Nasci em Alto Parnaíba, no extremo sul maranhense, onde vivo e trabalho, há 44 anos. Nesse período e desde o meu entendimento, convivi com vários prefeitos e governos diversos. Minha terra era uma cidade bonita, limpa, bem planejada, quando menor. As ruas foram abertas e cascalhadas - o cascalho era transportado em lombo de burro, retirado pelo operário local e socado de malho nas artérias públicas -, na primeira gestão de meu pai, Antonio Rocha Filho, como prefeito, entre 1966/1970, cujo sucessor, Dr. Luiz Gonzaga da Cruz Lopes, deu início ao calçamento de paralelepípedo - pedra retirada de picareta e aparelhada quase artesenalmente na localidade Figuras, a 75 km da cidade -, trazendo operários de Floriano, no Piauí, a exemplo de Evangelista, Valdeci, Chico Preto - sucessores de Dionísio e parentes -, obras expandidas e mantidas pelos prefeitos seguintes, Corintho de Araújo Rocha, Renan Soares, e mais uma vez, Antonio Rocha Filho (Rochinha).
Com a abertura de três bairros, o calçamento chegou a um deles, o São José, no último governo de meu pai. Pavimentada a rodovia estadual MA-006, a então governadora Roseana Sarney mandou asfaltar algumas ruas da cidade, especialmente as vias principais do Santo Antônio, Santa Cruz e São José, além de um trecho caótico da avenida Intendente Odonel Brito que dá acesso ao rio Parnaíba. Alto Parnaíba dava sinais de uma cidade realmente saneada em ruas, avenidas e praças. E era, quando a prefeitura não recebia recursos como os da assistência social, saúde, educação, sobrevivendo apenas com o fundo de participação do município, com ICMS insignificante, única fonte de dinheiro para atacar e atingir todos os setores da vida da comunidade e da administração pública, e o dinheiro era suficiente pois bem aplicado e com notória honestidade dos governantes, que amavam verdadeiramente o município e queriam o seu desenvolvimento.
A construção do esgoto sanitário é uma obra excepcional, não há dúvidas, e Alto Parnaíba está sendo contemplada com essa iniciativa do governo federal. Entretanto, ao mesmo tempo em que constrói abaixo da terra, a construtora deixa as ruas em petição de miséria ou de intrafegabilidade, sendo mais caótica a situação onde exitia asfalto, que ainda não foi resposto e não existe previsão concreta para tanto.
Praticamente todos os dias, como ainda a pouco, deixo minha casa na barra do São José com o Parnaíba, e atravesso verticalmente o tradicional bairro São José, o primeiro da cidade, e a cada dia as ruas estão mais esburacadas, enlameadas, atolando e quebrando veículos, deixando as pessoas praticamente ilhadas em suas residências, com crescente número de acidentes. Antes de ontem, pela manhã, recebi a visita do prefeito Ernani Soares e lhe repassei essa situação, pedindo providências contra a construtora Ética, que quebra, destrói e não repõe. Não temos mais asfalto. O alcaide disse-me e a outras pessoas presentes, que a empresa tem até 03 de janeiro para solucionar o problema criado por ela própria. Só nos restam, aguardar.
sábado, 26 de dezembro de 2009
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
MERECIDA HOMENAGEM
No exercício da advocacia, desde outubro de 1991, convivi pacificamente e de forma respeitosa com os magistrados com os quais trabalhei, principalmente aqueles com que o dia a dia no fórum muitas vezes pode causar determinados aborrecimentos; ao contrário, com a totalidade dos juízes, promotores e advogados, da minha parte jamais partiu qualquer sinal de animosidade, sem deixar, todavia, de conservar meus princípios e posições claras e objetivas.
Posso afirmar sem receio de que, dessa maioria que mencionei, destaco um magistrado jovem, inteligente, prudente, sensato, humananista, cordial, conhecedor do direito, enfim, um bom juiz, o piauiense Marcos Antônio Moura Mendes, que recentemente titularizou a antiga comarca de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, que se misturava com o povo sem perder a imparcialidade, cuja humildade e extrema simplicidade, não o fizeram, como não o fazem, se abster de exercer na plenitudade a sua nobre missão.
Na última sessão do ano, na sexta-feira, 18 de dezembro, a Câmara Municipal de Santa Filomena aprovou, pela unanimidade de seus membros, um projeto de resolução de autoria dos vereadores José Bonifácio Bezerra, José Damaseno Nogueira Filho (Zé de Biga), Osiel Pereira de Sena e Raimundo Antônio Queiróz (Raimundo Firmino), concedendo o título de cidadão benemérito filomenense ao Dr. Marcos Moura, fazendo justiça a um homem da Justiça.
Vejam a íntegra da justificativa ao dito projeto:
"JUSTIFICAÇÃO
Senhor Presidente
Senhores Vereadores,
Nada mais justo e correto a homenagem de um povo a uma personalidade que se destacou em seu município exatamente pelo trabalho positivo, desenvolvido a contento e dentro dos princípios da legalidade, da moralidade, da honestidade, da decência, do respeito para com o semelhante e seus comarcandos, a civilidade e a educação no trato com todos indistintamente, a cordialidade como marca da personalidade.
A outorga do título de cidadão benemérito filomenense, equiparando-o a um natural, ao Dr. MARCOS ANTÔNIO MOURA MENDES, eminente magistrado integrante dos quadros do Poder Judiciário do Estado do Piauí, é o nosso reconhecimento a este correto juiz de direito que recentemente titularizou nossa comarca, aqui deixando o nosso respeito, a paz, a ordem e a saudade de nossa gente.
Homem simples, com gabinete aberto para atender a qualquer cidadão no fórum local, correto aplicador da lei e do direito, democrata e sem ranço algum de autoritarismo, respeitador dos costumes e engajado nas causas sociais e de interesse legítimo da comunidade, o Dr. MARCOS MOURA, um jovem cidadão na faixa etária dos 40 anos, é piauiense, descendente de tradicional família da região de Picos, formado bacharel em direito pela Universidade Federal do Piauí, ex-servidor da Justiça do Trabalho, casado com dona Gardênia e pai de três filhos, foi nomeado juiz de direito de Santa Filomena quando nosso município atravessava momentos de incerteza institucional face à ausência de um juiz na comarca, com crescente onda de violência e a sensação de impunidade, e sua presença física na comarca, morando com a família aqui, enfrentando os mesmos dissabores de nosso povo, misturando-se na multidão com a imparcialidade e rara inteligência, o nosso homenageado conseguiu, em pouco tempo, reverter essa situação, atualizar os processos parados e amontoados nos cartorários, fazendo impor a lei com a serenidade dos bons juízes.
Todos os filomenenses e brasileiros que aqui moram e trabalham sabiam onde morava o juiz, o viam nas ruas, o encontravam no fórum despachando. O seu carinho por Santa Filomena é imenso, continuando a nos visitar nas férias, mantendo-se atento aos acontecimentos locais, como um filho natural de nossa terra.
Portanto, conforme é público, nada mais justo do que a homenagem ora proposta, que, com certeza, reflete a opinião da sociedade e engrandecerá esta Casa do Povo.
Diante disso, que seja aprovado o presente projeto de resolução, concedendo ao ilustre juiz de direito, Dr. MARCOS ANTÔNIO MOURA MENDES, o título de cidadão benemérito filomenense.
Plenário Vereador Samuel Lustosa Nogueira, da Câmara Municipal de Santa Filomena, Estado do Piauí, em 10 de dezembro de 2009, 188º da Independência e 121º da República.
JOSÉ BONIFÁCIO BEZERRA
Vereador – PC do B
JOSÉ DAMASCENO NOGUEIRA FILHO
Vereador - PR
OSIEL PEREIRA DE SENA
Vereador - PSB
RAIMUNDO ANTÔNIO QUEIRÓZ
Vereador - PTB"
Posso afirmar sem receio de que, dessa maioria que mencionei, destaco um magistrado jovem, inteligente, prudente, sensato, humananista, cordial, conhecedor do direito, enfim, um bom juiz, o piauiense Marcos Antônio Moura Mendes, que recentemente titularizou a antiga comarca de Santa Filomena, no sudoeste do Piauí, que se misturava com o povo sem perder a imparcialidade, cuja humildade e extrema simplicidade, não o fizeram, como não o fazem, se abster de exercer na plenitudade a sua nobre missão.
Na última sessão do ano, na sexta-feira, 18 de dezembro, a Câmara Municipal de Santa Filomena aprovou, pela unanimidade de seus membros, um projeto de resolução de autoria dos vereadores José Bonifácio Bezerra, José Damaseno Nogueira Filho (Zé de Biga), Osiel Pereira de Sena e Raimundo Antônio Queiróz (Raimundo Firmino), concedendo o título de cidadão benemérito filomenense ao Dr. Marcos Moura, fazendo justiça a um homem da Justiça.
Vejam a íntegra da justificativa ao dito projeto:
"JUSTIFICAÇÃO
Senhor Presidente
Senhores Vereadores,
Nada mais justo e correto a homenagem de um povo a uma personalidade que se destacou em seu município exatamente pelo trabalho positivo, desenvolvido a contento e dentro dos princípios da legalidade, da moralidade, da honestidade, da decência, do respeito para com o semelhante e seus comarcandos, a civilidade e a educação no trato com todos indistintamente, a cordialidade como marca da personalidade.
A outorga do título de cidadão benemérito filomenense, equiparando-o a um natural, ao Dr. MARCOS ANTÔNIO MOURA MENDES, eminente magistrado integrante dos quadros do Poder Judiciário do Estado do Piauí, é o nosso reconhecimento a este correto juiz de direito que recentemente titularizou nossa comarca, aqui deixando o nosso respeito, a paz, a ordem e a saudade de nossa gente.
Homem simples, com gabinete aberto para atender a qualquer cidadão no fórum local, correto aplicador da lei e do direito, democrata e sem ranço algum de autoritarismo, respeitador dos costumes e engajado nas causas sociais e de interesse legítimo da comunidade, o Dr. MARCOS MOURA, um jovem cidadão na faixa etária dos 40 anos, é piauiense, descendente de tradicional família da região de Picos, formado bacharel em direito pela Universidade Federal do Piauí, ex-servidor da Justiça do Trabalho, casado com dona Gardênia e pai de três filhos, foi nomeado juiz de direito de Santa Filomena quando nosso município atravessava momentos de incerteza institucional face à ausência de um juiz na comarca, com crescente onda de violência e a sensação de impunidade, e sua presença física na comarca, morando com a família aqui, enfrentando os mesmos dissabores de nosso povo, misturando-se na multidão com a imparcialidade e rara inteligência, o nosso homenageado conseguiu, em pouco tempo, reverter essa situação, atualizar os processos parados e amontoados nos cartorários, fazendo impor a lei com a serenidade dos bons juízes.
Todos os filomenenses e brasileiros que aqui moram e trabalham sabiam onde morava o juiz, o viam nas ruas, o encontravam no fórum despachando. O seu carinho por Santa Filomena é imenso, continuando a nos visitar nas férias, mantendo-se atento aos acontecimentos locais, como um filho natural de nossa terra.
Portanto, conforme é público, nada mais justo do que a homenagem ora proposta, que, com certeza, reflete a opinião da sociedade e engrandecerá esta Casa do Povo.
Diante disso, que seja aprovado o presente projeto de resolução, concedendo ao ilustre juiz de direito, Dr. MARCOS ANTÔNIO MOURA MENDES, o título de cidadão benemérito filomenense.
Plenário Vereador Samuel Lustosa Nogueira, da Câmara Municipal de Santa Filomena, Estado do Piauí, em 10 de dezembro de 2009, 188º da Independência e 121º da República.
JOSÉ BONIFÁCIO BEZERRA
Vereador – PC do B
JOSÉ DAMASCENO NOGUEIRA FILHO
Vereador - PR
OSIEL PEREIRA DE SENA
Vereador - PSB
RAIMUNDO ANTÔNIO QUEIRÓZ
Vereador - PTB"
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
SAÚDE DOENTE
Mesmo após a conquista da redemocratização do país, com o fim do regime militar em 1985, os sucessivos governos instalados no Palácio do Planalto não encararam com seriedade, vontade política e realidades regionais a saúde pública no país.
A criação do SUS foi importante, entretanto, a pouca fiscalização desses recursos repassados a estados e principalmente aos municípios, permite o seu mau uso aliado à falta de gestão, a incapacidade administrativa e à corrupção.
Em pequenas cidades, como Alto Parnaíba, no extremo sul do Maranhão, o hospital público está fechado há anos e em ruínas, conforme já mostrei aqui nesta página; o único posto de saúde, funciona superlotado e sem condições físicas e estruturais; no interior do município, inexistem postos de saúde; funcionam uma clínia e um hospital e maternidade particulares, o último conveniado com as AIHs; apenas duas ambulâncias, uma das quais impossibilitada de viagens mais longas; o Estado do Maranhão não possui um único posto ou médico no meu município.
Consta que a prefeitura estaria pagando cerca de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para quatro médicos,. Para um município pequeno, é muito, e não seria, se praticamente a maioria dos doentes não necessitasse sair da cidade em busca de centros médicos mais adiantados, cujo resultado nem sempre o esperado.
Há três dias mais um caso. Uma jovem senhora, grávida de sete a oito meses, morreu rapidamente, cujo diagnóstico não é preciso; alguns dizem que teria sido em consequência de uma pneumonia e a criança, uma hora depois do óbito da mãe, ainda estaria viva; não foi salva. Denise Pereira dos Santos Brandão, mãe e arrimo de família, moradora do bairro São José, é mais uma pessoa do povo na estatística daqueles que saem em ambulância de Alto Parnaíba para morrerem na estrada. Denise desencarnou quando a transportavam em uma ambulância sem equipamentos, rumo a Teresina.
Hoje, pela manhã, no telejornal Bom Dia Brasil, a TV Globo denunciou a situação quase humilhante das casas de apoio em Salvador, mantidas por prefeituras do interior baiano, que levam os seus doentes para a capital, já que em seus municípios o sistema de saúde é precário. Aqui, em Alto Parnaíba, a situação é semelhante, apenas inexiste casa de apoio, mas o destino é quase sempre a capital do Piauí. Ricos fretam avião. Os pobres mendigam atrás da prefeitura até para o abastecimento da ambulância. Já debilitados pelas doenças, com a demora no diagnóstico e no socorro do ente público, essas pessoas são transportadas quase em estado terminal - a longa viagem encurta o sofrimento.
É preciso que o governo federal coordene um grande programa de inteorização da saúde pública. É mais barato construir hospitais, equipá-los e contratar médicos e enfermeiros para as pequenas e médias cidades, como Alto Parnaíba, e aqui tratar casos não complexos, do que levar e manter o doente nas grandes cidades, que também sofrem face à incapacidade local para atender tanta gente. A principal questão social do Brasil, Lula renega. Não adiante conselho de segurança da ONU, mediação nos eternos conflitos do oriente médio, intervenção nos problemas internos e caudilhescos da república das bananas, enfim, o nosso país nunca será uma democracia de verdade e uma nação de primeiro mundo, com um sistema de saúde pública tão calamitoso, irresponsável, desigual, corrupto, sem gestão capaz e sem política eficiente. É lastimável!
A criação do SUS foi importante, entretanto, a pouca fiscalização desses recursos repassados a estados e principalmente aos municípios, permite o seu mau uso aliado à falta de gestão, a incapacidade administrativa e à corrupção.
Em pequenas cidades, como Alto Parnaíba, no extremo sul do Maranhão, o hospital público está fechado há anos e em ruínas, conforme já mostrei aqui nesta página; o único posto de saúde, funciona superlotado e sem condições físicas e estruturais; no interior do município, inexistem postos de saúde; funcionam uma clínia e um hospital e maternidade particulares, o último conveniado com as AIHs; apenas duas ambulâncias, uma das quais impossibilitada de viagens mais longas; o Estado do Maranhão não possui um único posto ou médico no meu município.
Consta que a prefeitura estaria pagando cerca de R$ 100.000,00 (cem mil reais) para quatro médicos,. Para um município pequeno, é muito, e não seria, se praticamente a maioria dos doentes não necessitasse sair da cidade em busca de centros médicos mais adiantados, cujo resultado nem sempre o esperado.
Há três dias mais um caso. Uma jovem senhora, grávida de sete a oito meses, morreu rapidamente, cujo diagnóstico não é preciso; alguns dizem que teria sido em consequência de uma pneumonia e a criança, uma hora depois do óbito da mãe, ainda estaria viva; não foi salva. Denise Pereira dos Santos Brandão, mãe e arrimo de família, moradora do bairro São José, é mais uma pessoa do povo na estatística daqueles que saem em ambulância de Alto Parnaíba para morrerem na estrada. Denise desencarnou quando a transportavam em uma ambulância sem equipamentos, rumo a Teresina.
Hoje, pela manhã, no telejornal Bom Dia Brasil, a TV Globo denunciou a situação quase humilhante das casas de apoio em Salvador, mantidas por prefeituras do interior baiano, que levam os seus doentes para a capital, já que em seus municípios o sistema de saúde é precário. Aqui, em Alto Parnaíba, a situação é semelhante, apenas inexiste casa de apoio, mas o destino é quase sempre a capital do Piauí. Ricos fretam avião. Os pobres mendigam atrás da prefeitura até para o abastecimento da ambulância. Já debilitados pelas doenças, com a demora no diagnóstico e no socorro do ente público, essas pessoas são transportadas quase em estado terminal - a longa viagem encurta o sofrimento.
É preciso que o governo federal coordene um grande programa de inteorização da saúde pública. É mais barato construir hospitais, equipá-los e contratar médicos e enfermeiros para as pequenas e médias cidades, como Alto Parnaíba, e aqui tratar casos não complexos, do que levar e manter o doente nas grandes cidades, que também sofrem face à incapacidade local para atender tanta gente. A principal questão social do Brasil, Lula renega. Não adiante conselho de segurança da ONU, mediação nos eternos conflitos do oriente médio, intervenção nos problemas internos e caudilhescos da república das bananas, enfim, o nosso país nunca será uma democracia de verdade e uma nação de primeiro mundo, com um sistema de saúde pública tão calamitoso, irresponsável, desigual, corrupto, sem gestão capaz e sem política eficiente. É lastimável!
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
ARARA AZUL
Matéria do repórter Sidney Pereira, da TV Mirante (afiliada da Rede Globo no Maranhão), foi veiculada hoje no Bom Dia Brasil, em uma bela reportagem mostrando o quase renascimento das araras azuis no município de Alto Parnaíba, no extremo sul maranhense.
A reportagem foi realizada na Fazenda Sucupira, de propriedade do ex-prefeito Luiz Gonzaga da Cruz Lopes, limítrofe com a Fazenda Brejo do Meio, de minha propriedade, onde existe um número considerável da espécie em razão da preservação.
Nos anos 1970, traificantes vindos de Brasília, Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente, quando ainda existia a aviação doméstica e a VARIG, com seus aviões avro, interligava o país, sendo Alto Parnaíba beneficiada com vôos que ligavam às grandes cidades brasileiras, extinguiram com a existência do passarinho bicudo, de canto incomparável, não apenas em minha terra natal como em Santa Filomena, no Piauí, Tasso Fragoso, também Maranhão, e outros municípios da região, em um crime lesa pátria, hediondo, exterminador.
Lembro-me bem da figura de dois desses traificantes de aves, que também levaram a preço de banana pagos a alguns nativos desavisados e sem conscientização alguma, que se passavam por enangélico e mágico, um da capital federal e o outro de São Paulo, com casas alugadas na pequena cidade, entrosados no meio social, caras de anjo, que compravam todos os pássaros chamados nobres, como bicudos, curiós, patativas, pintacilgos, bigodes, currupiões, araras, papagaios, periquitos, curicas e muitos outros, utilizavam os aviões da VARIG e até da FAB, e iam ganhar rios de dinheiro no chamado Brasil civilizado e rico, abausando das pessoas incautas e simples do sertão e devastando criminosamente os pássaros de minha região. No regime dos militares, nada era possível fazer.
Felizmente, o bicudo começa a reaperecer em algumas regiões de Alto Parnaíba e Santa Filomena. É preciso cuidado. O movimento ambientalista aqui desencadeado, aliado à conscientização ventilada diariamente na televisão e mais precisamente, para o sertanejo, nas rádios públicas, como a Senado e a Nacional, conseguiu a proeza de mudar o comportamento e o pensamento de nossa gente com relação à conservação e defesa do meio ambiente, incluindo os nossos pássaros e aves. Hoje, por exemplo, as araras azuis, amarelas e outras, com papagaios e curicas, cortam diariamente o céu de nossa cidade, intocadas, admiradas e respeitadas. Na chácara onde moro, a 2,5 km da cidade, as araras fazem a festa. É bonito ver, mas o cuidado com os traficantes de sempre, com cara de anjo e postura civilizada e de nível intelectual e moral que fazem questão de apregoar, tem que ser permanente.
