimento agrícola e do agronegócio - instaladas algumas empresas em torno da cidade e outras anunciando a vinda -, Alto Parnaíba, como os demais grandes municípios brasileiros e da amazônia (no caso, o nosso município integra a chamada amazônia legal), precisa de uma conscientização maior dos produtores e da sociedade e da presença maior dos órgãos governamentais de defesa do meio ambiente - felizmente o IBAMA selecionou grupos de brigadas para atuar contra as queimadas a partir deste ano -, para evitar o desmatamento clandestino e desnecessário; as queimadas; a violência para com as riquezas dos cerrados - um de nossos grandes patrimônios -, e o replantio nos mesmos cerrados, e de nossas nascentes.

É bom salientar a preocupação ambiental da maioria de nossos agricultores e pecuaristas, a começar pela luta desencadeada há mais de 20 anos por alguns produtores - à frente o agricultor Célio Antonio da Silva, hoje morto - com a proteção e preservação de animais típicos dos cerrados, que estavam sendo banidos com a abertura dessas terras para o plantio de soja, arroz e milho. A ema, por exemplo, quase em extinção na época, sobreviveu e a espécie se multiplicou e convive harmoniosamente com as roças e com o homem, embelezando a paisagem.

Enfim, o nosso campo é de paz. Com terras para todas as produções, cerrados e baixões, Alto Parnaíba é um município pronto para receber quem queira investir, produzir e gerar divisas sociais e econômicas para o Brasil.

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