A reportagem foi realizada na Fazenda Sucupira, de propriedade do ex-prefeito Luiz Gonzaga da Cruz Lopes, limítrofe com a Fazenda Brejo do Meio, de minha propriedade, onde existe um número considerável da espécie em razão da preservação.
Nos anos 1970, traificantes vindos de Brasília, Goiânia, São Paulo e Rio de Janeiro, principalmente, quando ainda existia a aviação doméstica e a VARIG, com seus aviões avro, interligava o país, sendo Alto Parnaíba beneficiada com vôos que ligavam às grandes cidades brasileiras, extinguiram com a existência do passarinho bicudo, de canto incomparável, não apenas em minha terra natal como em Santa Filomena, no Piauí, Tasso Fragoso, também Maranhão, e outros municípios da região, em um crime lesa pátria, hediondo, exterminador.
Lembro-me bem da figura de dois desses traificantes de aves, que também levaram a preço de banana pagos a alguns nativos desavisados e sem conscientização alguma, que se passavam por enangélico e mágico, um da capital federal e o outro de São Paulo, com casas alugadas na pequena cidade, entrosados no meio social, caras de anjo, que compravam todos os pássaros chamados nobres, como bicudos, curiós, patativas, pintacilgos, bigodes, currupiões, araras, papagaios, periquitos, curicas e muitos outros, utilizavam os aviões da VARIG e até da FAB, e iam ganhar rios de dinheiro no chamado Brasil civilizado e rico, abausando das pessoas incautas e simples do sertão e devastando criminosamente os pássaros de minha região. No regime dos militares, nada era possível fazer.
Felizmente, o bicudo começa a reaperecer em algumas regiões de Alto Parnaíba e Santa Filomena. É preciso cuidado. O movimento ambientalista aqui desencadeado, aliado à conscientização ventilada diariamente na televisão e mais precisamente, para o sertanejo, nas rádios públicas, como a Senado e a Nacional, conseguiu a proeza de mudar o comportamento e o pensamento de nossa gente com relação à conservação e defesa do meio ambiente, incluindo os nossos pássaros e aves. Hoje, por exemplo, as araras azuis, amarelas e outras, com papagaios e curicas, cortam diariamente o céu de nossa cidade, intocadas, admiradas e respeitadas. Na chácara onde moro, a 2,5 km da cidade, as araras fazem a festa. É bonito ver, mas o cuidado com os traficantes de sempre, com cara de anjo e postura civilizada e de nível intelectual e moral que fazem questão de apregoar, tem que ser permanente.
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
DIA DA JUSTIÇA
A Justiça deve prevalecer sobre todas as coisas, principalmente não sendo injusta, em todos os dias do ano, em todos os recantos do Brasil e do planeta, e assim, com certeza, teremos uma sociedade mais igualitária, uma nação desenvolvida, um povo crente no fim da impunidade.
A Justiça brasileira inegavelmente tem melhorado bastante, buscando se aproximar da população, agilizar o seu funcionamento, punir os agentes que se mudam para o lado oposto, o do crime, melhorando o nível de seus operadores, se adaptando à tecnologia, enfim, o Judiciário de hoje é bem melhor daquele, em vários aspectos, que conheci quando iniciei a militância da advocacia há 18 anos.
Ainda é preciso muito mais. A expansão da Justiça Federal pelo interior do país é primordial. No Maranhão, por exemplo, além da capital, apenas Caxias e Imperatriz detêm uma vara cada qual. No Piauí, Teresina e Pico são as únicas cidades com varas federais. No caso específico de minha atuação como advogado, a distância entre Alto Parnaíba e Santa Filomena para a sede do juízo federal mais próximo é de 600 km no mínimo, o que impede praticamente o acesso de duas regiões imensas aos serviços prestados pela Justiça Federal, especialmente aos juizados especiais para a solução de inúmeras pendências previdenciárias, que a Justiça dos estados, já acumulada, demora a resolver.
Faço questão de ressaltar a construção do edifício que sediará o fórum da comarca de Santa Filomena e o empenho de um magistrado filho da terra, o juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, titular da 2ª vara de Floriano, de entrância final, confiando que a estrutura possa atender a realidade de um juízo com muitos processos e necessidade de se modernizar, de prestar serviços em local com mais conforto e estímulo ao bom trabalho, o que já vem ocorrendo no velho fórum, sem espaço, onde o juiz Juscelino Norberto da Silva Neto está trabalhando até hoje, dia consagrado à Justiça, e nada melhor do que esse exemplo para dar mais agilidade ao Judiciário.
Para os que crêem ou não, Jesus Cristo foi o maior homem de todos os tempos. Pregou a Justiça e condenou a injustiça. Para dar eficiência à sua doutrina, Cristo resgatou Saulo de Tarso, juiz do Sinédrio, e o consagrou Paulo, o grande advogado de sua causa. Nada mais correto do que Maria, a Conceição, como padroeira da Justiça brasileira. Maria, até por ser mãe do filho de Deus, era justa, corajosa, equilibrada, sensata. Nenhum homem é santo. Os condutores da Justiça não o são, mas devem se espelhar em Maria, em Cristo e em Paulo, e teremos um Judiciário composto de homens e mulheres mais sensatos, justos, prudentes, equilibrados, humildes, simples, bons - sim, o bom juiz é o melhor dos homens.
Minha avó paterna, Ifigênia do Nazareth Rocha, devota de Nossa Senhora da Conceição, dizia que não tinha medo da Justiça, mas da injustiça. O nosso Judiciário, repito, ao lado do Ministério Publico e da classe de advogados, avançaram de forma positiva. Os conselhos nacionais da Justiça e do MP representam uma inovação inteligente. Convivi e conheço bons juízes, promotores e advogados, administradores da Justiça. Juízes do passado, como Kleber Moreira de Souza, Aluizio Ribeiro da Silva, Jethro Sul de Macêdo e Alberto Leite Guimarães, que passaram por Alto Parnaíba e honraram a Justiça maranhense. Magistrados que atuei como advogado, como Ilva Salazar Eliseu, Sônia Maria Fernandes Anaga, Antônio Eduardo Oliveira Nava (morto prematuramente), que titularizam a comarca de minha terra, e Rogério de Oliveira Nunes, Marcos Antônio Moura Mendes, Aderson Antônio Brito Nogueira e, atualmente, Juscelino Norberto da Silva Neto, em Santa Filomena.
A Justiça brasileira inegavelmente tem melhorado bastante, buscando se aproximar da população, agilizar o seu funcionamento, punir os agentes que se mudam para o lado oposto, o do crime, melhorando o nível de seus operadores, se adaptando à tecnologia, enfim, o Judiciário de hoje é bem melhor daquele, em vários aspectos, que conheci quando iniciei a militância da advocacia há 18 anos.
Ainda é preciso muito mais. A expansão da Justiça Federal pelo interior do país é primordial. No Maranhão, por exemplo, além da capital, apenas Caxias e Imperatriz detêm uma vara cada qual. No Piauí, Teresina e Pico são as únicas cidades com varas federais. No caso específico de minha atuação como advogado, a distância entre Alto Parnaíba e Santa Filomena para a sede do juízo federal mais próximo é de 600 km no mínimo, o que impede praticamente o acesso de duas regiões imensas aos serviços prestados pela Justiça Federal, especialmente aos juizados especiais para a solução de inúmeras pendências previdenciárias, que a Justiça dos estados, já acumulada, demora a resolver.
Faço questão de ressaltar a construção do edifício que sediará o fórum da comarca de Santa Filomena e o empenho de um magistrado filho da terra, o juiz Aderson Antônio Brito Nogueira, titular da 2ª vara de Floriano, de entrância final, confiando que a estrutura possa atender a realidade de um juízo com muitos processos e necessidade de se modernizar, de prestar serviços em local com mais conforto e estímulo ao bom trabalho, o que já vem ocorrendo no velho fórum, sem espaço, onde o juiz Juscelino Norberto da Silva Neto está trabalhando até hoje, dia consagrado à Justiça, e nada melhor do que esse exemplo para dar mais agilidade ao Judiciário.
Para os que crêem ou não, Jesus Cristo foi o maior homem de todos os tempos. Pregou a Justiça e condenou a injustiça. Para dar eficiência à sua doutrina, Cristo resgatou Saulo de Tarso, juiz do Sinédrio, e o consagrou Paulo, o grande advogado de sua causa. Nada mais correto do que Maria, a Conceição, como padroeira da Justiça brasileira. Maria, até por ser mãe do filho de Deus, era justa, corajosa, equilibrada, sensata. Nenhum homem é santo. Os condutores da Justiça não o são, mas devem se espelhar em Maria, em Cristo e em Paulo, e teremos um Judiciário composto de homens e mulheres mais sensatos, justos, prudentes, equilibrados, humildes, simples, bons - sim, o bom juiz é o melhor dos homens.
Minha avó paterna, Ifigênia do Nazareth Rocha, devota de Nossa Senhora da Conceição, dizia que não tinha medo da Justiça, mas da injustiça. O nosso Judiciário, repito, ao lado do Ministério Publico e da classe de advogados, avançaram de forma positiva. Os conselhos nacionais da Justiça e do MP representam uma inovação inteligente. Convivi e conheço bons juízes, promotores e advogados, administradores da Justiça. Juízes do passado, como Kleber Moreira de Souza, Aluizio Ribeiro da Silva, Jethro Sul de Macêdo e Alberto Leite Guimarães, que passaram por Alto Parnaíba e honraram a Justiça maranhense. Magistrados que atuei como advogado, como Ilva Salazar Eliseu, Sônia Maria Fernandes Anaga, Antônio Eduardo Oliveira Nava (morto prematuramente), que titularizam a comarca de minha terra, e Rogério de Oliveira Nunes, Marcos Antônio Moura Mendes, Aderson Antônio Brito Nogueira e, atualmente, Juscelino Norberto da Silva Neto, em Santa Filomena.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
NOSSA SENHORA DA VASSOURA
Encontrei uma preciosidade de Luís da Câmara Cascudo, grande folclorista brasileiro, que diz respeito à minha terra natal. Ele reproduziu em Supertições e Costumes uma notícia dada em 1951 na revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão pelo historiador e juiz de direito da comarca de Alto Parnaiba entre os anos 1940 e 1950, Luiz Gonzaga dos Reis, sobre a veneração da comunidade do povoado Jurubeba, do distrito de Angico (hoje Curupá), um lugar distante e quase isolado do município sul maranhense de Alto Parnaíba, próximo às nascentes do rio Parnaíba, que, a partir de um reclame farmcêutico dando conta de curas por certo medicamento, tendo a vassoura por símbolo, decidiu construir ali uma capela para a nova santa - Nossa Senhora da Vassoura. Felizmente, se existiu essa capela não existe mais. Câmara Cascudo, com seu jeito irônico e profundo conhecedor das gentes brasileiras, expressa com maestria mais essa brasilidade.
"O Brasil é o único país católico do mundo a possuir uma curiosa invocação de Nossa Senhora da Vassoura. O senhor L. Gonzaga dos Reis, no seu estudo Alto Parnaíba, na revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (nº 3, 67-68, agosto de 1951, São Luiz), escreve que em Jurubeba, povoado do distrito de Angico, Alto Parnaíba, Maranhão, um cartaz-reclame do preparado farmacêutico A Saúde da Mulher, representando uma enfermeira vassourando remédios inúteis, mereceu popularidade e subsequente veneração popular, sendo chamada Nossa Senhora da Vassoura; será a padroeira da nova capela em construção. Vassoura todos os males e contrariedades. Era um desenho de Raul Pederneiras, ilustrando um produto de Daudt, Oliveira & Cia., do Rio de Janeiro, e teve anúncio luminoso na avenida Rio Branco, muitos anos, sendo um dos primeiros no gênero, na capital federal, nos fins do terceiro lustro do século XX.
(CASCUDO, Luís da Câmara. Superstições e costumes.)".
"O Brasil é o único país católico do mundo a possuir uma curiosa invocação de Nossa Senhora da Vassoura. O senhor L. Gonzaga dos Reis, no seu estudo Alto Parnaíba, na revista do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão (nº 3, 67-68, agosto de 1951, São Luiz), escreve que em Jurubeba, povoado do distrito de Angico, Alto Parnaíba, Maranhão, um cartaz-reclame do preparado farmacêutico A Saúde da Mulher, representando uma enfermeira vassourando remédios inúteis, mereceu popularidade e subsequente veneração popular, sendo chamada Nossa Senhora da Vassoura; será a padroeira da nova capela em construção. Vassoura todos os males e contrariedades. Era um desenho de Raul Pederneiras, ilustrando um produto de Daudt, Oliveira & Cia., do Rio de Janeiro, e teve anúncio luminoso na avenida Rio Branco, muitos anos, sendo um dos primeiros no gênero, na capital federal, nos fins do terceiro lustro do século XX.
(CASCUDO, Luís da Câmara. Superstições e costumes.)".
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
MAIS CONTAS DESAPROVADAS
Em sessão plenária realizada na última quarta-feira, 02 de dezembro, o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão - TCE-MA -, desaprovou novas contas do ex-prefeito de Alto Parnaíba, Ranieri Avelino Soares (PV), e aplicou-lhe multa de R$ 20.000,00 (vinte mil reais), referentes ao exercício financeiro de 2006, após julgar também irregulares as contas de 2007 do mesmo gestor, conforme noticiado por mim aqui no blog.
A desaprovação das contas de 2006 foi noticiada no Jornal Pequeno, de São Luís, edição eletrônica de hoje, e está disponível na página do TCE-MA. É só acessar.
No início da próxima legislatura, os vereadores empossados há um ano estarão sendo colocados a prova, ou seja, terão que se debruçar nos dois processos a serem remetidos à Câmara pelo Tribunal de Contas, cujo julgamento final exigirá conhecimento dos autos, audiências públicas com a participação da sociedade e do povo e assessoria técnica. É ver para crer.
A desaprovação das contas de 2006 foi noticiada no Jornal Pequeno, de São Luís, edição eletrônica de hoje, e está disponível na página do TCE-MA. É só acessar.
No início da próxima legislatura, os vereadores empossados há um ano estarão sendo colocados a prova, ou seja, terão que se debruçar nos dois processos a serem remetidos à Câmara pelo Tribunal de Contas, cujo julgamento final exigirá conhecimento dos autos, audiências públicas com a participação da sociedade e do povo e assessoria técnica. É ver para crer.
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
PIZZA E AZEITE
Como de costume, o Brasil, cuja República foi instaurada às pressas e face às indecisões dementes do imperador e do marechal proclamador, atravessa mais um escândalo de corrupção no centro do poder político e institucional da nação.
O chamado mensalão do DEM do Distrito Federal, cujas imagens e sons do reincidente governador Arruda e asseclas recebendo dinheiro vivo e de origem escusa dizem muito mais do que o rabo de palha do presidente Lula permite, se repete diariamente na grande maioria das prefeituras do país, e todos sabem disso.
Será que vai terminar em pizza? Pergunta comum da mídia, da sociedade civil e do povo nas ruas Brasil afora. Em pizza é pouco. Relendo o MEU LIVRO, do poeta, contista, missivista, jornalista, professor e escritor Luiz Amaral, da minha terra, reecontro uma de suas melhores cartas, dirigidas ao político, fazendeiro e empreendedor José Soares, o Zuza, seu adversário político, porém irmãos de ordem maçônica e fraternos amigos, em que relata a compra de um azeite a um certo "turco", em 1944, e seu desastroso transporte em lombo de jumento pela chamada estrada do sal, entre Alto Parnaíba, então Victória, no extremo sul maranhense, e Lizarda, na época Boa Sorte, no norte de Goiás e hoje Tocantins.
Na realidade, a carta não diz da política de então, com certeza os sucessivos escândalos de corrupção na política e na vida pública do Brasil não viram pizza, um prato saboroso, viram azeite em carga de burrico (azeite com beiju e bolo frito é uma delícia nossa), pois melados, tal azeite, na boca de todos no início, no final lambuzada fica a população brasileira.
Eis a missiva:
"CARTA A JOSÉ SOARES
(Caminho do Pium, no terreiro da morada Cutias, perto de Boa Sorte (hoje Lizarda), no intervalo do almoço ao café, enquanto o portador - um sr. que passava para Vitória - esperava já montado. A notícia do bom preço no garimpo animou-se a comprar do carcamano Elias Carnib duas cargas de azeite de coco e levá-las com outros artigos que devia levar para vender lá).
MEU CARO AMIGO SOARES,
NÃO LHE ESCREVO POR DELEITE,
NEM QUERO NO QUE LHE ESCREVO
LITERATURA OU ENFEITE
QUERO CONTAR SIMPLESMENTE
UM SIMPLES CASO DE AZEITE
OUÇA O QUE VOU LHE DIZER
E GUARDA BEM NA LEMBRANÇA:
ENTRE MÁQUINA E JUMENTO
HÁ GRANDE DESSEMELHANÇA
MÁQUINA, COM AZEITE CORRE
JUMENTO, COM AZEITE, CANSA
NÃO SEI BEM O QUE EU ESTAVA
SE ERA BESTA OU SE ERA LOUCO
NÃO FOSSEM OS MEUS TRINT'ANOS,
DIRIA QUE ESTAVA BROCO,
QUANDO COMPREI AO CARNIB
AQUELE AZEITE DE COCO
O BICHO MELA O JUMENTO
DA CABEÇA ATÉ O RABO
JACÁS, CANGALHAS, E O RESTO
ALISAM QUE NEM QUIABO
E FICA TUDO FEDENDO
TANTO QUANTO OU MAIS QUE O DIABO.
AZEITE! - DIGO E SUSTENTO
NÃO DÁ CERTO COM JUMENTO
AZEITE! - AINDA REPITO
SÓ PRESTA COM BOLO FRITO
CONDUZIR AINDA AZEITE
AINDA EXPERIÊNCIA ME PROÍBE
E DEUS BENZA QUE MAIS NUNCA
ME ENCONTRE COM ELIAS CARNIB" (páginas 197 e 198).
O povo brasileiro não é jumento, é feito de burro. Todos nós estamos cansados, igualzinhos o heróico jumento carregando o azeite. Chega de tolerar e carregar nas costas e no bolsos essas quadrilhas que infestam, empobrecem e apodrecem a nação em todos os seus recantos. É preciso reagir. É preciso se indignar e se levantar contra a impunidade que se encontra enraizada desde a formação do país. Ainda é tempo.
O chamado mensalão do DEM do Distrito Federal, cujas imagens e sons do reincidente governador Arruda e asseclas recebendo dinheiro vivo e de origem escusa dizem muito mais do que o rabo de palha do presidente Lula permite, se repete diariamente na grande maioria das prefeituras do país, e todos sabem disso.
Será que vai terminar em pizza? Pergunta comum da mídia, da sociedade civil e do povo nas ruas Brasil afora. Em pizza é pouco. Relendo o MEU LIVRO, do poeta, contista, missivista, jornalista, professor e escritor Luiz Amaral, da minha terra, reecontro uma de suas melhores cartas, dirigidas ao político, fazendeiro e empreendedor José Soares, o Zuza, seu adversário político, porém irmãos de ordem maçônica e fraternos amigos, em que relata a compra de um azeite a um certo "turco", em 1944, e seu desastroso transporte em lombo de jumento pela chamada estrada do sal, entre Alto Parnaíba, então Victória, no extremo sul maranhense, e Lizarda, na época Boa Sorte, no norte de Goiás e hoje Tocantins.
Na realidade, a carta não diz da política de então, com certeza os sucessivos escândalos de corrupção na política e na vida pública do Brasil não viram pizza, um prato saboroso, viram azeite em carga de burrico (azeite com beiju e bolo frito é uma delícia nossa), pois melados, tal azeite, na boca de todos no início, no final lambuzada fica a população brasileira.
Eis a missiva:
"CARTA A JOSÉ SOARES
(Caminho do Pium, no terreiro da morada Cutias, perto de Boa Sorte (hoje Lizarda), no intervalo do almoço ao café, enquanto o portador - um sr. que passava para Vitória - esperava já montado. A notícia do bom preço no garimpo animou-se a comprar do carcamano Elias Carnib duas cargas de azeite de coco e levá-las com outros artigos que devia levar para vender lá).
MEU CARO AMIGO SOARES,
NÃO LHE ESCREVO POR DELEITE,
NEM QUERO NO QUE LHE ESCREVO
LITERATURA OU ENFEITE
QUERO CONTAR SIMPLESMENTE
UM SIMPLES CASO DE AZEITE
OUÇA O QUE VOU LHE DIZER
E GUARDA BEM NA LEMBRANÇA:
ENTRE MÁQUINA E JUMENTO
HÁ GRANDE DESSEMELHANÇA
MÁQUINA, COM AZEITE CORRE
JUMENTO, COM AZEITE, CANSA
NÃO SEI BEM O QUE EU ESTAVA
SE ERA BESTA OU SE ERA LOUCO
NÃO FOSSEM OS MEUS TRINT'ANOS,
DIRIA QUE ESTAVA BROCO,
QUANDO COMPREI AO CARNIB
AQUELE AZEITE DE COCO
O BICHO MELA O JUMENTO
DA CABEÇA ATÉ O RABO
JACÁS, CANGALHAS, E O RESTO
ALISAM QUE NEM QUIABO
E FICA TUDO FEDENDO
TANTO QUANTO OU MAIS QUE O DIABO.
AZEITE! - DIGO E SUSTENTO
NÃO DÁ CERTO COM JUMENTO
AZEITE! - AINDA REPITO
SÓ PRESTA COM BOLO FRITO
CONDUZIR AINDA AZEITE
AINDA EXPERIÊNCIA ME PROÍBE
E DEUS BENZA QUE MAIS NUNCA
ME ENCONTRE COM ELIAS CARNIB" (páginas 197 e 198).
O povo brasileiro não é jumento, é feito de burro. Todos nós estamos cansados, igualzinhos o heróico jumento carregando o azeite. Chega de tolerar e carregar nas costas e no bolsos essas quadrilhas que infestam, empobrecem e apodrecem a nação em todos os seus recantos. É preciso reagir. É preciso se indignar e se levantar contra a impunidade que se encontra enraizada desde a formação do país. Ainda é tempo.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
PETIÇÃO-CIDADÃ ANTEVENDO OS APAGÕES
Faço questão de publicar uns versos a mim remetidos pelo Dr. João Pereira Neto, juiz de direito da 2ª vara da comarca maranhense de Grajaú.
Quando titular da comarca de Santa Luzia do Paruá, o juiz João Neto recebeu uma petição do cidadão LUÍS DOS SANTOS CASTRO, então octogenário, devidamente envelopada, e mandou juntá-la nos autos de uma ação indenizatória por danos morais que o aludido sertanejo movia contra a Companhia Energética do Maranhão - CEMAR. Isso ocorreu em março de 2007. Os apagões tornaram-se comuns e as contas cobradas em todo o Brasil estão entre as mais caras do mundo. Vivendo e vivenciando essa situação há longos trinta anos em Alto Parnaíba, no extremo sul do Maranhão, sintam o protesto que faz bem para a alma ante a natural indignação de um homem do povo no pleno exercício constitucional da cidadania.
"VERSOS PARA AUDIÊNCIA
Senhor Juiz de Direito
Eu não tenho mais para onde apelar
Já estou com dor de cabeça
Só de tanto imaginar
Com a corda no pescoço
Colocada pela CEMAR
Não tenho com que pagar
Pois não tenho condição
Já faz bastantes dias
Que vivo nesta preocupação
Devido a tudo isso
É que me dói o coração
A CEMAR tem condição
Manda aqui nesta cidade
Eu sou um velho cansado
Com 85 anos de idade
Eu peço a ela mesma
Que me faça essa caridade
Por isso eu tenho vontade
De ajeitar minha sorte
Não quero fazer viagem longa
Pegar qualquer transporte
Eu quero tá no rio da vida
Não quero entrar no mar da morte
A CEMAR está agindo
Como o famoso chefe de Estado
Entrando na casa dos outros
Atirando pra todo lado
Parece até o George Bush
Querendo me ver enforcado
Eu me sinto aperreado
Sem dizer palavras feias
Não sei porque a CEMAR
Tanto a mim me odeia
Pelo jeito que eu vejo
Ela vai me deixar na cadeia
Eu moro em casa alheia
Vivo lá é de favor
A energia que tenho
É o pouco que me restou
Que a CEMAR quer tirar
Sem conhecer a minha dor
No peito eu sinto uma dor
Que invade o coração
Em vê uma empresa rica
Lutando com um cidadão
Tirando da boca dos netos
Os seus pedacinhos de pão
Por isso peço Justiça
Para me proteger
Desta perseguição
Não tô sabendo porquê
Muitos pagam pelo que devem
E querem que eu pague sem dever
Vou encerrar minha fala
Dizendo a que tenho direito
Moradia, saúde e educação
E incluindo o respeito
Será que vai ser a CEMAR
Que me privará desse direito?
Sou Luís dos Santos Castro
O poeta prejudicado
Que venho aqui com medo
De sair daqui lesado
Mas confiando no Sr. Juiz, quero a CEMAR do meu lado”
Quando titular da comarca de Santa Luzia do Paruá, o juiz João Neto recebeu uma petição do cidadão LUÍS DOS SANTOS CASTRO, então octogenário, devidamente envelopada, e mandou juntá-la nos autos de uma ação indenizatória por danos morais que o aludido sertanejo movia contra a Companhia Energética do Maranhão - CEMAR. Isso ocorreu em março de 2007. Os apagões tornaram-se comuns e as contas cobradas em todo o Brasil estão entre as mais caras do mundo. Vivendo e vivenciando essa situação há longos trinta anos em Alto Parnaíba, no extremo sul do Maranhão, sintam o protesto que faz bem para a alma ante a natural indignação de um homem do povo no pleno exercício constitucional da cidadania.
"VERSOS PARA AUDIÊNCIA
Senhor Juiz de Direito
Eu não tenho mais para onde apelar
Já estou com dor de cabeça
Só de tanto imaginar
Com a corda no pescoço
Colocada pela CEMAR
Não tenho com que pagar
Pois não tenho condição
Já faz bastantes dias
Que vivo nesta preocupação
Devido a tudo isso
É que me dói o coração
A CEMAR tem condição
Manda aqui nesta cidade
Eu sou um velho cansado
Com 85 anos de idade
Eu peço a ela mesma
Que me faça essa caridade
Por isso eu tenho vontade
De ajeitar minha sorte
Não quero fazer viagem longa
Pegar qualquer transporte
Eu quero tá no rio da vida
Não quero entrar no mar da morte
A CEMAR está agindo
Como o famoso chefe de Estado
Entrando na casa dos outros
Atirando pra todo lado
Parece até o George Bush
Querendo me ver enforcado
Eu me sinto aperreado
Sem dizer palavras feias
Não sei porque a CEMAR
Tanto a mim me odeia
Pelo jeito que eu vejo
Ela vai me deixar na cadeia
Eu moro em casa alheia
Vivo lá é de favor
A energia que tenho
É o pouco que me restou
Que a CEMAR quer tirar
Sem conhecer a minha dor
No peito eu sinto uma dor
Que invade o coração
Em vê uma empresa rica
Lutando com um cidadão
Tirando da boca dos netos
Os seus pedacinhos de pão
Por isso peço Justiça
Para me proteger
Desta perseguição
Não tô sabendo porquê
Muitos pagam pelo que devem
E querem que eu pague sem dever
Vou encerrar minha fala
Dizendo a que tenho direito
Moradia, saúde e educação
E incluindo o respeito
Será que vai ser a CEMAR
Que me privará desse direito?
Sou Luís dos Santos Castro
O poeta prejudicado
Que venho aqui com medo
De sair daqui lesado
Mas confiando no Sr. Juiz, quero a CEMAR do meu lado”
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
SIM, É POSSÍVEL
O artigo, a seguir transcrito, é da direção do PDT de Alto Parnaíba e se refere aos dez anos do partido em nosso município.
"MENSAGEM DE NATAL E DE FINAL DE ANO
PDT DE ALTO PARNAÍBA: 10 ANOS
Em 01 de setembro de 1999, a comissão provisória do Partido Democrático Trabalhista – PDT -, de Alto Parnaíba, sob a presidência do inesquecível advogado, Dr. Plínio Rocha, reuniu um grande número de cidadãos e de cidadãs de nossa terra, homens e mulheres, jovens e idosos, todos os níveis sociais, econômicos e intelectuais, e ali na Câmara Municipal, no plenário vereador Homerino Segadilha, durante todo o dia, discutiu os problemas e as potencialidades e apresentou propostas para o nosso município, mesma ocasião em que foram eleitos o primeiro diretório e a executiva municipais.
A eleição da direção foi presidida pelo também saudoso Carmona Rocha, que passou a presidência ao nosso primeiro presidente, professor e radialista Carlos Biá, que deu início à estruturação do mais bem organizado e coerente partido político local, sempre na defesa dos valores mais elementares do homem – o trabalho honrado, a igualdade de oportunidades, a liberdade como princípio, o combate sem tréguas à corrupção, o acesso com qualidade ao ensino e à saúde públicos, os direitos à vida, ao emprego, à tecnologia, à segurança, à Justiça, à cidadania e à dignidade humana, ao lado da preservação permanente do meio ambiente.
De lá para cá a trajetória do PDT foi longa. Concorreu ao cargo de prefeito com o advogado Décio Rocha em 2000, obtendo a segunda colocação na cidade; centenas de pessoas passaram por suas fileiras e atualmente, são quase 900 filiados e filiadas; não se entregou ao poder financeiro e nem à corrupção, colocando-se permanentemente em defesa dos interesses de Alto Parnaíba e de seu povo, amadurecendo politicamente, apresentando projetos de alcance social inquestionável, debatendo ideais, combatendo as práticas mais nocivas de políticas governamentais do atraso, do assistencialismo, da compra de votos, da incapacidade administrativa, geradores do caos institucional e da má gestão pública, ao lado da falência de valores morais que, na política, é mais grave, pois castiga toda uma população.
Alto Parnaíba possui terras férteis para a agricultura e a criação, em mais de 11 mil km2 de território; detém uma história bonita, construída por homens e mulheres desbravadores e corajosos, que aqui se radicaram e construíram uma comunidade de vitórias; o seu povo é bom, trabalhador, honesto, pacato e que precisa apenas confiar em si próprio e entender que ele, o povo, é o patrão do lugar, é quem decide e dá as cartas através do voto, que deve ser livre, independente e soberano.
Alto Parnaíba tem uma cultura diversificada, que apenas precisa ser valorizada e divulgada, inclusive o seu potencial turístico; a sua juventude gosta de esportes, precisa também de incentivos; a sua vocação para a indústria está direcionada à agricultura, à pecuária e ao agronegócio, e urge a criação de um distrito industrial; as suas fazendas produzem e se modernizam; o seu comércio cresce e se integra à economia nacional, enfim, Alto Parnaíba tem tudo para crescer de forma sustentável e se destacar como pólo de desenvolvimento em toda uma vasta região, que abrange ainda municípios do Piauí, Bahia, Tocantins e Maranhão.
Além de Carlos Biá, o PDT alto-parnaibano teve como seu presidente Wille Mascarenhas e pela segunda vez, o preside o advogado Décio Rocha, e funciona todos os dias do ano, onde todos os filiadas e filiados possuem os mesmos direitos e são respeitados e valorizados pela direção partidária.
Vamos em frente! PDT – O PARTIDO DE ALTO PARNAÍBA".
"MENSAGEM DE NATAL E DE FINAL DE ANO
PDT DE ALTO PARNAÍBA: 10 ANOS
Em 01 de setembro de 1999, a comissão provisória do Partido Democrático Trabalhista – PDT -, de Alto Parnaíba, sob a presidência do inesquecível advogado, Dr. Plínio Rocha, reuniu um grande número de cidadãos e de cidadãs de nossa terra, homens e mulheres, jovens e idosos, todos os níveis sociais, econômicos e intelectuais, e ali na Câmara Municipal, no plenário vereador Homerino Segadilha, durante todo o dia, discutiu os problemas e as potencialidades e apresentou propostas para o nosso município, mesma ocasião em que foram eleitos o primeiro diretório e a executiva municipais.
A eleição da direção foi presidida pelo também saudoso Carmona Rocha, que passou a presidência ao nosso primeiro presidente, professor e radialista Carlos Biá, que deu início à estruturação do mais bem organizado e coerente partido político local, sempre na defesa dos valores mais elementares do homem – o trabalho honrado, a igualdade de oportunidades, a liberdade como princípio, o combate sem tréguas à corrupção, o acesso com qualidade ao ensino e à saúde públicos, os direitos à vida, ao emprego, à tecnologia, à segurança, à Justiça, à cidadania e à dignidade humana, ao lado da preservação permanente do meio ambiente.
De lá para cá a trajetória do PDT foi longa. Concorreu ao cargo de prefeito com o advogado Décio Rocha em 2000, obtendo a segunda colocação na cidade; centenas de pessoas passaram por suas fileiras e atualmente, são quase 900 filiados e filiadas; não se entregou ao poder financeiro e nem à corrupção, colocando-se permanentemente em defesa dos interesses de Alto Parnaíba e de seu povo, amadurecendo politicamente, apresentando projetos de alcance social inquestionável, debatendo ideais, combatendo as práticas mais nocivas de políticas governamentais do atraso, do assistencialismo, da compra de votos, da incapacidade administrativa, geradores do caos institucional e da má gestão pública, ao lado da falência de valores morais que, na política, é mais grave, pois castiga toda uma população.
Alto Parnaíba possui terras férteis para a agricultura e a criação, em mais de 11 mil km2 de território; detém uma história bonita, construída por homens e mulheres desbravadores e corajosos, que aqui se radicaram e construíram uma comunidade de vitórias; o seu povo é bom, trabalhador, honesto, pacato e que precisa apenas confiar em si próprio e entender que ele, o povo, é o patrão do lugar, é quem decide e dá as cartas através do voto, que deve ser livre, independente e soberano.
Alto Parnaíba tem uma cultura diversificada, que apenas precisa ser valorizada e divulgada, inclusive o seu potencial turístico; a sua juventude gosta de esportes, precisa também de incentivos; a sua vocação para a indústria está direcionada à agricultura, à pecuária e ao agronegócio, e urge a criação de um distrito industrial; as suas fazendas produzem e se modernizam; o seu comércio cresce e se integra à economia nacional, enfim, Alto Parnaíba tem tudo para crescer de forma sustentável e se destacar como pólo de desenvolvimento em toda uma vasta região, que abrange ainda municípios do Piauí, Bahia, Tocantins e Maranhão.
Além de Carlos Biá, o PDT alto-parnaibano teve como seu presidente Wille Mascarenhas e pela segunda vez, o preside o advogado Décio Rocha, e funciona todos os dias do ano, onde todos os filiadas e filiados possuem os mesmos direitos e são respeitados e valorizados pela direção partidária.
Vamos em frente! PDT – O PARTIDO DE ALTO PARNAÍBA".
sábado, 28 de novembro de 2009
TEMOS JUIZ
Realmente o Tribunal de Justiça do Maranhão nomeou os novos juízes das comarcas de Alto Parnaíba e Tasso Fragoso, no extremo sul do estado, em solenidade realizada no último dia 23 de novembro, em São Luís.
Recebi uma mensagem do jovem advogado alto-parnaibano Sérgio Delgado Júnior, radicado em Palmas, noticiando, com a alegria natural a um bom filho da terra, o fato, que é de interesse das comunidades distantes e tão desamparadas pelo estado.
Os magistrados foram aprovados no último concurso público e a partir de agora, iniciam sua vida judicante, exercendo uma das missões mais nobres e elementares já delegadas a um ser humano - a de julgar o seu semelhante, a liberdade e os bens destes, de fazer manter funcionando plenamente as instituições democráticas e o estado de direito, dentre outras importantes e atribuições.
Para tudo isso é necessário o bom senso, a prudência, a tolerância, o alto conhecimento do direito, das leis, o amor à Justiça, o rigor contra a injustiça.
Em Alto Parnaíba, sem juiz titular desde janeiro de 2007, o novo magistrado é o Dr. Franklin Silva Brandão Júnior, que já esteve na cidade, e em Tasso Fragoso, o Dr. Sílvio Alves Nascimento. Que Deus os iluminem para o exercício normal (apenas normal) de suas funções, lembrando sempre da máxima de José Américo de Almeida, o estadista e literato paraibano, na consagrada obra A Bagaceira, de que "o mau juiz é o pior dos homens". Portanto, e pelas boas informações que tenho, os dois juízes saberão honrar o cargo e farão com que a Justiça triunfe e de que o bem prevaleça nesses torrões do nordeste brasileiro.
Recebi uma mensagem do jovem advogado alto-parnaibano Sérgio Delgado Júnior, radicado em Palmas, noticiando, com a alegria natural a um bom filho da terra, o fato, que é de interesse das comunidades distantes e tão desamparadas pelo estado.
Os magistrados foram aprovados no último concurso público e a partir de agora, iniciam sua vida judicante, exercendo uma das missões mais nobres e elementares já delegadas a um ser humano - a de julgar o seu semelhante, a liberdade e os bens destes, de fazer manter funcionando plenamente as instituições democráticas e o estado de direito, dentre outras importantes e atribuições.
Para tudo isso é necessário o bom senso, a prudência, a tolerância, o alto conhecimento do direito, das leis, o amor à Justiça, o rigor contra a injustiça.
Em Alto Parnaíba, sem juiz titular desde janeiro de 2007, o novo magistrado é o Dr. Franklin Silva Brandão Júnior, que já esteve na cidade, e em Tasso Fragoso, o Dr. Sílvio Alves Nascimento. Que Deus os iluminem para o exercício normal (apenas normal) de suas funções, lembrando sempre da máxima de José Américo de Almeida, o estadista e literato paraibano, na consagrada obra A Bagaceira, de que "o mau juiz é o pior dos homens". Portanto, e pelas boas informações que tenho, os dois juízes saberão honrar o cargo e farão com que a Justiça triunfe e de que o bem prevaleça nesses torrões do nordeste brasileiro.
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
AUDIÊNCIA CONTRA O PERMANENTE APAGÃO
Lá no Rio de Janeiro as pessoas revoltadas, a mídia indignada, ministros quase caindo, tudo efeito do apagão, termo que dá a dimensão da corrupção desenfreada, aliada à incapacidade de gestão, no setor político de energia do país.
Aqui, nos confins do Maranhão e do Piauí, no planalto central e amazônia legal, o apagão é permanente há trinta anos e o mesmo governo, o mesmo setor elétrico, desconsideram a nossa existência.
Felizmente, ontem se decidiu a data exata para a realização da esperada audiência pública a ser promovida pela Câmara Municipal de Santa Filomena a partir de um requerimento oportuno do vereador José Damasceno Nogueira Filho, o Zé de Zé Biga. Com as presenças confirmadas do juiz de direito, Dr. Juscelino Norberto da Silva Neto, do promotor de Justiça, Dr. Rômulo Paulo Cordão, de um representante da presidência da CEPISA, da advogada do cidadão, Dra. Ana Luisa Polesso Dalla Barba e do prefeito Esdras Avelino Filho, com forte participação da população dos dois municípios, o ato ocorrerá em 12 de janeiro de 2010, a partir das 09 horas da manhã, objetivando discutir, ouvir reclamos, tomar medidas, enfim, buscar uma solução para o crônico problema, pois, mesmo não sendo milhões de pessoas, também somos seres humanos e precisamos da energia para alcançar o desenvolvimento de nossa terra, além de nosso conforto pessoal e humano.
Essa data foi confirmada pelo magistrado, pelo representante do MP e pela Câmara, representada por seu vice-presidente, vereador Raimundo Antônio Queiróz, o Raimundo Firmino, e seu primeiro-secretário, vereador José Bonifácio Bezerra, no fórum da comarca, onde estive presente.
Aqui, nos confins do Maranhão e do Piauí, no planalto central e amazônia legal, o apagão é permanente há trinta anos e o mesmo governo, o mesmo setor elétrico, desconsideram a nossa existência.
Felizmente, ontem se decidiu a data exata para a realização da esperada audiência pública a ser promovida pela Câmara Municipal de Santa Filomena a partir de um requerimento oportuno do vereador José Damasceno Nogueira Filho, o Zé de Zé Biga. Com as presenças confirmadas do juiz de direito, Dr. Juscelino Norberto da Silva Neto, do promotor de Justiça, Dr. Rômulo Paulo Cordão, de um representante da presidência da CEPISA, da advogada do cidadão, Dra. Ana Luisa Polesso Dalla Barba e do prefeito Esdras Avelino Filho, com forte participação da população dos dois municípios, o ato ocorrerá em 12 de janeiro de 2010, a partir das 09 horas da manhã, objetivando discutir, ouvir reclamos, tomar medidas, enfim, buscar uma solução para o crônico problema, pois, mesmo não sendo milhões de pessoas, também somos seres humanos e precisamos da energia para alcançar o desenvolvimento de nossa terra, além de nosso conforto pessoal e humano.
Essa data foi confirmada pelo magistrado, pelo representante do MP e pela Câmara, representada por seu vice-presidente, vereador Raimundo Antônio Queiróz, o Raimundo Firmino, e seu primeiro-secretário, vereador José Bonifácio Bezerra, no fórum da comarca, onde estive presente.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
UMA PONTE NO PARNAÍBA
Alto Parnaíba foi fundado em 19 de maio de 1866 a partir de uma divergência de seu fundador, Cândido Lustosa de Britto, com o tio, José Lustosa da Cunha, então deputado geral (federal) e futuro Barão de Santa Filomena, sendo desmembrado da Vila de Santa Filomena e anexado ao território do Maranhão como Freguesia de Nossa Senhora das Victórias.
Na época, Santa Filomena era um importante entreposto comercial, cujo crescimento populacional e econômico se deu a partir da navegabilidade pelo rio Parnaíba até Floriano e Teresina.
Com o decorrer dos tempos, Alto Parnaíba passou a ter uma população maior e teve um desenvolvimento mais célere, entretanto, os dois municípios, separados apenas pelas águas do rio Parnaíba, sofrem dos mesmos males e se desenvolvem em conjunto, mesmo sem uma política pública de cooperação mútua, mas pela própria natureza de suas formações.
A agricultura nos cerrados filomenenses cresce a cada ano, independentemente da precariedade das estradas, especialmente do trecho da BR-235 entre Santa Filomena e Gilbués, de inquestionável importância econômica de desenvolvimento, em torno da qual se concentram inúmeras propriedades rurais produtivas. Essa rodovia já foi "inaugurada" por um governador do Piauí e mais uma vez, o governo promete iniciar a sua construção para breves dias. Entretanto, os esforços do prefeito Esdras Avelino Filho garantiram a aquisição de uma patrulha mecanizada e obras importantes, como um estádio de futebol gramado e com arquibancadas (já entregue à população), os prédios do quartel da Polícia Militar e do fórum da comarca, dentre outras realizações, mostram o início de um era promissora na terra das mangueiras.
Entretanto, a ponte sobre o rio Parnaíba entre as duas cidades é outro compromisso ainda não assumido por políticos dos dois lados do velho monge. O Senador Heráclito Fortes, ainda sem a cirurgia de redução do estômago, prometeu usar saia se a ponte de cimento armado não fosse construída em certo prazo, há muito vencido. Nem a ponte saíu e nem o robusto senador piauiense vestiu a dita saia, graças a Deus, pois precisaria de muita xita. De resto, apenas a chacota.
Essa ponte, segundo o deputado Marcelo Castro, pré-candidato ao governo do Piauí, será construída naturalmente com a rodovia federal, que atingirá o território maranhense indo ao estado do Tocantins. Seria bom se isso viesse a ocorrer logo, mas a ponte, em respeito às duas comunidades que atravessam o grande rio em canoas há mais de 144 anos, é mais do que urgente a sua construção e nada justifica que em pleno século XXI as pessoas continuem, em tese, arriscando suas vidas e pagando razoavelmente caro por cada ida e vinda entre as duas cidades, que dependem uma da outra. É o mínimo.
Na época, Santa Filomena era um importante entreposto comercial, cujo crescimento populacional e econômico se deu a partir da navegabilidade pelo rio Parnaíba até Floriano e Teresina.
Com o decorrer dos tempos, Alto Parnaíba passou a ter uma população maior e teve um desenvolvimento mais célere, entretanto, os dois municípios, separados apenas pelas águas do rio Parnaíba, sofrem dos mesmos males e se desenvolvem em conjunto, mesmo sem uma política pública de cooperação mútua, mas pela própria natureza de suas formações.
A agricultura nos cerrados filomenenses cresce a cada ano, independentemente da precariedade das estradas, especialmente do trecho da BR-235 entre Santa Filomena e Gilbués, de inquestionável importância econômica de desenvolvimento, em torno da qual se concentram inúmeras propriedades rurais produtivas. Essa rodovia já foi "inaugurada" por um governador do Piauí e mais uma vez, o governo promete iniciar a sua construção para breves dias. Entretanto, os esforços do prefeito Esdras Avelino Filho garantiram a aquisição de uma patrulha mecanizada e obras importantes, como um estádio de futebol gramado e com arquibancadas (já entregue à população), os prédios do quartel da Polícia Militar e do fórum da comarca, dentre outras realizações, mostram o início de um era promissora na terra das mangueiras.
Entretanto, a ponte sobre o rio Parnaíba entre as duas cidades é outro compromisso ainda não assumido por políticos dos dois lados do velho monge. O Senador Heráclito Fortes, ainda sem a cirurgia de redução do estômago, prometeu usar saia se a ponte de cimento armado não fosse construída em certo prazo, há muito vencido. Nem a ponte saíu e nem o robusto senador piauiense vestiu a dita saia, graças a Deus, pois precisaria de muita xita. De resto, apenas a chacota.
Essa ponte, segundo o deputado Marcelo Castro, pré-candidato ao governo do Piauí, será construída naturalmente com a rodovia federal, que atingirá o território maranhense indo ao estado do Tocantins. Seria bom se isso viesse a ocorrer logo, mas a ponte, em respeito às duas comunidades que atravessam o grande rio em canoas há mais de 144 anos, é mais do que urgente a sua construção e nada justifica que em pleno século XXI as pessoas continuem, em tese, arriscando suas vidas e pagando razoavelmente caro por cada ida e vinda entre as duas cidades, que dependem uma da outra. É o mínimo.
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
BATTISTI DEVE FICAR
Fujo do tema sobre a minha região, para ir um louco além de nossas divisas provinciais.
Ao decidir que cabe ao presidente da República, como chefe de Estado, a palavra final ou o veredito derradeiro sobre a extradição ou não de Cesare Battisti para a Itália, a nossa Suprema Corte não determinou o que Lula deva ou não fazer, apenas reconheceu, não sei por qual razão, que a sentença definitiva não seria do colegiado de juízes, mas de natureza monocrática, pelo chefe do executivo.
A velha direita brasileira reapareceu depois de um longo jejum, pois com o fim do comunismo soviético e da guerra-fria, perdera os alvos prediletos, restando apenas Fidel, já moribundo, e Chavez, que não passa de uma figura exótica e sem muita importância. Agora, renasce exigindo que Lula determine o retorno de Battisti para apodrecer nos mesmos porões onde Paulo, o apóstolo, foi encarcerado e de onde tantos corpos torturados padeceram ante o fascismo de Mussolini. A Itália é essencialmente fascista, e a prova maior dessa verdade incômoda é a liderança de Berlusconi, um vencedor de eleições. Cesare Battisti e centenas de sua geração foram obrigados a pegar em armas para combater a máfia infiltrada no estado italiano e até mesmo no sombrio Vaticano; era uma guerra política e graças a Battisti e seus companheiros a democracia pode ser respirada no velho país, cujo povo produziu um legado extraordinário em vários campos do conhecimento para a humanidade, como o direito.
Extraditar Battisti seria um precedente extremamente perigoso para a política internacional do Brasil. Sei que a situação do presidente é difícil, como qualquer decisão solitária o é, mesmo que Lula precisa se aconselhar com pessoas sem a paixão radical dos udenistas de plantão. Battisti não cometeu crime comum, assim como Lula não cometera ao ser enquadrado no governo do general Figueiredo na famigerada Lei de Segurança Nacional.
Ao decidir que cabe ao presidente da República, como chefe de Estado, a palavra final ou o veredito derradeiro sobre a extradição ou não de Cesare Battisti para a Itália, a nossa Suprema Corte não determinou o que Lula deva ou não fazer, apenas reconheceu, não sei por qual razão, que a sentença definitiva não seria do colegiado de juízes, mas de natureza monocrática, pelo chefe do executivo.
A velha direita brasileira reapareceu depois de um longo jejum, pois com o fim do comunismo soviético e da guerra-fria, perdera os alvos prediletos, restando apenas Fidel, já moribundo, e Chavez, que não passa de uma figura exótica e sem muita importância. Agora, renasce exigindo que Lula determine o retorno de Battisti para apodrecer nos mesmos porões onde Paulo, o apóstolo, foi encarcerado e de onde tantos corpos torturados padeceram ante o fascismo de Mussolini. A Itália é essencialmente fascista, e a prova maior dessa verdade incômoda é a liderança de Berlusconi, um vencedor de eleições. Cesare Battisti e centenas de sua geração foram obrigados a pegar em armas para combater a máfia infiltrada no estado italiano e até mesmo no sombrio Vaticano; era uma guerra política e graças a Battisti e seus companheiros a democracia pode ser respirada no velho país, cujo povo produziu um legado extraordinário em vários campos do conhecimento para a humanidade, como o direito.
Extraditar Battisti seria um precedente extremamente perigoso para a política internacional do Brasil. Sei que a situação do presidente é difícil, como qualquer decisão solitária o é, mesmo que Lula precisa se aconselhar com pessoas sem a paixão radical dos udenistas de plantão. Battisti não cometeu crime comum, assim como Lula não cometera ao ser enquadrado no governo do general Figueiredo na famigerada Lei de Segurança Nacional.
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
TRÂNSITO INSEGURO
Não apenas as grandes cidades vivem o drama do trânsito, infelizmente. Esse cotidiano de violência também atinge as pequenas comunas do país e as estradas em geral, que não exigem a conotação de federais, estaduais ou municipais.
Ruas esburacadas, total falta de sinalização, ausência de polícia especializada ou mesmo emprestada, motoristas sem o mínimo de noção sobre trânsito, nem mesmo as escolas possuem disciplina sobre o assunto, enfim, aqui em Alto Parnaíba, pequena cidade do sul do Maranhão, são algumas das razões do alto índice de acidentes no trânsito.
E o mais grave: a nível municipal, o silêncio total, apenas uma ambulância sem equipamentos, como oxigênio, para transportar os feridos para Balsas e na maioria, Teresina, em longas e penosas viagens percorrendo até mil quilômetros e, com certeza, contribuindo para agravar o estado de saúde do acidentado e dos doentes de um modo geral. Em minha cidade não existe sequer um aparelho de raio-x, que foi desativado logo após o último mandato de meu pai, Antonio Rocha Filho, à frente do governo municipal, e desde então se encontra exposto no também desativado hospital público, conforme já denunciei aqui no blog, uma espécie de bomba-relógio prestes a explodir, ou a provocar acidente similiar ao do césio em Goiânia.
O Éverton Castro, um jovem alto-parnaibano que foi embora ainda criança, filho do bancário do Banco do Brasil, Miguel Castro, com Elianete Porto de Carvalho, e descendente, pelo lado materno, de uma grande família de Alto Parnaíba, que aqui se encontra desde a fundação do município, fez um importante comentário na matéria "mais um acidente", quando comenta sobre a morte de um dos rapazes, cujo acidente ali noticiei. O Andrew Reis Bastos, de 24 anos, filho do operário Gonçalo Moreira Bastos e da professora Maria Aparecida Glória Reis, veio a falecer em consequência daquele choque entre motocicletas, sendo sepultado no final de tarde de ontem em nossa cidade, após alguns dias em estado de coma em Teresina. É a juventude que se perde e a sensação do que tudo é possível fazer desde que se queira, fora até dos limites da lei, que passou a imperar em cidades do interior do Brasil onde o Estado está distante a anos luzes. O Andrew trabalhava desde a infância, detinha independência financeira, era comunicativo, e o sofrimento dos pais é comovente, entretanto, o mesmo Estado, em seus três níveis, se cala - aqui não temos delegado de polícia, polícia de trânsito, promotor de Justiça, juiz de direito, tudo isso aliado à omissão dos poderes municipais. Que as palavras do Éverton ressoem bem alto e forte entre a gente alto-parnaibana, seus descendentes e os brasileiros de todos os recantos, para que possamos protestar sempre e cobrar sem medo providências das autoridades públicas, que representam nós, o público, e gerenciam o nosso dinheiro, o dinheiro do público.
Também no último final de semana, um outro jovem foi vitima de um acidente em um veículo. Trata-se de Jair Filho, mais conhecido apenas por Jairzinho, que vivia perembulando pelos bares da cidade, o que não tirava dele a condição de cidadão brasileiro, aliás, a cidadania ainda mais lhe era devida pelo Estado e pela sociedade. O vi um dia antes da tragédia. Era um tipo comum, porém o corpo franzino e com defeitos nas articulações dos braços e das pernas, o deixava inconfundível. O Jairzinho, pelo que consta, caíu da carroceria de um caminhão que serve para transportar gente em minha terra, próximo à Fazenda Pequena Holanda, e teria morrido instantaneamente. O Jair, como tantos outros nesses Brasi's, foi sepultado quase como indigente e nem ao menos foi socorrido. Mais um pobre vitimado pela imprudência, pelo sistema desumano de transportar pessoas, pelas estradas precaríssimas e pela maldita sensação de impunidade.
Ruas esburacadas, total falta de sinalização, ausência de polícia especializada ou mesmo emprestada, motoristas sem o mínimo de noção sobre trânsito, nem mesmo as escolas possuem disciplina sobre o assunto, enfim, aqui em Alto Parnaíba, pequena cidade do sul do Maranhão, são algumas das razões do alto índice de acidentes no trânsito.
E o mais grave: a nível municipal, o silêncio total, apenas uma ambulância sem equipamentos, como oxigênio, para transportar os feridos para Balsas e na maioria, Teresina, em longas e penosas viagens percorrendo até mil quilômetros e, com certeza, contribuindo para agravar o estado de saúde do acidentado e dos doentes de um modo geral. Em minha cidade não existe sequer um aparelho de raio-x, que foi desativado logo após o último mandato de meu pai, Antonio Rocha Filho, à frente do governo municipal, e desde então se encontra exposto no também desativado hospital público, conforme já denunciei aqui no blog, uma espécie de bomba-relógio prestes a explodir, ou a provocar acidente similiar ao do césio em Goiânia.
O Éverton Castro, um jovem alto-parnaibano que foi embora ainda criança, filho do bancário do Banco do Brasil, Miguel Castro, com Elianete Porto de Carvalho, e descendente, pelo lado materno, de uma grande família de Alto Parnaíba, que aqui se encontra desde a fundação do município, fez um importante comentário na matéria "mais um acidente", quando comenta sobre a morte de um dos rapazes, cujo acidente ali noticiei. O Andrew Reis Bastos, de 24 anos, filho do operário Gonçalo Moreira Bastos e da professora Maria Aparecida Glória Reis, veio a falecer em consequência daquele choque entre motocicletas, sendo sepultado no final de tarde de ontem em nossa cidade, após alguns dias em estado de coma em Teresina. É a juventude que se perde e a sensação do que tudo é possível fazer desde que se queira, fora até dos limites da lei, que passou a imperar em cidades do interior do Brasil onde o Estado está distante a anos luzes. O Andrew trabalhava desde a infância, detinha independência financeira, era comunicativo, e o sofrimento dos pais é comovente, entretanto, o mesmo Estado, em seus três níveis, se cala - aqui não temos delegado de polícia, polícia de trânsito, promotor de Justiça, juiz de direito, tudo isso aliado à omissão dos poderes municipais. Que as palavras do Éverton ressoem bem alto e forte entre a gente alto-parnaibana, seus descendentes e os brasileiros de todos os recantos, para que possamos protestar sempre e cobrar sem medo providências das autoridades públicas, que representam nós, o público, e gerenciam o nosso dinheiro, o dinheiro do público.
Também no último final de semana, um outro jovem foi vitima de um acidente em um veículo. Trata-se de Jair Filho, mais conhecido apenas por Jairzinho, que vivia perembulando pelos bares da cidade, o que não tirava dele a condição de cidadão brasileiro, aliás, a cidadania ainda mais lhe era devida pelo Estado e pela sociedade. O vi um dia antes da tragédia. Era um tipo comum, porém o corpo franzino e com defeitos nas articulações dos braços e das pernas, o deixava inconfundível. O Jairzinho, pelo que consta, caíu da carroceria de um caminhão que serve para transportar gente em minha terra, próximo à Fazenda Pequena Holanda, e teria morrido instantaneamente. O Jair, como tantos outros nesses Brasi's, foi sepultado quase como indigente e nem ao menos foi socorrido. Mais um pobre vitimado pela imprudência, pelo sistema desumano de transportar pessoas, pelas estradas precaríssimas e pela maldita sensação de impunidade.
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
FALTA DE RESPEITO
Desde o início da manhã, o que se tornou comum, Alto Parnaíba e Santa Filomena se encontram sem energia elétrica, o que ocorre periodicamente há longas três décadas.
Nenhuma explicação da CEPISA ou da CEMAR, as duas prestadoras desse essencial serviço público nos dois estados mais pobres e corruptos do país. Não existem dúvidas: os níveis alarmantes de pobreza, de atraso em todas as áreas sociais e econômicas, incluindo o fornecimento de energia elétrica, no Maranhão e no Piauí se originam em sucessivos governos sem espírito público, sem comprometimento com políticas corretas e permanentes de desenvolvimento, que do público desejam unicamente o dinheiro do público.
Estou escrevendo aproveitamento o restante da bateria do computador. O calor é insuportável. Todas as pessoas que recebi hoje, de níveis sociais e intelectuais distintos - desde o empresário até a lavradora e o pequeno comerciante -, demonstram a mesma indignação com essa falta de respeirto e de consideração pelas populações dos dois municípios co-irmãos, abandonados e relegados ao esquecimento pelo Estado.
Em Santa Filomena, no próximo dia 30 de novembro deverá ocorrer uma audiência pública na Câmara Municipal, iniciativa do vereador José Damasceno Nogueira Filho, o Zé de Biga, cujo tema será a energia elétrica e a sua falta constante, tendo por debatadores convidados o prefeito Esdras Avelino Filho, o juiz de direito, Dr. Juscelino Norberto da Silva Neto, o promotor de Justiça, Dr. Rômulo Cordão, a advogada do cidadão, Dra. Ana Luisa Polesso Dalla Barba e representantes da CEPISA e da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Chegou a hora da sociedade tomar as rédeas da situação, pois o problema atinge os municípios e isso pouco importa aos poderes políticos e institucionais centralizados em Teresina e em São Luís.
Nenhuma explicação da CEPISA ou da CEMAR, as duas prestadoras desse essencial serviço público nos dois estados mais pobres e corruptos do país. Não existem dúvidas: os níveis alarmantes de pobreza, de atraso em todas as áreas sociais e econômicas, incluindo o fornecimento de energia elétrica, no Maranhão e no Piauí se originam em sucessivos governos sem espírito público, sem comprometimento com políticas corretas e permanentes de desenvolvimento, que do público desejam unicamente o dinheiro do público.
Estou escrevendo aproveitamento o restante da bateria do computador. O calor é insuportável. Todas as pessoas que recebi hoje, de níveis sociais e intelectuais distintos - desde o empresário até a lavradora e o pequeno comerciante -, demonstram a mesma indignação com essa falta de respeirto e de consideração pelas populações dos dois municípios co-irmãos, abandonados e relegados ao esquecimento pelo Estado.
Em Santa Filomena, no próximo dia 30 de novembro deverá ocorrer uma audiência pública na Câmara Municipal, iniciativa do vereador José Damasceno Nogueira Filho, o Zé de Biga, cujo tema será a energia elétrica e a sua falta constante, tendo por debatadores convidados o prefeito Esdras Avelino Filho, o juiz de direito, Dr. Juscelino Norberto da Silva Neto, o promotor de Justiça, Dr. Rômulo Cordão, a advogada do cidadão, Dra. Ana Luisa Polesso Dalla Barba e representantes da CEPISA e da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica. Chegou a hora da sociedade tomar as rédeas da situação, pois o problema atinge os municípios e isso pouco importa aos poderes políticos e institucionais centralizados em Teresina e em São Luís.
sábado, 14 de novembro de 2009
OUTRA BOA NOTÍCIA
Parece que os ventos que trazem as boas notícias começam a soprar de novo em direção à minha Alto Parnaíba, que também é de tantos outros que aqui nasceram, vivem, trabalham e também aqueles que moram em outros recantos do país e seus descendentes, todos verdadeiramente alto-parnaibanos.
Acabo de ler e de fazer publicar na seção "comentários" da matéria anterior, uma excelente notícia dada pelo correto magistrado Dr. João Pereira Neto, juiz de direito titular da 2ª vara da comarca de Grajaú: no próximo 23 de novembro o Tribunal de Justiça do Maranhão estará empossando os novos juízes aprovados em recente concurso público, e com isso, a mais meridional comarca maranhense, a de Alto Parnaíba, que desde janeiro de 2007 se encontra vaga sem a titularidade de um juiz, terá de novo um juiz de direito titular, com certeza trabalhando diretamente na sede do município, se misturando com a multidão de comarcandos, sentindo no contato diário e permanente a realidade local, as riquezas da terra e os problemas que assolam a antiga comarca, especialmente no que tange à sensação de impunidade que alguns carregam consigo.
Esse contato corpo a corpo do juiz com o povo, a sua estadia na comarca, o seu entrosamento natural com a população e seus costumes, cultura e aptidões, é essencial para a boa distribuição da Justiça, e isso era um ensinamento de um dos mais completos juízes e humanistas que conheci e tive o prazer de ouvir em conversar amenas e em oratória no estilo Padre Antônio Vieira, um homem franzino no físico mais gigante nas atitudes corajosas e na voz firme que impunha, por si só, respeito e admiração sem precisar gritar eu prendo, persigo e arrebento, o Dr. Aluizio Ribeiro da Silva, que se aposentou da magistratura maranhense como desembargador, e que, por quase dez anos, presidiu a comarca alto-parnaibana, aqui morando com a esposa, dona Marinalva, e os filhos (que aqui passaram parte da infância e estudaram nas escolas locais - se não me engano, uma filha é alto-parnaibana de nascimento), participando ativamente da vida comunitária, inclusive como um dos fundadores da escola da comunidade (CECAP), hoje fechada drasticamente, e seu professor.
Tomara que o juiz que venha tenha a sensibilidade humana, o conhecimento do direito, a correta compreensão dos limites da aplicação da lei com realismo, respeito aos costumes locais e seriedade no trato da elevada função, no estilo de Aluizio Ribeiro, que, já idoso, voltava todos os anos a Alto Parnaíba, andava nas ruas sem a necessidade de guarda-costa ou de arma na cinta, e com todos dialogava, querido e respeitado por gerações diversas, exatamente por ter sido apenas e unicamente juiz, um agente do Estado, sem querer ser o próprio Estado. Bendita notícia, Dr. João Neto.
Acabo de ler e de fazer publicar na seção "comentários" da matéria anterior, uma excelente notícia dada pelo correto magistrado Dr. João Pereira Neto, juiz de direito titular da 2ª vara da comarca de Grajaú: no próximo 23 de novembro o Tribunal de Justiça do Maranhão estará empossando os novos juízes aprovados em recente concurso público, e com isso, a mais meridional comarca maranhense, a de Alto Parnaíba, que desde janeiro de 2007 se encontra vaga sem a titularidade de um juiz, terá de novo um juiz de direito titular, com certeza trabalhando diretamente na sede do município, se misturando com a multidão de comarcandos, sentindo no contato diário e permanente a realidade local, as riquezas da terra e os problemas que assolam a antiga comarca, especialmente no que tange à sensação de impunidade que alguns carregam consigo.
Esse contato corpo a corpo do juiz com o povo, a sua estadia na comarca, o seu entrosamento natural com a população e seus costumes, cultura e aptidões, é essencial para a boa distribuição da Justiça, e isso era um ensinamento de um dos mais completos juízes e humanistas que conheci e tive o prazer de ouvir em conversar amenas e em oratória no estilo Padre Antônio Vieira, um homem franzino no físico mais gigante nas atitudes corajosas e na voz firme que impunha, por si só, respeito e admiração sem precisar gritar eu prendo, persigo e arrebento, o Dr. Aluizio Ribeiro da Silva, que se aposentou da magistratura maranhense como desembargador, e que, por quase dez anos, presidiu a comarca alto-parnaibana, aqui morando com a esposa, dona Marinalva, e os filhos (que aqui passaram parte da infância e estudaram nas escolas locais - se não me engano, uma filha é alto-parnaibana de nascimento), participando ativamente da vida comunitária, inclusive como um dos fundadores da escola da comunidade (CECAP), hoje fechada drasticamente, e seu professor.
Tomara que o juiz que venha tenha a sensibilidade humana, o conhecimento do direito, a correta compreensão dos limites da aplicação da lei com realismo, respeito aos costumes locais e seriedade no trato da elevada função, no estilo de Aluizio Ribeiro, que, já idoso, voltava todos os anos a Alto Parnaíba, andava nas ruas sem a necessidade de guarda-costa ou de arma na cinta, e com todos dialogava, querido e respeitado por gerações diversas, exatamente por ter sido apenas e unicamente juiz, um agente do Estado, sem querer ser o próprio Estado. Bendita notícia, Dr. João Neto.
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
TCE REJEITA CONTAS DE EX-PREFEITO
Segundo a assessoria de comunicações do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão - TCE-MA -, em materia reproduzida pelo Jornal Pequeno, de São Luís, edição eletrônica de hoje, aquela Corte de Contas rejeitou e reprovou as contas de responsabilidade do ex-prefeito de Alto Parnaíba, Ranieri Avelino Soares, referentes ao exercício de 2007.
Além de aplicar multa no valor de R$ 91.000,00 (noventa e um mil reais), o TCE, em seu julgamento, considerou irregulares todas as contas, incluindo a de gestão do Fundo Municipal de Saúde, do Fundo de Assistência Social e do FUNDEB, o que significa dizer que recursos federais não teriam sido corretamente aplicados, cabendo ao ex-prefeito Ranieri Soares se defender ainda no Tribunal de Contas.
A Câmara de Vereadores de Alto Parnaíba deverá receber em pouco tempo o processo com as contas julgadas irregulares, para expor ao público e levar a julgamento definitivo, já que o TCE é mero assessor técnico do legislativo municipal.
Com relação a recursos considerados federais, como os da educação, da saúde e da assistência social, a atribuição para a investigação e prováveis ações cíveis e penais contra o ex-prefeito serão da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.
Vale ressaltar que são considerados co-gestores ou gestores solidários ao ex-prefeito Ranieri Soares os seus ex-secretários Pedro Tavares Folha, da Educação, Roberval Lopes e Smith César Ascenso Rosa, da Saúde, e Jacione Nunes Santos, que vem a ser a mulher do ex-gestor, da Assistência Social.
Tomara que todos possam ter o direito constitucional à mais ampla defesa e de que o TCE esteja errado, entretanto, a saúde, a educação e a assistência social em minha terra sofrem com gestões incapazes, incompetentes e com sinais visíveis de desvios de conduta de gestão pautados no que determina a Constituição da República no caput do seu artigo 37, que faço questão de reproduzir: "A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA DE QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS OBEDECERÃO AOS PRINCÍPIOS DE LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA..."
Além de aplicar multa no valor de R$ 91.000,00 (noventa e um mil reais), o TCE, em seu julgamento, considerou irregulares todas as contas, incluindo a de gestão do Fundo Municipal de Saúde, do Fundo de Assistência Social e do FUNDEB, o que significa dizer que recursos federais não teriam sido corretamente aplicados, cabendo ao ex-prefeito Ranieri Soares se defender ainda no Tribunal de Contas.
A Câmara de Vereadores de Alto Parnaíba deverá receber em pouco tempo o processo com as contas julgadas irregulares, para expor ao público e levar a julgamento definitivo, já que o TCE é mero assessor técnico do legislativo municipal.
Com relação a recursos considerados federais, como os da educação, da saúde e da assistência social, a atribuição para a investigação e prováveis ações cíveis e penais contra o ex-prefeito serão da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Justiça Federal.
Vale ressaltar que são considerados co-gestores ou gestores solidários ao ex-prefeito Ranieri Soares os seus ex-secretários Pedro Tavares Folha, da Educação, Roberval Lopes e Smith César Ascenso Rosa, da Saúde, e Jacione Nunes Santos, que vem a ser a mulher do ex-gestor, da Assistência Social.
Tomara que todos possam ter o direito constitucional à mais ampla defesa e de que o TCE esteja errado, entretanto, a saúde, a educação e a assistência social em minha terra sofrem com gestões incapazes, incompetentes e com sinais visíveis de desvios de conduta de gestão pautados no que determina a Constituição da República no caput do seu artigo 37, que faço questão de reproduzir: "A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA DE QUALQUER DOS PODERES DA UNIÃO, DOS ESTADOS, DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS OBEDECERÃO AOS PRINCÍPIOS DE LEGALIDADE, IMPESSOALIDADE, MORALIDADE, PUBLICIDADE E EFICIÊNCIA..."
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
O APAGÃO DE LÁ É MENOR DO QUE O DE CÁ
É lógico que São Paulo e Rio de Janeiro são as duas maiores metrópoles do Brasil e o sudeste é a região mais rica e desenvolvida do país, e isso não está em discussão.
Entretanto, acordei hoje pela manhã satisfeito e extremamente feliz porque a luz que faltara desde o início da tarde anterior havia retornado. Liguei a tevê para acompanhar o notificiário e o que vi? O Brasil indignado e revoltado pelo apagão - em média de seis horas - que atingiu, como um tsunami das trevas, toda a região sudeste e outros seis estados da federação. As imagens mostrando pessoas desesperadas nas ruas sem trem nem metrô; ônibus congestionados; trânsito ainda mais caótico, provocando acidentes; chefes de família sem poderem adentrar em suas casas, já que os portões elétricos não funcionavam; hospitais pedindo socorro; idosos sufocados pela falta do ar natural e do substituto - os aparelhos pararam ante a descarga das baterias; donas de casa asssutadas e sem uma única vela para acender; consumidores reclamando da cerveja que esquentava e ficava "choca". É, sem dúvidas, um alerta de um novo apagão generalizado como o de 2001.
Mas, caros amigos, esse filme eu e a população de Alto Parnaíba e de Santa Filomena, no sul do Maranhão e do Piauí, assistimos diariamente há trinta anos, em um permanente e irresponsável apagão, sem que as companhias energéticas dos dois estados, CEMAR e CEPISA, tenham tido a punição necessária. Claro que milhões de pessoas foram atingidas no blecaute ou apagão de ontem no sudeste. Nós somos poucos milhares, mas como os de lá aqui também somos seres humanos e sofremos os mesmos danos que eles. O único hospital para atender cerca de 20 mil pessoas nos dois municípios, que não é público mas credenciado pelo SUS, não tem gerador próprio e muitas são as noites em que apenas Deus para salvar vidas e a luz de vela para atrapalhar um pouco as mouriçocas nas noites escuras e calorentas. Ontem mesmo, se não fosse um gerador próprio, minha mãe, com 81 anos, que sofre de asma, não teria como fazer a inalação, assim como minha sobrinha, Ana Carolina, com problemas respiratórios. As donas de casa de cá, precavidas pelo costume imposto, não deixam faltar a vela ou a velha e heróica lamparina, pois é certo que a luz vai embora. No nosso trânsito pequeno, acidentes também ocorrem nas noites escuras sem iluminação. A carne que pode ter se estragado no apagão das metrópoles, aqui apodrece cotidianamente nos açougues e supermercados. Aqui os donos de bares mantêm a vela e a lamparina na mão e o freguês não mais reclama como antes, apenas engole com aparência de sabor a cerveja vencida, estrangada ou apenas choca.
Entretanto, acordei hoje pela manhã satisfeito e extremamente feliz porque a luz que faltara desde o início da tarde anterior havia retornado. Liguei a tevê para acompanhar o notificiário e o que vi? O Brasil indignado e revoltado pelo apagão - em média de seis horas - que atingiu, como um tsunami das trevas, toda a região sudeste e outros seis estados da federação. As imagens mostrando pessoas desesperadas nas ruas sem trem nem metrô; ônibus congestionados; trânsito ainda mais caótico, provocando acidentes; chefes de família sem poderem adentrar em suas casas, já que os portões elétricos não funcionavam; hospitais pedindo socorro; idosos sufocados pela falta do ar natural e do substituto - os aparelhos pararam ante a descarga das baterias; donas de casa asssutadas e sem uma única vela para acender; consumidores reclamando da cerveja que esquentava e ficava "choca". É, sem dúvidas, um alerta de um novo apagão generalizado como o de 2001.
Mas, caros amigos, esse filme eu e a população de Alto Parnaíba e de Santa Filomena, no sul do Maranhão e do Piauí, assistimos diariamente há trinta anos, em um permanente e irresponsável apagão, sem que as companhias energéticas dos dois estados, CEMAR e CEPISA, tenham tido a punição necessária. Claro que milhões de pessoas foram atingidas no blecaute ou apagão de ontem no sudeste. Nós somos poucos milhares, mas como os de lá aqui também somos seres humanos e sofremos os mesmos danos que eles. O único hospital para atender cerca de 20 mil pessoas nos dois municípios, que não é público mas credenciado pelo SUS, não tem gerador próprio e muitas são as noites em que apenas Deus para salvar vidas e a luz de vela para atrapalhar um pouco as mouriçocas nas noites escuras e calorentas. Ontem mesmo, se não fosse um gerador próprio, minha mãe, com 81 anos, que sofre de asma, não teria como fazer a inalação, assim como minha sobrinha, Ana Carolina, com problemas respiratórios. As donas de casa de cá, precavidas pelo costume imposto, não deixam faltar a vela ou a velha e heróica lamparina, pois é certo que a luz vai embora. No nosso trânsito pequeno, acidentes também ocorrem nas noites escuras sem iluminação. A carne que pode ter se estragado no apagão das metrópoles, aqui apodrece cotidianamente nos açougues e supermercados. Aqui os donos de bares mantêm a vela e a lamparina na mão e o freguês não mais reclama como antes, apenas engole com aparência de sabor a cerveja vencida, estrangada ou apenas choca.
terça-feira, 10 de novembro de 2009
NENHUMA RESPOSTA DO MINISTRO
Em comentário postado ontem, Michel indaga, dentre outras coisas, sobre a resposta do ministro dos Transportes a um pleito que lhe endereçamos. Infelizmente, sua excelência, com certeza muito ocupado em sua campanha aberta ao governo do Amazonas, não teve tempo, nem seu leque imenso de assessores pagos com o dinheiro público também não teve - inclusive dinheiro do povo de Alto Parnaíba, de Santa Filomena, de Lizarda, etc., -, em fornecer a contribuintes e cidadãos brasileiros singelas informações que representam muito para nós todos.
Trata-se do trecho da BR-235 entre Alto Parnaíba e Lizarda, a antiga estrada do sal construída na década de 1910 e conservada apenas como dantes, ou seja, um carreiro, que nem sal mais transporta.
Para se ter uma ideia, se pavimentado esse pequeno trecho, cujos recursos foram assegurados por emendas da bancada maranhense na Câmara dos Deputados e estariam disponibilizados no tesouro nacional, uma viagem do extremo sul maranhense e do sudoeste do Piauí a Palmas encurtaria pela metade; o corredor norte de exportação, também com a construção de outro trecho da BR-235 entre Gilbués e Santa Filomena, teria condições de se concretizar, com o transporte mais rápido e barato de grãos até os portos de São Luís desde a região produtora que abrange o oeste baiano, o Tocantins, o sul do Maranhão e do Piauí, aí o aspecto econômico.
Entretanto, Michel e demais leitores, volto ao mesmo lema: sem uma representação mais atuante e comprometida com nossos anseios em São Luís e Brasília - na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional -, Alto Parnaíba permanecerá dependendo apenas da iniciativa privada, que muito vem fazendo.
Trata-se do trecho da BR-235 entre Alto Parnaíba e Lizarda, a antiga estrada do sal construída na década de 1910 e conservada apenas como dantes, ou seja, um carreiro, que nem sal mais transporta.
Para se ter uma ideia, se pavimentado esse pequeno trecho, cujos recursos foram assegurados por emendas da bancada maranhense na Câmara dos Deputados e estariam disponibilizados no tesouro nacional, uma viagem do extremo sul maranhense e do sudoeste do Piauí a Palmas encurtaria pela metade; o corredor norte de exportação, também com a construção de outro trecho da BR-235 entre Gilbués e Santa Filomena, teria condições de se concretizar, com o transporte mais rápido e barato de grãos até os portos de São Luís desde a região produtora que abrange o oeste baiano, o Tocantins, o sul do Maranhão e do Piauí, aí o aspecto econômico.
Entretanto, Michel e demais leitores, volto ao mesmo lema: sem uma representação mais atuante e comprometida com nossos anseios em São Luís e Brasília - na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional -, Alto Parnaíba permanecerá dependendo apenas da iniciativa privada, que muito vem fazendo.
domingo, 8 de novembro de 2009
MAIS UM ACIDENTE
Ultimamente o município sul-maranhense de Alto Parnaíba vem sofrendo com o surgimento e o crescimento da violência antes pouco vista, quer no índice de homicídios, lesões corporais, suicídios, quer em acidentes com veículos e principalmente, motocicletas.
Ontem no início da noite, em plena praça central, a coronel Adolpho Lustosa, no cruzamento da avenida Rio Parnaíba com a rua Prefeito Lourival Lopes, dois jovens que conduziam suas motocicletas se chocaram, provocando lesões e deixando-os, pelo que consta na cidade, em delicado estado de saúde. Raylan é filho do ex-presidente da Câmara Municipal, Evandro Pereira do Nascimento, e Andrew, do carpinteiro Gonçalo Moreira com a professora Maria Aparecida Reis. Foram transportados na ambulância da prefeitura para Balsas e dali para Teresina, um porto seguro para tratar as doenças naturais e as causadas por acidentes em toda a nossa região.
Em Alto Parnaíba inexiste qualquer sinalização de trânsito; praticamente nenhum condutor de carro ou moto possui habilitação para dirgir; a PM que exerceria, em tese, a polícia de trânsito, possui um contigente mínimo; tudo isso aliado à sensação de impunidade e do tudo é possível, ante a ausência de juiz de direito, de promotor de Justiça e de delegado de polícia, sem contarmos com ruas e avenidas esburacadas e sem a devida recuperação.
Infelizmente, a sensação de insegurança e de impunidade nos deixam apreensivos, principalmente quando nada está sendo feito para minorar a situação, ao contrário, a maioria dos políticos prefere rápidas visitas aos hospitais, aos velórios e aos enterros, ao invés de partir para uma política de defesa real dos interesses municipais.
Ontem no início da noite, em plena praça central, a coronel Adolpho Lustosa, no cruzamento da avenida Rio Parnaíba com a rua Prefeito Lourival Lopes, dois jovens que conduziam suas motocicletas se chocaram, provocando lesões e deixando-os, pelo que consta na cidade, em delicado estado de saúde. Raylan é filho do ex-presidente da Câmara Municipal, Evandro Pereira do Nascimento, e Andrew, do carpinteiro Gonçalo Moreira com a professora Maria Aparecida Reis. Foram transportados na ambulância da prefeitura para Balsas e dali para Teresina, um porto seguro para tratar as doenças naturais e as causadas por acidentes em toda a nossa região.
Em Alto Parnaíba inexiste qualquer sinalização de trânsito; praticamente nenhum condutor de carro ou moto possui habilitação para dirgir; a PM que exerceria, em tese, a polícia de trânsito, possui um contigente mínimo; tudo isso aliado à sensação de impunidade e do tudo é possível, ante a ausência de juiz de direito, de promotor de Justiça e de delegado de polícia, sem contarmos com ruas e avenidas esburacadas e sem a devida recuperação.
Infelizmente, a sensação de insegurança e de impunidade nos deixam apreensivos, principalmente quando nada está sendo feito para minorar a situação, ao contrário, a maioria dos políticos prefere rápidas visitas aos hospitais, aos velórios e aos enterros, ao invés de partir para uma política de defesa real dos interesses municipais.
terça-feira, 3 de novembro de 2009
AUDIÊNCIAS PÚBLICAS
Em petições semelhantes, os vereadores Elias Elton do Amaral Rocha (PDT) e José Damasceno Nogueira Filho (PR), diante do blecaute constante da energia elétrica nos municípios de Alto Parnaíba e Santa Filomena, na região do Alto Parnaíba maranhense e piauiense, decidiram encaminhar às Câmaras de Vereadores das duas cidades contíguas pedido para a realização de audiências públicas objetivando debater, ouvir os representantes das companhias energéticas dos dois estados e da agência nacional de energia elétrica - ANEEL -, a posição dos prefeitos e da sociedade civil, bem como do Ministério Público, e, acima de tudo, a população, vítima maior desse descaso intolerável.
O requerimento do Elias já foi aprovado por unanimidade e os contatos estão sendo promovidos pela presidência da Câmara com os convidados; em razão da falta de quorum na última sessão do Legislativo filomenense, a matéria encabeçada pelo José Damasceno deverá ir à pauta na próxima reunião.
A seguir, a íntegra do requerimento do vereador José Damasceno.
"Há trinta anos o nosso município sofre impiedosamente e de forma injustificada com a constante falta de energia elétrica, desde a implantação do sistema em Santa Filomena no final dos anos 1980.
Não é necessário se alongar, pois todos nós que aqui vivemos sentimos o problema – o cidadão comum sem o conforto da luz e seus benefícios; o comerciante, dentre os quais o açougueiro e os donos de bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis, pousadas e sorveterias, assim como as escolas, a unidade de saúde, os empresários, a emissora de rádio, o serviço público, os profissionais liberais, enfim, todos e todas têm prejuízo com essa verdadeira calamidade que nos é imposta pela Companhia Energética do Piauí – CEPISA -, que nos fornecem o produto energia elétrica.
O termo vereador vem de sentir a dor, ou seja, viver e sentir a dor de seu povo. Não podemos e nem devemos nos omitir, esperando apenas que outros poderes e instituições tomem medidas, quando é nosso dever e nossa obrigação também debater, discutir e encontrar soluções, daí o instrumento democrático da audiência pública, pois o problema atinge exclusivamente a nossa gente e o desenvolvimento econômico e social de nosso município.
Para se ter uma ideia, segundo denúncia do Dr. Décio Rocha em seu blog, a falta constante e duradoura da energia em nosso município atingiu e retardou até as metas do Conselho Nacional de Justiça em dar celeridade aos processos judiciais, ou seja, na última sexta-feira, as audiências no fórum de nossa comarca foram adiadas já que os computadores não puderam ser utilizados, dentre outras consequências.
No inverno antecipado o crônico problema já anunciou como se comportará: a falta de luz e a queda brusca da energia, que além do desconforto e dos prejuízos à economia formal, queima eletrodomésticos e causa danos de toda natureza, serão permanentes e ainda com maior gravidade.
Diante desse quadro e da ausência da CEPISA em justificar o mínimo plausível, proponho a realização de AUDIÊNCIA PÚBLICA para debater, denunciar e buscar soluções a curto e médio prazos, da forma seguinte:
1 - AUDIÊNCIA PÚBLICA a ser realizada no próximo dia 20 de novembro de 2009, em sessão especial da Câmara Municipal, a partir das 09:00 horas, devendo ser convidados as seguintes autoridades, que serão os debatedores e palestrantes do encontro, a saber: o Prefeito Municipal, Sr. ESDRAS AVELINO FILHO; o diretor-presidente, Sr. FLÁVIO DECAT, ou representante da diretoria da Companhia Energética do Piauí – CEPISA; o Promotor de Justiça da comarca de Parnaguá, que responde pela comarca de Santa Filomena, Dr. RÔMULO PAULO CORDÃO - (fone do Fórum de Parnaguá: 89 3572-1297); um representante da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL – presidente: Sr. JERSON KELMAN; e a advogada do cidadão, Dra. ANA LUISA POLESSO DALLA BARBA.
2 - O tema será ENERGIA ELÉTRICA EM SANTA FILOMENA – ATÉ QUANDO O CAOS?, com a participação da sociedade civil e da comunidade, desde que as pessoas se inscrevam previamente na Secretaria da Câmara.
3 - O ato deverá ser bastante divulgado no município, através dos meios de comunicação disponíveis, pela presidência da Casa.
4 - Os convites aos debatedores deverão ser remetidos ainda nesta data.
Diante do exposto, rogo pela aprovação imediata deste importante requerimento, de interesse do nosso município e do nosso povo.
Plenário Vereador Samuel Lustosa Nogueira, da Câmara Municipal de Santa Filomena, Estado do Piauí, em 29 de outubro de 2009.
JOSÉ DAMASCENO NOGUEIRA FILHO
Vereador - PR"
O requerimento do Elias já foi aprovado por unanimidade e os contatos estão sendo promovidos pela presidência da Câmara com os convidados; em razão da falta de quorum na última sessão do Legislativo filomenense, a matéria encabeçada pelo José Damasceno deverá ir à pauta na próxima reunião.
A seguir, a íntegra do requerimento do vereador José Damasceno.
"Há trinta anos o nosso município sofre impiedosamente e de forma injustificada com a constante falta de energia elétrica, desde a implantação do sistema em Santa Filomena no final dos anos 1980.
Não é necessário se alongar, pois todos nós que aqui vivemos sentimos o problema – o cidadão comum sem o conforto da luz e seus benefícios; o comerciante, dentre os quais o açougueiro e os donos de bares, lanchonetes, restaurantes, hotéis, pousadas e sorveterias, assim como as escolas, a unidade de saúde, os empresários, a emissora de rádio, o serviço público, os profissionais liberais, enfim, todos e todas têm prejuízo com essa verdadeira calamidade que nos é imposta pela Companhia Energética do Piauí – CEPISA -, que nos fornecem o produto energia elétrica.
O termo vereador vem de sentir a dor, ou seja, viver e sentir a dor de seu povo. Não podemos e nem devemos nos omitir, esperando apenas que outros poderes e instituições tomem medidas, quando é nosso dever e nossa obrigação também debater, discutir e encontrar soluções, daí o instrumento democrático da audiência pública, pois o problema atinge exclusivamente a nossa gente e o desenvolvimento econômico e social de nosso município.
Para se ter uma ideia, segundo denúncia do Dr. Décio Rocha em seu blog, a falta constante e duradoura da energia em nosso município atingiu e retardou até as metas do Conselho Nacional de Justiça em dar celeridade aos processos judiciais, ou seja, na última sexta-feira, as audiências no fórum de nossa comarca foram adiadas já que os computadores não puderam ser utilizados, dentre outras consequências.
No inverno antecipado o crônico problema já anunciou como se comportará: a falta de luz e a queda brusca da energia, que além do desconforto e dos prejuízos à economia formal, queima eletrodomésticos e causa danos de toda natureza, serão permanentes e ainda com maior gravidade.
Diante desse quadro e da ausência da CEPISA em justificar o mínimo plausível, proponho a realização de AUDIÊNCIA PÚBLICA para debater, denunciar e buscar soluções a curto e médio prazos, da forma seguinte:
1 - AUDIÊNCIA PÚBLICA a ser realizada no próximo dia 20 de novembro de 2009, em sessão especial da Câmara Municipal, a partir das 09:00 horas, devendo ser convidados as seguintes autoridades, que serão os debatedores e palestrantes do encontro, a saber: o Prefeito Municipal, Sr. ESDRAS AVELINO FILHO; o diretor-presidente, Sr. FLÁVIO DECAT, ou representante da diretoria da Companhia Energética do Piauí – CEPISA; o Promotor de Justiça da comarca de Parnaguá, que responde pela comarca de Santa Filomena, Dr. RÔMULO PAULO CORDÃO - (fone do Fórum de Parnaguá: 89 3572-1297); um representante da diretoria da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL – presidente: Sr. JERSON KELMAN; e a advogada do cidadão, Dra. ANA LUISA POLESSO DALLA BARBA.
2 - O tema será ENERGIA ELÉTRICA EM SANTA FILOMENA – ATÉ QUANDO O CAOS?, com a participação da sociedade civil e da comunidade, desde que as pessoas se inscrevam previamente na Secretaria da Câmara.
3 - O ato deverá ser bastante divulgado no município, através dos meios de comunicação disponíveis, pela presidência da Casa.
4 - Os convites aos debatedores deverão ser remetidos ainda nesta data.
Diante do exposto, rogo pela aprovação imediata deste importante requerimento, de interesse do nosso município e do nosso povo.
Plenário Vereador Samuel Lustosa Nogueira, da Câmara Municipal de Santa Filomena, Estado do Piauí, em 29 de outubro de 2009.
JOSÉ DAMASCENO NOGUEIRA FILHO
Vereador - PR"
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
VANDALISMO NO CEMITÉRIO
Acabo de chegar da visita costumeira no dia de finados ao cemitério público de Alto Parnaíba, construído e ampliado nas gestões de meu pai, Antonio Rocha Filho, como prefeito. Ao lado de minha esposa, Vera, percorremos os túmulos de parentes, amigos, conhecidos e de vultos históricos de nossa terra, que nos antecederam na viagem eterna.
De início, adentrando o campo santo pela entrada mais antiga, deparei com uma cena que não presenciei da última vez que ali estive: de uma extensão a outra, na área mais antiga do cemitério, uma grama contínua, bonita, bem cuidada, protegendo a terra das erosões comuns naquela região. Perguntei à primeira pessoa que encontrei de quem teria sido a iniciativa, quando soube que a grama fora plantada e diariamente zelada por minha prima, Doralina Brito Rodrigues, a partir do túmulo de seu filho, Bruno Rodrigues Brito, falecido ainda bem jovem quando cursava direito em Gurupi, no estado do Tocantins, e seria meu sucessor natural no escritório de advocacia. Bruno trabalhou como officie-boy e auxiliar de escritório comigo e seu desencarne, vítima de um acidente de motocicleta e da irresponsabilidade médica, abalou profundamente a todos nós da família Rocha e à sociedade alto-parnaibana no todo, pois era bastante conhecido e estimado, por ser educado, humilde, simpático, inteligente e carismático, sabendo se envolver com todas as camadas sociais.
Em seguida, visitei as sepulturuas mais antigas, onde parte de nossa história, tão escassa de fontes, pode ser contada. Desde criança admirava duas imagens sacras que compunham os túmulos do coronel, prefeito e deputado Adolpho Lustosa do Amaral Britto e de sua filha, Nair do Amaral Barbosa. Os tútumulos continuam ali, mas as imagens desapareceram; os vidros que as protegiam foram quebrados e as santas retiradas, assim como em outras sepulturas, como de Maria de Jesus Tavares, a Dé, minha segunda mãe, que é um túmulo novo e de mármore, que mandei construir, e de um dos fundadores do município, Moisés Lustosa de Britto. Não sei se é puro vandalismo ou parte de quadrilhas que atuam no país inteiro em busca de obras sacras, que, por final, fizeram desparecer a imagem primeira de Santa Filomena, padroeira da cidade vizinha, nunca localizada. Fiquei triste e extremamente preocupado. Essas obras faziam parte de nossa história, representavam a fé ferverososa de nossos antepassados e não deixavam de ser um patrimônio valioso. Ainda na visita de finados, me disseram que a prefeitura mantém um vigia para o cemitério, que recebe mensalmente e não trabalha; vou constatar a notícia. Nem os mortos têm mais o descanso e a segurança necessários.
O primeiro cemitério, ainda da fundação da cidade, está em ruínas, com muros no chão, mato, lixo e o acesso quase inexistente. É preciso que a população, inclusive os filhos e descendentes alto-parnaibanos que moram fora, cobrem providências da prefeitura, pois é o mais antigo patrimônio histórico de nossa terra, que conta parte de nossas origens.
De início, adentrando o campo santo pela entrada mais antiga, deparei com uma cena que não presenciei da última vez que ali estive: de uma extensão a outra, na área mais antiga do cemitério, uma grama contínua, bonita, bem cuidada, protegendo a terra das erosões comuns naquela região. Perguntei à primeira pessoa que encontrei de quem teria sido a iniciativa, quando soube que a grama fora plantada e diariamente zelada por minha prima, Doralina Brito Rodrigues, a partir do túmulo de seu filho, Bruno Rodrigues Brito, falecido ainda bem jovem quando cursava direito em Gurupi, no estado do Tocantins, e seria meu sucessor natural no escritório de advocacia. Bruno trabalhou como officie-boy e auxiliar de escritório comigo e seu desencarne, vítima de um acidente de motocicleta e da irresponsabilidade médica, abalou profundamente a todos nós da família Rocha e à sociedade alto-parnaibana no todo, pois era bastante conhecido e estimado, por ser educado, humilde, simpático, inteligente e carismático, sabendo se envolver com todas as camadas sociais.
Em seguida, visitei as sepulturuas mais antigas, onde parte de nossa história, tão escassa de fontes, pode ser contada. Desde criança admirava duas imagens sacras que compunham os túmulos do coronel, prefeito e deputado Adolpho Lustosa do Amaral Britto e de sua filha, Nair do Amaral Barbosa. Os tútumulos continuam ali, mas as imagens desapareceram; os vidros que as protegiam foram quebrados e as santas retiradas, assim como em outras sepulturas, como de Maria de Jesus Tavares, a Dé, minha segunda mãe, que é um túmulo novo e de mármore, que mandei construir, e de um dos fundadores do município, Moisés Lustosa de Britto. Não sei se é puro vandalismo ou parte de quadrilhas que atuam no país inteiro em busca de obras sacras, que, por final, fizeram desparecer a imagem primeira de Santa Filomena, padroeira da cidade vizinha, nunca localizada. Fiquei triste e extremamente preocupado. Essas obras faziam parte de nossa história, representavam a fé ferverososa de nossos antepassados e não deixavam de ser um patrimônio valioso. Ainda na visita de finados, me disseram que a prefeitura mantém um vigia para o cemitério, que recebe mensalmente e não trabalha; vou constatar a notícia. Nem os mortos têm mais o descanso e a segurança necessários.
O primeiro cemitério, ainda da fundação da cidade, está em ruínas, com muros no chão, mato, lixo e o acesso quase inexistente. É preciso que a população, inclusive os filhos e descendentes alto-parnaibanos que moram fora, cobrem providências da prefeitura, pois é o mais antigo patrimônio histórico de nossa terra, que conta parte de nossas origens.
domingo, 1 de novembro de 2009
UM APELO A TODOS OS SANTOS
Com relação a feriados religiosos no Brasil, com certeza o 1º de novembro é um dos mais importantes e poderia ser único em razão dos santos, pois é o dia de todos os santos da Igreja Católica, daí incluídos os onze discípulos de Cristo, com exceção de Judas por motivos óbvios, que construíram, a partir do mestre, uma nova etapa na história da humanidade. Por falar em Jesus e em Judas Iscariotes, que comparação infelizmente correta feita pelo Presidente Lula sobre as alianças políticas no Brasil, consolidadas em seu governo.
Confesso que tenho os santos de minha predileção, quer por simpatia própria, quer por costumes ou por laços familiares. Nossa Senhora, a das Victórias, é a padroeira de minha terra natal e a partir de seu culto e imagem, Alto Parnaíba foi erguido. Nossa Senhora da Conceição era a santa dos pedidos e da confiança de minha avó paterna, Ifigênia do Nazareth Rocha, que mesmo evangélica (batista) até a morte teve ao seu lado a imagem dessa personagem religiosa extraordinária e, segundo os mais velhos da família, quando em dificuldades fazia a petição e sempre inseria, no seu final, a máxima: Nossa Senhora da Conceição promoverá e Deus proverá. São Antônio era o santo de minha segunda mãe, Maria de Jesus Tavares, a Bela ou simplesmente Dé, que nos deixou em 1993, e que herdou da mãe e dos demais antepassados baianos a imagem e a festa do santo casamenteiro, comemorado a cada 13 de junho. De São Pedro e de São Paulo, o fundamento, a fé e o direito. Aquela passagem romanceada de Quo Vadis Domini em que Nero, imperador de Roma e o homem mais poderoso do mundo na época, e Pedro, o primeiro e principal discípulo de Jesus Cristo, se entreolharam por alguns segundos no meio da multidão e em que ambos, no pensamento, separaram para sempre o mal do bem, é uma das cenas mais marcantes do que já li. Paulo, ex-Saulo e ex-perseguidor dos primeiros seguidores do Cristo, tornou-se o principal apóstolo da nova doutrina e, diante dos juízes de Roma, ao exigir a garantia de sua cidadania romana, criou o direito à cidadania e do respeito ao pensar, ao escrever, à liberdade.
Mas, o que quero pedir hoje, diante da minha crença, é um apelo a todos os santos, pois unidos são mais fortes e poderão influenciar não apenas junto a Deus, bem como nos corações das autoridades.
Peço por meu município, Alto Parnaíba, o primeiro a ser banhado pelas águas do rio Parnaíba do lado maranhense. E peço com razão, com humildade mas com indignação. Peço para que o Tribunal de Justiça e a Procuradoria-Geral de Justiça tenham dó e nos enviem um juiz de direito e um promotor de Justiça para morarem e trabalharem na mais meridional comarca do estado, que vive insegura, com processos parados, gerando a sensação de impunidade para todos os tipos de deliquentes, inclusive incentivando aqueles que desejam ingressar no crime - a ausência do Estado é causadora de todos os males, conforme as favelas cariocas. Peço para que a governadora construa mais uma escola estadual na cidade - temos uma única, ainda de 1940 -, e implante o campus da Universidade Estadual do Maranhão; peço à mesma governadora Roseana Sarney, em cujo governo foi pavimentada a MA-006 nos ligando a Balsas e ao restante do país, que construa um hospital do estado aqui, com médicos e outros profissionais da saúde e equipamentos. Peço ao governo federal, através de todos os santos, que inicie e conclua com brevidade a construção e pavimentada da BR-235 em dois trechos: Gilbués a Santa Filomena e Alto Parnaíba a Lizarda/TO, na mesma extensão da estrada a Balsas. Peço a todos os santos, que consigam trazer de volta à nossa terra a agência do Banco do Brasil e a implantação de uma escola agrícola, tendo em vista ser a principal fonte econômica de Alto Parnaíba a agricultura e a pecuária. Os pedidos são muitos, mas o último é o principal: que todas as nossas autoridades tenham o juízo suficiente para separarem o joio do trigo, não confundirem o particular com o público, não se aterem a pecuinhas localizadas e mesquinhas, se cercarem do melhor e promoverem com eficiência, equilíbrio e humanidade o bem público a todos indistintamente. Que todos os santos protejam meu torrão natal.
Confesso que tenho os santos de minha predileção, quer por simpatia própria, quer por costumes ou por laços familiares. Nossa Senhora, a das Victórias, é a padroeira de minha terra natal e a partir de seu culto e imagem, Alto Parnaíba foi erguido. Nossa Senhora da Conceição era a santa dos pedidos e da confiança de minha avó paterna, Ifigênia do Nazareth Rocha, que mesmo evangélica (batista) até a morte teve ao seu lado a imagem dessa personagem religiosa extraordinária e, segundo os mais velhos da família, quando em dificuldades fazia a petição e sempre inseria, no seu final, a máxima: Nossa Senhora da Conceição promoverá e Deus proverá. São Antônio era o santo de minha segunda mãe, Maria de Jesus Tavares, a Bela ou simplesmente Dé, que nos deixou em 1993, e que herdou da mãe e dos demais antepassados baianos a imagem e a festa do santo casamenteiro, comemorado a cada 13 de junho. De São Pedro e de São Paulo, o fundamento, a fé e o direito. Aquela passagem romanceada de Quo Vadis Domini em que Nero, imperador de Roma e o homem mais poderoso do mundo na época, e Pedro, o primeiro e principal discípulo de Jesus Cristo, se entreolharam por alguns segundos no meio da multidão e em que ambos, no pensamento, separaram para sempre o mal do bem, é uma das cenas mais marcantes do que já li. Paulo, ex-Saulo e ex-perseguidor dos primeiros seguidores do Cristo, tornou-se o principal apóstolo da nova doutrina e, diante dos juízes de Roma, ao exigir a garantia de sua cidadania romana, criou o direito à cidadania e do respeito ao pensar, ao escrever, à liberdade.
Mas, o que quero pedir hoje, diante da minha crença, é um apelo a todos os santos, pois unidos são mais fortes e poderão influenciar não apenas junto a Deus, bem como nos corações das autoridades.
Peço por meu município, Alto Parnaíba, o primeiro a ser banhado pelas águas do rio Parnaíba do lado maranhense. E peço com razão, com humildade mas com indignação. Peço para que o Tribunal de Justiça e a Procuradoria-Geral de Justiça tenham dó e nos enviem um juiz de direito e um promotor de Justiça para morarem e trabalharem na mais meridional comarca do estado, que vive insegura, com processos parados, gerando a sensação de impunidade para todos os tipos de deliquentes, inclusive incentivando aqueles que desejam ingressar no crime - a ausência do Estado é causadora de todos os males, conforme as favelas cariocas. Peço para que a governadora construa mais uma escola estadual na cidade - temos uma única, ainda de 1940 -, e implante o campus da Universidade Estadual do Maranhão; peço à mesma governadora Roseana Sarney, em cujo governo foi pavimentada a MA-006 nos ligando a Balsas e ao restante do país, que construa um hospital do estado aqui, com médicos e outros profissionais da saúde e equipamentos. Peço ao governo federal, através de todos os santos, que inicie e conclua com brevidade a construção e pavimentada da BR-235 em dois trechos: Gilbués a Santa Filomena e Alto Parnaíba a Lizarda/TO, na mesma extensão da estrada a Balsas. Peço a todos os santos, que consigam trazer de volta à nossa terra a agência do Banco do Brasil e a implantação de uma escola agrícola, tendo em vista ser a principal fonte econômica de Alto Parnaíba a agricultura e a pecuária. Os pedidos são muitos, mas o último é o principal: que todas as nossas autoridades tenham o juízo suficiente para separarem o joio do trigo, não confundirem o particular com o público, não se aterem a pecuinhas localizadas e mesquinhas, se cercarem do melhor e promoverem com eficiência, equilíbrio e humanidade o bem público a todos indistintamente. Que todos os santos protejam meu torrão natal.
sábado, 31 de outubro de 2009
ESTAMOS SEM LUZ
Não é novidade o título dessa matéria. É o cotidiano. É o comum, infelizmente.
Para variar, desde o início da tarde de ontem a energia elétrica que abastece Alto Parnaíba e Santa Filomena, dois municípios separados (ou unidos) pelas águas do rio Parnaíba, entrou mais uma vez em pane, o que ocorre desde a instalação da rede de transmissão no final da década de 1980. Neste ano, com o inverno mais cedo, o problema se agravou. Horas e dias sem que a essencial energia chegue aos lares, ao comércio, às empresas, às propriedades rurais, ao serviço público. Para quem vive essa situação, é uma tragédia, e o pior: a CEMAR e a CEPISA, as duas empresas prestadoras desse serviço público no Maranhão e Piauí, nada dizem, se utilizando do silêncio debochado como resposta a milhares de pessoas nas duas localidades.
Não gosto de ter o sentimento da impotência: mas confesso que esse estado lastimável que entrava o desenvolvimento, propicia o mau humor, amplia o calor, atinge impiedosamente até os hospitais, cala as comunicações (o telefone logo é atingido), me deixa sem saber ao certo o que fazer, pois, pelo menos em Alto Parnaíba, o escritório da companhia de enegia não funciona ou não existe; não temos delegado de polícia, promotor de Justiça e juiz de Direito; não existe delegacia do procon, enfim, o Estado aqui é totalmente inexistente, a não ser para receber impostos.
O posto de saúde municipal e o hospital conveniado pelo SUS, que é particular, não possuem gerador próprio; faltando luz, como ontem e hoje, é apenas rezar e acreditar em milagres, se o doente precisar de uma pequena cirurgia ou mesmo se tiver que ser internado, pois o calor é insuportável. As autoridades se calam, simplesmente. Nada fazem.
Uma boa notícia será a realização de uma audiência pública no final do mês para debater a questão do fornecimento da energia elétrica em Alto Parnaíba, por iniciativa do meu irmão, o vereador Elias Elton (PDT), com o apoio dos demais vereadores. É a primeira promoção, do gênero, por parte de um dos poderes do município, pois é interesse exclusivamente do mesmo município, que sofre a falta constante do produto. Serão convidados representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL; da CEMAR - Companhia Energética do Maranhão; o prefeito do município; o promotor de Justiça que responde pela comarca e a advogada do cidadão (defensora pública municipal), e segundo Elias, a Câmara utilizará de todos os meios de comunicações disponíveis na cidade e no interior para conclamar a presença do povo na dita audiência. Resta apenas esperar.
Para variar, desde o início da tarde de ontem a energia elétrica que abastece Alto Parnaíba e Santa Filomena, dois municípios separados (ou unidos) pelas águas do rio Parnaíba, entrou mais uma vez em pane, o que ocorre desde a instalação da rede de transmissão no final da década de 1980. Neste ano, com o inverno mais cedo, o problema se agravou. Horas e dias sem que a essencial energia chegue aos lares, ao comércio, às empresas, às propriedades rurais, ao serviço público. Para quem vive essa situação, é uma tragédia, e o pior: a CEMAR e a CEPISA, as duas empresas prestadoras desse serviço público no Maranhão e Piauí, nada dizem, se utilizando do silêncio debochado como resposta a milhares de pessoas nas duas localidades.
Não gosto de ter o sentimento da impotência: mas confesso que esse estado lastimável que entrava o desenvolvimento, propicia o mau humor, amplia o calor, atinge impiedosamente até os hospitais, cala as comunicações (o telefone logo é atingido), me deixa sem saber ao certo o que fazer, pois, pelo menos em Alto Parnaíba, o escritório da companhia de enegia não funciona ou não existe; não temos delegado de polícia, promotor de Justiça e juiz de Direito; não existe delegacia do procon, enfim, o Estado aqui é totalmente inexistente, a não ser para receber impostos.
O posto de saúde municipal e o hospital conveniado pelo SUS, que é particular, não possuem gerador próprio; faltando luz, como ontem e hoje, é apenas rezar e acreditar em milagres, se o doente precisar de uma pequena cirurgia ou mesmo se tiver que ser internado, pois o calor é insuportável. As autoridades se calam, simplesmente. Nada fazem.
Uma boa notícia será a realização de uma audiência pública no final do mês para debater a questão do fornecimento da energia elétrica em Alto Parnaíba, por iniciativa do meu irmão, o vereador Elias Elton (PDT), com o apoio dos demais vereadores. É a primeira promoção, do gênero, por parte de um dos poderes do município, pois é interesse exclusivamente do mesmo município, que sofre a falta constante do produto. Serão convidados representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL; da CEMAR - Companhia Energética do Maranhão; o prefeito do município; o promotor de Justiça que responde pela comarca e a advogada do cidadão (defensora pública municipal), e segundo Elias, a Câmara utilizará de todos os meios de comunicações disponíveis na cidade e no interior para conclamar a presença do povo na dita audiência. Resta apenas esperar.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
ALTO PARNAÍBA E A FUTURA SAFRA
Nos últimos vinte anos, o município de Alto Parnaíba não tem sido sorte, com poucas exceções, na aquisição de bons administradores públicos para conduzi-lo, entretanto, a presença ousada e insistente de migrantes, aliados aos filhos da terra, faz com que a nossa agricultura, ao lado da pecuária e do comércio e, em consequência, do agronegócio que se inicia, tenha uma expansão e um crescimento de produção de grãos em excelentes safras a cada ano.
O fechamento da agência do Banco do Brasil em nossa cidade foi uma perda até hoje irrecuperável e o seu retorno, a partir de um novo movimento encabeçado pelo vereador Elias Elton do Amaral Rocha (PDT), com o apoio dos demais integrantes da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, tornou-se inadiável, pela própria capacidade da classe agricultora em preservar e expadir os negócios, gerando empregos e divisas, novos investimentos em terras, em máquinas e em tecnologia, novos campos agrícolas abertos, um crescimento considerável das transações imobiliárias e a conscientização acentuada com o meio ambiente.
Nunca presenciei tanta chuva como no mês de outubro em curso, não apenas chuvas de cajú e de manga. Ouvia de um agricultor no início da semana que se o inverno terminar como está se iniciando, teríamos condições de duas safras anuais, sem a necessidade de irrigação. Não é bairrismo, mesmo que eu seja um apaixonado por minha terra, mas é a constatação concreta de que as terras que formam os municípios de Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso são superiores em fertilidade, em número de hectares disponíveis, em chuvas regulares e em água abundante e perene, às terras de outros municípios da própria região, e de que o momento de investir e de produzir a custo barato e com segurança dada até pela natureza, é agora.
A safra futura baterá recordes, é inegável e as previsões de especialistas e da natureza dizem isso. Também conversei no final de semana com o agrônomo José Carlos Polesso, um dos melhores e mais experientes profissionais da área agrícola da região do Alto Parnaíba, extremamente cauteloso e técnico, e discorríamos sobre o entusiasmo das empresas que estão se instalando nos arredores da cidade, especialmente as que trabalham com a agricultura em média e grande escala, e sobre a possibibilidade da criação do distrito industrial de Alto Parnaíba, a partir do agronegócio em franco crescimento.
A falta de informatização do Cartório do Registro de Imóveis da comarca de Alto Parnaíba e a demora exagerada para o atendimento de certidões, registros de cédulas e outros serviços inerentes a essa concessão pública, afuguentam novos investidores e atrasam burocraticamente a dinâmica do agronegócio, da vida empresarial e dos agricultores, na opinião do agrônomo Polesso e da comunidade como um todo.
Entretanto, essa situação não é razão para o não investimento, ao contrário, é passageira e o que interessa, verdadeiramente, é a capacidade de oferecer condições concretas de produção agrícola e pecuária, ao lado do comércio, serviços, agronegócios e indústrias, que possui o município de Alto Parnaíba. O momento é esse.
O fechamento da agência do Banco do Brasil em nossa cidade foi uma perda até hoje irrecuperável e o seu retorno, a partir de um novo movimento encabeçado pelo vereador Elias Elton do Amaral Rocha (PDT), com o apoio dos demais integrantes da Câmara Municipal de Alto Parnaíba, tornou-se inadiável, pela própria capacidade da classe agricultora em preservar e expadir os negócios, gerando empregos e divisas, novos investimentos em terras, em máquinas e em tecnologia, novos campos agrícolas abertos, um crescimento considerável das transações imobiliárias e a conscientização acentuada com o meio ambiente.
Nunca presenciei tanta chuva como no mês de outubro em curso, não apenas chuvas de cajú e de manga. Ouvia de um agricultor no início da semana que se o inverno terminar como está se iniciando, teríamos condições de duas safras anuais, sem a necessidade de irrigação. Não é bairrismo, mesmo que eu seja um apaixonado por minha terra, mas é a constatação concreta de que as terras que formam os municípios de Alto Parnaíba, Santa Filomena e Tasso Fragoso são superiores em fertilidade, em número de hectares disponíveis, em chuvas regulares e em água abundante e perene, às terras de outros municípios da própria região, e de que o momento de investir e de produzir a custo barato e com segurança dada até pela natureza, é agora.
A safra futura baterá recordes, é inegável e as previsões de especialistas e da natureza dizem isso. Também conversei no final de semana com o agrônomo José Carlos Polesso, um dos melhores e mais experientes profissionais da área agrícola da região do Alto Parnaíba, extremamente cauteloso e técnico, e discorríamos sobre o entusiasmo das empresas que estão se instalando nos arredores da cidade, especialmente as que trabalham com a agricultura em média e grande escala, e sobre a possibibilidade da criação do distrito industrial de Alto Parnaíba, a partir do agronegócio em franco crescimento.
A falta de informatização do Cartório do Registro de Imóveis da comarca de Alto Parnaíba e a demora exagerada para o atendimento de certidões, registros de cédulas e outros serviços inerentes a essa concessão pública, afuguentam novos investidores e atrasam burocraticamente a dinâmica do agronegócio, da vida empresarial e dos agricultores, na opinião do agrônomo Polesso e da comunidade como um todo.
Entretanto, essa situação não é razão para o não investimento, ao contrário, é passageira e o que interessa, verdadeiramente, é a capacidade de oferecer condições concretas de produção agrícola e pecuária, ao lado do comércio, serviços, agronegócios e indústrias, que possui o município de Alto Parnaíba. O momento é esse.
domingo, 25 de outubro de 2009
CIDADES NO ESCURO
Na sexta-feira, as audiências que seriam realizadas no fórum da cidade de Santa Filomena, do lado piauiense do Parnaíba, foram canceladas por uma única razão: desde a noite anterior, como é costume há trinta anos, a energia elétrica fornecida pela CEPISA, tinha ido embora para um lugar que a minha formação pessoal e profissional não permite dizer, mas o imaginário de qualquer um deve induzir qual seria esse lugar no pensamento de centenas de consumidores e usuários em Santa Filomena e Alto Parnaíba, da banda de cá do Velho Monge, cujas águas produzem a energia que a irresponsável companhia energética do Piauí, alinhada e cúmplice da similiar maranhense (iguais em tudo que não presta, especialmente quando a CEMAR era pública), nos fornece de forma desrespeitosa, indigna, imoral, perpetuando um mal serviço desde a instalação da linha de transmissão, sequer acatando as decisões da Justiça.
Essas companhias de energia de estados pobres e extremamente vitimados pela corrupção desenfreada, impune e vitalícia, como o Maranhão e o Piauí, foram criadas como fonte de enriquecimento ilícito dos poderosos e do empreguismo desregrado, daí as dificuldades de gestão e de equilíbrio de suas contas. Para os moradores de Alto Parnaíba pouco importou a privatização da CEMAR, cuja rede de transmissão empacou na vizinha cidade de Tasso Fragoso, a 96 km. No Piauí, a CEPISA, pelo que consta, continua como cabide de emprego e promovendo a política pouco saudável do governador de plantão, enquanto a linha transmissora entre Gilbués e Santa Filomena, erguida no final dos anos 1980, continua a mesma: a luz falta se trovejar; a luz corre para o infinitivo se cair um chuvisco. É uma afronta à cidadania e à dignidade humana.
No início do ano, o correto magistrado Aderson Antônio Brito Nogueira, titular da 2ª vara de Floriano, que respondia pela comarca de Santa Filomena, acolheu um pedido liminar de 53 cidadãos e cidadãs consumidores da pouca energia fornecida pela CEPISA, e determinou algumas medidas a serem cumpridas pela dita companhia de energia do Piauí, a começar por uma multa de 10 mil reais por cada minuto sem luz, a partir de duas horas permitidas em um dia sem uma explicação no mínimo coerente e plausível. Um ilustre desembargador do Tribunal de Justiça daquele estado, que não deve ter enfrentado uma noite de calor e mouriçoca em Santa Filomena, em uma única canetada suspendeu, em parte, a justa decisão de um juiz que convive diretamente com seus comarcandos e enfrenta os mesmos problemas de qualquer pessoa simples do povo. A cínica CEPISA ficou mais uma vez na impunidade, pois a única forma de fazer com que ela entenda o que seja responsabilidade e respeito, é pelo bolso. As outras metas constantes da decisão judicial, a empresa concessionária de um essencial serviço ao público, sequer conheceu.
Apenas isso. Mais uma vez, desde sexta-feira, com pequenos intervalos, estamos sem a luz da CEPISA e da CEMAR, essa dupla que tantos males causaram e continuam impunemente a causar a esses dois municípios que parecem relegados ao esquecimento. Agora mesmo, O8:25 horas, e desde o início da manhã, após voltar rapidamente às 22:00 horas de ontem, a dita cuja tomou rumo ignorado. Os açougueiros com seus freezeres abarrotados de carne estragando, assim como os comerciantes que vendem frango e peixe. Os donos de bares, sorveterias, restaurantes e lanchonetes, com a mão na cabeça sem saber como pagar o prejuízo. Como eu disse no início, a CEPISA conseguiu retardar até o cumprimento de metas do Conselho Nacional de Justiça. Não sei mais a quem apelar. Confesso que estou esgotado... mas vou reagir, pois é preciso continuar acreditando que autoridades, como o juiz Aderson, tomem atitudes idênticas e façam com que a nossa gente seja respeitada.
Essas companhias de energia de estados pobres e extremamente vitimados pela corrupção desenfreada, impune e vitalícia, como o Maranhão e o Piauí, foram criadas como fonte de enriquecimento ilícito dos poderosos e do empreguismo desregrado, daí as dificuldades de gestão e de equilíbrio de suas contas. Para os moradores de Alto Parnaíba pouco importou a privatização da CEMAR, cuja rede de transmissão empacou na vizinha cidade de Tasso Fragoso, a 96 km. No Piauí, a CEPISA, pelo que consta, continua como cabide de emprego e promovendo a política pouco saudável do governador de plantão, enquanto a linha transmissora entre Gilbués e Santa Filomena, erguida no final dos anos 1980, continua a mesma: a luz falta se trovejar; a luz corre para o infinitivo se cair um chuvisco. É uma afronta à cidadania e à dignidade humana.
No início do ano, o correto magistrado Aderson Antônio Brito Nogueira, titular da 2ª vara de Floriano, que respondia pela comarca de Santa Filomena, acolheu um pedido liminar de 53 cidadãos e cidadãs consumidores da pouca energia fornecida pela CEPISA, e determinou algumas medidas a serem cumpridas pela dita companhia de energia do Piauí, a começar por uma multa de 10 mil reais por cada minuto sem luz, a partir de duas horas permitidas em um dia sem uma explicação no mínimo coerente e plausível. Um ilustre desembargador do Tribunal de Justiça daquele estado, que não deve ter enfrentado uma noite de calor e mouriçoca em Santa Filomena, em uma única canetada suspendeu, em parte, a justa decisão de um juiz que convive diretamente com seus comarcandos e enfrenta os mesmos problemas de qualquer pessoa simples do povo. A cínica CEPISA ficou mais uma vez na impunidade, pois a única forma de fazer com que ela entenda o que seja responsabilidade e respeito, é pelo bolso. As outras metas constantes da decisão judicial, a empresa concessionária de um essencial serviço ao público, sequer conheceu.
Apenas isso. Mais uma vez, desde sexta-feira, com pequenos intervalos, estamos sem a luz da CEPISA e da CEMAR, essa dupla que tantos males causaram e continuam impunemente a causar a esses dois municípios que parecem relegados ao esquecimento. Agora mesmo, O8:25 horas, e desde o início da manhã, após voltar rapidamente às 22:00 horas de ontem, a dita cuja tomou rumo ignorado. Os açougueiros com seus freezeres abarrotados de carne estragando, assim como os comerciantes que vendem frango e peixe. Os donos de bares, sorveterias, restaurantes e lanchonetes, com a mão na cabeça sem saber como pagar o prejuízo. Como eu disse no início, a CEPISA conseguiu retardar até o cumprimento de metas do Conselho Nacional de Justiça. Não sei mais a quem apelar. Confesso que estou esgotado... mas vou reagir, pois é preciso continuar acreditando que autoridades, como o juiz Aderson, tomem atitudes idênticas e façam com que a nossa gente seja respeitada.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
UM ANO DA MORTE DE UMA GRANDE SENHORA
Mulher do interior, simples, humilde, porém detentora de uma inteligência natural alinhada a uma vontade de ver a família crescer e se desenvolver, sem, entretanto, ficar apenas na esperança e na expectativa, atuando na condução concreta dessa esperança até a morte inesperada, em 22 de outubro de 2008, subitamente levada pela senhora dos mistérios em uma manhã na cidade de Teresina, onde se encontrava visitando uma filha e em tratamento rotineiro de saúde.
Foi assim que convivi e aprendi a respeitar e admirar dona Valniza Lustosa de Alencar Nogueira (foto ao lado com o neto Daniel), com traços de senhora retratada nos romances regionais que li na adolescência e que ainda me fascinam, com aquela mistura de liderança nata com o dom sensitivo de parecer advinhar ou pressentir os acontecimentos ao seu redor, mantendo filhos e netos ao seu lado, ensinando-lhes, sem formalismo, conceitos de moralidade, de ética, de religiosidade, de honestidade, de trabalho.
Era uma das poucas casas que eu visitava, praticamente todas as vezes que atravessava o Parnaíba para ir a Santa Filomena, a velha cidade onde nasceu e foi sepultada. A nossa amizade se consolidou através de seu filho José Damasceno Nogueira Filho, casado com minha única irmã, Clóris Alaíde, pais de Ana Carolina, uma dádiva a provar o amor incondicional e a resistência do casal. Dona Valniza era cativante, com voz meiga e fibra de mulher sertaneja, que verdadeiramente morou no mais puro sertão, o povoado Zelândia, zona rural de Santa Filomena, onde foi professora primária e onde, a pedido do pai, em pouco tempo superou os políticos tradicionais e alcançou as primeiras vitórias eleitorais do genitor, Caio Lustosa de Alencar, duas vezes prefeito do município, o seu último coronel ao lado de Antonio Luiz Avelino, seu tradicional adversário, e uma das mais completas lideranças políticas do sudoeste piauiense, quando os políticos eram mais honestos e éticos e cuja palavra era lei.
Dona Valniza foi casada com José Damasceno Nogueira, o popular Zé Biga, falecido em 1990, com quem deixou os filhos Filomena Maria de Fátima, Pedro Damasceno, José Damasceno, Excelsa, Valniza e Sônia. Além de rurícola e professora primária, foi diretora da unidade mista de saúde e secretária municipal de saúde de sua cidade natal, quando, com eficiência e equilíbrio, realizou uma excelente gestão, pois, assim como as personagens dos livros que não me deixam esquecer, era uma senhora que também sabia governar, dirimir o certo do errado, conduzir com maestria a economia do próprio lar, transmitir ensinamentos sem ar professoral ou imposição moralista.
Não tenho dúvidas de que ao lado dos pais e do esposo que a antecederam na passagem para o andar de cima, dona Valniza, merecedora do nosso respeito e da nossa mais profunda admiração, está em paz e ali, na casa do criador e conversando com a santa padroeira de sua devoção e de seus conterrâneos, continua orientando, induzindo e protegendo a sua prole, os seus amigos e a sua Santa Filomena.
Foi assim que convivi e aprendi a respeitar e admirar dona Valniza Lustosa de Alencar Nogueira (foto ao lado com o neto Daniel), com traços de senhora retratada nos romances regionais que li na adolescência e que ainda me fascinam, com aquela mistura de liderança nata com o dom sensitivo de parecer advinhar ou pressentir os acontecimentos ao seu redor, mantendo filhos e netos ao seu lado, ensinando-lhes, sem formalismo, conceitos de moralidade, de ética, de religiosidade, de honestidade, de trabalho.
Era uma das poucas casas que eu visitava, praticamente todas as vezes que atravessava o Parnaíba para ir a Santa Filomena, a velha cidade onde nasceu e foi sepultada. A nossa amizade se consolidou através de seu filho José Damasceno Nogueira Filho, casado com minha única irmã, Clóris Alaíde, pais de Ana Carolina, uma dádiva a provar o amor incondicional e a resistência do casal. Dona Valniza era cativante, com voz meiga e fibra de mulher sertaneja, que verdadeiramente morou no mais puro sertão, o povoado Zelândia, zona rural de Santa Filomena, onde foi professora primária e onde, a pedido do pai, em pouco tempo superou os políticos tradicionais e alcançou as primeiras vitórias eleitorais do genitor, Caio Lustosa de Alencar, duas vezes prefeito do município, o seu último coronel ao lado de Antonio Luiz Avelino, seu tradicional adversário, e uma das mais completas lideranças políticas do sudoeste piauiense, quando os políticos eram mais honestos e éticos e cuja palavra era lei.
Dona Valniza foi casada com José Damasceno Nogueira, o popular Zé Biga, falecido em 1990, com quem deixou os filhos Filomena Maria de Fátima, Pedro Damasceno, José Damasceno, Excelsa, Valniza e Sônia. Além de rurícola e professora primária, foi diretora da unidade mista de saúde e secretária municipal de saúde de sua cidade natal, quando, com eficiência e equilíbrio, realizou uma excelente gestão, pois, assim como as personagens dos livros que não me deixam esquecer, era uma senhora que também sabia governar, dirimir o certo do errado, conduzir com maestria a economia do próprio lar, transmitir ensinamentos sem ar professoral ou imposição moralista.
Não tenho dúvidas de que ao lado dos pais e do esposo que a antecederam na passagem para o andar de cima, dona Valniza, merecedora do nosso respeito e da nossa mais profunda admiração, está em paz e ali, na casa do criador e conversando com a santa padroeira de sua devoção e de seus conterrâneos, continua orientando, induzindo e protegendo a sua prole, os seus amigos e a sua Santa Filomena.
Fotos: Sônia Alencar
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
A SERRA BRANCA QUER SER ILUMINADA
A inclusão da energia elétrica em todos os lares dos brasileiros, nas cidades e no campo, é mais uma das inclusões constantes dos discursos do Presidente Lula, que, infelizmente, o programa luz para todos ainda não cumpriu essa ousada meta de levar a luz a todos os recantos de um país imenso como o nosso.
No município de Alto Parnaíba, extremo sul maranhense, por exemplo, o programa chegou apenas à região do distrito de Curupá, a 120 km da cidade, o que já representa um avanço imenso, tendo em vista que até então não tínhamos energia elétrica em um único metro da zona rural.
Aliás, a nossa energia, fornecida pela Companhia Energética do Maranhão - CEMAR -, que adquire o produto à Companhia Enérgica do Piauí - CEPISA -, é uma das piores do Brasil (se não a pior), mas, como inexiste outra opção, o consumidor é obrigado a tolerar o abuso da falta constante de luz e de suas quedas bruscas, que tantos prejuízos materiais causaram em trinta anos.
As outras regiões do município clamam pela continuidade do programa luz para todos, que está parado, faltando ainda concluir a transmissão para as casas próximas à região do Curupá e iniciar as obras no restante do nosso território, ou então o objetivo do presidente da República não será cumprido, a exemplo da comunidade do povoado Serra Branca, localizado próximo aos gerais do Balsas, uma das mais antigas fazendas de Alto Parnaíba, conforme manifesto assinado por dezenas de pessoas, liderados pelo aposentado rural Arlindo Barroso, endereçado ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também filho do sertão maranhense, da cidade de Mirador, que já governou o Maranhão e sempre votado em nossa terra.
"Alto Parnaíba/MA, 20 de agosto de 2009.
Sua Excelência o Senhor
EDISON LOBÃO
Digníssimo Ministro de Estado de Minas e Energia
Esplanada dos Ministérios – Praça dos Três Poderes
Brasília/DF
Senhor Ministro,
Assim como nós, Vossa Excelência é filho do sertão do Maranhão, na mesma região sul do estado.
Somos lavradoras e lavradores, pequenos criadores, alguns aposentados rurais, gente humilde e verdadeiramente sertaneja, que habitam a região do Povoado Serra Branca, no município de Alto Parnaíba, extremo sul do Maranhão, ao lado de grandes propriedades produtoras de grãos, de criações de bovinos e até de indústria de calcário.
Mas não temos luz elétrica. O programa LUZ PARA TODOS NÓS, projeto importante de integração do Presidente Lula e conduzido por Vossa Excelência, ainda não chegou aos nossos humildes lares. Ainda utilizamos a lamparina para iluminar o mínimo possível. Sem luz, não temos água potável e nem podemos desenvolver uma pequena irrigação ou melhorar o pouco rebanho. Televisão, só na cidade. Telefone, apenas um orelhão sempre com defeito. Transportes, em lombo de burro ou em carroceria de caminhões. Não temos luz. Precisamos de sua compreensão e da sua dedicação ao Maranhão, a quem também representa no Senado da República. Alto Parnaíba sabe de seu valor e de sua dedicação ao nosso estado.
São dezenas de famílias sem luz. Ainda fabricamos a farinha, a tapioca e moemos a cana de forma ultrapassada e sofrida. Ajude-nos e traga a LUZ PARA TODOS À REGIÃO DA SERRA BRANCA, EM ALTO PARNAÍBA/MA".
No município de Alto Parnaíba, extremo sul maranhense, por exemplo, o programa chegou apenas à região do distrito de Curupá, a 120 km da cidade, o que já representa um avanço imenso, tendo em vista que até então não tínhamos energia elétrica em um único metro da zona rural.
Aliás, a nossa energia, fornecida pela Companhia Energética do Maranhão - CEMAR -, que adquire o produto à Companhia Enérgica do Piauí - CEPISA -, é uma das piores do Brasil (se não a pior), mas, como inexiste outra opção, o consumidor é obrigado a tolerar o abuso da falta constante de luz e de suas quedas bruscas, que tantos prejuízos materiais causaram em trinta anos.
As outras regiões do município clamam pela continuidade do programa luz para todos, que está parado, faltando ainda concluir a transmissão para as casas próximas à região do Curupá e iniciar as obras no restante do nosso território, ou então o objetivo do presidente da República não será cumprido, a exemplo da comunidade do povoado Serra Branca, localizado próximo aos gerais do Balsas, uma das mais antigas fazendas de Alto Parnaíba, conforme manifesto assinado por dezenas de pessoas, liderados pelo aposentado rural Arlindo Barroso, endereçado ao ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, também filho do sertão maranhense, da cidade de Mirador, que já governou o Maranhão e sempre votado em nossa terra.
"Alto Parnaíba/MA, 20 de agosto de 2009.
Sua Excelência o Senhor
EDISON LOBÃO
Digníssimo Ministro de Estado de Minas e Energia
Esplanada dos Ministérios – Praça dos Três Poderes
Brasília/DF
Senhor Ministro,
Assim como nós, Vossa Excelência é filho do sertão do Maranhão, na mesma região sul do estado.
Somos lavradoras e lavradores, pequenos criadores, alguns aposentados rurais, gente humilde e verdadeiramente sertaneja, que habitam a região do Povoado Serra Branca, no município de Alto Parnaíba, extremo sul do Maranhão, ao lado de grandes propriedades produtoras de grãos, de criações de bovinos e até de indústria de calcário.
Mas não temos luz elétrica. O programa LUZ PARA TODOS NÓS, projeto importante de integração do Presidente Lula e conduzido por Vossa Excelência, ainda não chegou aos nossos humildes lares. Ainda utilizamos a lamparina para iluminar o mínimo possível. Sem luz, não temos água potável e nem podemos desenvolver uma pequena irrigação ou melhorar o pouco rebanho. Televisão, só na cidade. Telefone, apenas um orelhão sempre com defeito. Transportes, em lombo de burro ou em carroceria de caminhões. Não temos luz. Precisamos de sua compreensão e da sua dedicação ao Maranhão, a quem também representa no Senado da República. Alto Parnaíba sabe de seu valor e de sua dedicação ao nosso estado.
São dezenas de famílias sem luz. Ainda fabricamos a farinha, a tapioca e moemos a cana de forma ultrapassada e sofrida. Ajude-nos e traga a LUZ PARA TODOS À REGIÃO DA SERRA BRANCA, EM ALTO PARNAÍBA/MA".
terça-feira, 20 de outubro de 2009
UM DOS NÓS QUE AMARRAM A JUSTIÇA
O Conselho Nacional da Justiça surge como uma das melhores invenções institucionais do Brasil nos últimos tempos. A sensação de impunidade que rondava a maioria dos juízes brasileiros, deu lugar à racionalidade; o emperramento do Judiciário passou a ser enfrentado com franqueza, coragem e desafios.
É preciso, entretanto, que o CNJ, os tribunais e os juízes passem a exigir maior eficiência e organização dos serventuários, a sua melhor qualificação e o suprimento da demanda, principalmente nas comarcas do interior do país. Estatísticas do próprio CNJ, na execução da chamada meta 2, noticiam que a metade dos processos que se encontravam ou ainda se encontram no limbo, não tinham sido dado baixa, ou seja, arquivados, pois já sentenciados em definitivo. Talvez seja a falta do carimbo e da velha máquina de escrever, que não permitiam aos escrivães de um passado não tão distante, encerrar o expediente forense ou cartorário sem cumprir o último despacho emanado do juiz.
Outra metade dos feitos, está parada pela falta de cumprimento de despachos simples e rotineiros, como os de mandar citar ou intimar, juntar petições, fazer vistas e conclusões, ou mesmo destacar prioridades nas capas dos processos.
Essa prática cartorária, ou das secretarias judiciais, causam todo tipo de prejuízo e dissabor, não apenas para quem busca direitos na Justiça, mas para os advogados, que intermediam a relação cidadão-juiz, e são cobrados impiedosamente, e com certa razão, por seus constituintes, sobre a demora, a falta de atenção de quem labora com processos.
Tudo que a gente faz tem que ser por gostar, inclusive o exercício da profissão escolhida; do contrário, os outros é quem sofrem, principalmente no serviço público. Para trabalhar com processo, que não é fácil, também é essencial gostar do que faz; gostar de folhear, de conferir, de ler processo, pois, sem aptidão, não tem CNJ que dê jeito no Judiciário do Brasil, a não ser que determine a realização de correições mensais, sem aquele formalismo exagerado infelizmente herdado dos portugueses, mas como de rotina, com a presença do juiz nos cartorários ou secretarias judiciais, conferindo se o esccrivão ou secretário cumpriu todos os despachos e sentenças proferidos naquele período, até mesmo para poder cobrar responsabilidasdes futuras.
É preciso, entretanto, que o CNJ, os tribunais e os juízes passem a exigir maior eficiência e organização dos serventuários, a sua melhor qualificação e o suprimento da demanda, principalmente nas comarcas do interior do país. Estatísticas do próprio CNJ, na execução da chamada meta 2, noticiam que a metade dos processos que se encontravam ou ainda se encontram no limbo, não tinham sido dado baixa, ou seja, arquivados, pois já sentenciados em definitivo. Talvez seja a falta do carimbo e da velha máquina de escrever, que não permitiam aos escrivães de um passado não tão distante, encerrar o expediente forense ou cartorário sem cumprir o último despacho emanado do juiz.
Outra metade dos feitos, está parada pela falta de cumprimento de despachos simples e rotineiros, como os de mandar citar ou intimar, juntar petições, fazer vistas e conclusões, ou mesmo destacar prioridades nas capas dos processos.
Essa prática cartorária, ou das secretarias judiciais, causam todo tipo de prejuízo e dissabor, não apenas para quem busca direitos na Justiça, mas para os advogados, que intermediam a relação cidadão-juiz, e são cobrados impiedosamente, e com certa razão, por seus constituintes, sobre a demora, a falta de atenção de quem labora com processos.
Tudo que a gente faz tem que ser por gostar, inclusive o exercício da profissão escolhida; do contrário, os outros é quem sofrem, principalmente no serviço público. Para trabalhar com processo, que não é fácil, também é essencial gostar do que faz; gostar de folhear, de conferir, de ler processo, pois, sem aptidão, não tem CNJ que dê jeito no Judiciário do Brasil, a não ser que determine a realização de correições mensais, sem aquele formalismo exagerado infelizmente herdado dos portugueses, mas como de rotina, com a presença do juiz nos cartorários ou secretarias judiciais, conferindo se o esccrivão ou secretário cumpriu todos os despachos e sentenças proferidos naquele período, até mesmo para poder cobrar responsabilidasdes futuras.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
UMA DATA MARCANTE
Amanhã, 17, completam sete anos que n'um dia como esse recebi uma das notícias mais tristes de minha vida, que também abalou toda a comunidade de Alto Parnaíba, sem exageros.
Eu saía do fórum da comarca, ainda o imponente prédio irracionalmente derrubado há dois anos, quando me deparei com alguém que me disse algo difícil de acreditar: o Daniel Filho, Beijoca e Djalma, que haviam saído de nossa cidade rumo a Floriano, não haviam chegado ao destino. Era a primeira noticia. Me dirigi à residência dos pais de Daniel, na mesma rua onde eu nasci e morava, torcendo para que não fosse mais uma invenção típica de bairros ou cidades pequenas. Infelizmente, não era. Todos os ocupantes do carro do Daniel, dirigido pelo Beijoca, haviam morrido em um trágico e até hoje inexplicável acidente.
Daniel Lustosa Filho, mais moço do que eu, era um grande amigo, e não digo isso pelo fato de já ter feito a viagem eterna. O vi crescer, sempre atrás de mim, querendo participar das mesmas brincadeiras e aventuras dos mais velhos. Filho único, era a atração de Santa e Daniel Lustosa Neto, e das irmãs Alaíse, Analy e Denise. Inteligente e sagaz, foi estudar em São Luís e o convívio comigo e minha família continuaram intactos. Inquieto, logo retornou à terra natal e com a mesma velocidade, se casou com Nória-Ney, que lhe deu três filhos - Isadora, Isaac e Ítalo -, a outra filha é Victória.
Daniel começou a trabalhar ainda menino e só parou com a trágica e traiçoeira morte que o espreitou n'uma noite escura na entrada da cidade maranhense de Pastos Bons. 17 de outubro, uma data inesquecível. A tragédia se abateu sobre a pequena cidade. Além de Daniel, os restos de Benjamin Rodrigues Filho (Beijoca), também parente e amigo de infância, e de Djalma Vieira, um outro jovem da família local, foram velados na Igreja Católica e sepultados no cemitério público. Beijoca foi levado para Gurupi/TO, onde vivem seus pais. Era o fim; um fim inesperado, deixando-me e creio que a todos, estupefados e sem acreditar no que estava acontecendo.
Beijoca era casado com Alaíse, irmã de Daniel; Djalma era irmão de Norinha, a mulher de Daniel, e acompanhavam o cunhado em uma viagem à cidade de Floriano, no Piauí. Não chegaram ao destino. Eram personagens ativos da vida comunitária. Daniel praticava quase todos os esportes que lhe apareciam, desde o futebol e o voley, e em todos se sobressaía. Gostava de dançar e de brincar e mesmo eficiente funcionário em todos os lugares que desenvolveu suas atividades, incluindo o meu escritório de advocacia, e da maturidade alcançada com o casamento e os filhos, era uma criança. Mantenho viva na mente a lembrança de seu sorriso permanente, de um humor típico daqueles seres humanos especiais, que não demoram muito aqui na terra. Sim, Daniel era especial.
Daniel Filho me deu o filho Isaac para ser padrinho de batismo. Prova de amizade e de estreitamento dessa afinidade construída naturalmente pelo tempo. Ele não gostava de tristeza e por essa razão, meu caro Daniel, quero apenas te dizer que teus filhos estão bem, mesmo com o sofrimento que teima em não desparecer dos olhos dos órfãos. Teus pais, mantendo uma escolinha livre de voley, com certeza para dizer a todos que tu continuas entre eles. Tua mulher é dedicada aos filhos e mantém o que tu deixastes, principalmente a vontade de viver. O Jean se casou com a Liana e assumiu os filhos desta, reabriu o hotel de Baía e até na serra já trabalhou como cozinheiro, o que não deixa de ser incrível. O Wladimir é um eterno "cendeiro" e continua se achando com apenas 15 anos. O Ivan Brito, criando os filhos e levando a vida sem atropelos, assumiu o bar do pai e, acredite se quizer, o fecha nos finais de semana. São muitos os teus amigos e todos, sem dúvida, sentem a tua falta, dentre eles o "Véio Macho", que o tempo não faz envelhecer e nem mudar o jeito de viver e de filosofar sobre as coisas do cotidiano e da antipática cachaça. Agora, eu te pergunto: e o Bruno, Plínio, Quincas, você já os encontrou? Vamos deixar a resposta para outrora, pois sei que já te cansei. Fica um abraço e uma lágrima que insiste em brotar... e tu sabes que eu não sou de chorar, a não ser pela alegria de ter contigo convivido. Viva a eternidade de Cristo sem deixar de embalar com tuas brincadeiras sadias e alegres a monotomia de São Pedro, pois sei que contigo aí no céu a casa de Deus nunca mais foi a mesma. Fique em paz.
Eu saía do fórum da comarca, ainda o imponente prédio irracionalmente derrubado há dois anos, quando me deparei com alguém que me disse algo difícil de acreditar: o Daniel Filho, Beijoca e Djalma, que haviam saído de nossa cidade rumo a Floriano, não haviam chegado ao destino. Era a primeira noticia. Me dirigi à residência dos pais de Daniel, na mesma rua onde eu nasci e morava, torcendo para que não fosse mais uma invenção típica de bairros ou cidades pequenas. Infelizmente, não era. Todos os ocupantes do carro do Daniel, dirigido pelo Beijoca, haviam morrido em um trágico e até hoje inexplicável acidente.
Daniel Lustosa Filho, mais moço do que eu, era um grande amigo, e não digo isso pelo fato de já ter feito a viagem eterna. O vi crescer, sempre atrás de mim, querendo participar das mesmas brincadeiras e aventuras dos mais velhos. Filho único, era a atração de Santa e Daniel Lustosa Neto, e das irmãs Alaíse, Analy e Denise. Inteligente e sagaz, foi estudar em São Luís e o convívio comigo e minha família continuaram intactos. Inquieto, logo retornou à terra natal e com a mesma velocidade, se casou com Nória-Ney, que lhe deu três filhos - Isadora, Isaac e Ítalo -, a outra filha é Victória.
Daniel começou a trabalhar ainda menino e só parou com a trágica e traiçoeira morte que o espreitou n'uma noite escura na entrada da cidade maranhense de Pastos Bons. 17 de outubro, uma data inesquecível. A tragédia se abateu sobre a pequena cidade. Além de Daniel, os restos de Benjamin Rodrigues Filho (Beijoca), também parente e amigo de infância, e de Djalma Vieira, um outro jovem da família local, foram velados na Igreja Católica e sepultados no cemitério público. Beijoca foi levado para Gurupi/TO, onde vivem seus pais. Era o fim; um fim inesperado, deixando-me e creio que a todos, estupefados e sem acreditar no que estava acontecendo.
Beijoca era casado com Alaíse, irmã de Daniel; Djalma era irmão de Norinha, a mulher de Daniel, e acompanhavam o cunhado em uma viagem à cidade de Floriano, no Piauí. Não chegaram ao destino. Eram personagens ativos da vida comunitária. Daniel praticava quase todos os esportes que lhe apareciam, desde o futebol e o voley, e em todos se sobressaía. Gostava de dançar e de brincar e mesmo eficiente funcionário em todos os lugares que desenvolveu suas atividades, incluindo o meu escritório de advocacia, e da maturidade alcançada com o casamento e os filhos, era uma criança. Mantenho viva na mente a lembrança de seu sorriso permanente, de um humor típico daqueles seres humanos especiais, que não demoram muito aqui na terra. Sim, Daniel era especial.
Daniel Filho me deu o filho Isaac para ser padrinho de batismo. Prova de amizade e de estreitamento dessa afinidade construída naturalmente pelo tempo. Ele não gostava de tristeza e por essa razão, meu caro Daniel, quero apenas te dizer que teus filhos estão bem, mesmo com o sofrimento que teima em não desparecer dos olhos dos órfãos. Teus pais, mantendo uma escolinha livre de voley, com certeza para dizer a todos que tu continuas entre eles. Tua mulher é dedicada aos filhos e mantém o que tu deixastes, principalmente a vontade de viver. O Jean se casou com a Liana e assumiu os filhos desta, reabriu o hotel de Baía e até na serra já trabalhou como cozinheiro, o que não deixa de ser incrível. O Wladimir é um eterno "cendeiro" e continua se achando com apenas 15 anos. O Ivan Brito, criando os filhos e levando a vida sem atropelos, assumiu o bar do pai e, acredite se quizer, o fecha nos finais de semana. São muitos os teus amigos e todos, sem dúvida, sentem a tua falta, dentre eles o "Véio Macho", que o tempo não faz envelhecer e nem mudar o jeito de viver e de filosofar sobre as coisas do cotidiano e da antipática cachaça. Agora, eu te pergunto: e o Bruno, Plínio, Quincas, você já os encontrou? Vamos deixar a resposta para outrora, pois sei que já te cansei. Fica um abraço e uma lágrima que insiste em brotar... e tu sabes que eu não sou de chorar, a não ser pela alegria de ter contigo convivido. Viva a eternidade de Cristo sem deixar de embalar com tuas brincadeiras sadias e alegres a monotomia de São Pedro, pois sei que contigo aí no céu a casa de Deus nunca mais foi a mesma. Fique em paz.
A foto acima, do meu arquivo pessoal, mostra o Daniel Filho festejando em cima do fusca do Keshin Fukui, o Japa, em uma carreata durante minha campanha eleitoral de 2000.
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
UMA LEI MORALIZADORA
Vereador quando quer trabalhar não falta serviço; é só querer e ter a convicção da importância do edil para a vida de sua comunidade, não fugindo dos problemas e exercendo as duas funções básicas da vereança: legislar e fiscalizar, não necessariamente nessa ordem.
Os pequenos municípios praticamente não arrecadam qualquer tributo, e o quando o fazem, em sua maioria, a respectiva prestação de contas inexiste, já que o dinheiro arrecadado sai pelo ralo da corrupção.
Objetivando acabar com a prática da arrecadação de poucos impostos e taxas, a exemplo do ITBI e ITBU no município de Alto Parnaíba, de forma pessoal por agentes públicos, sem autenticação mecânica a não ser o carimbo do setor de tributos, que vem perdurando nos últimos anos, sem qualquer garantia de que os recursos tenham o destino devido, ou seja, os cofres públicos e daí, a sua aplicação no interesse da coletividade, os vereadores Elias Elton do Amaral Rocha (PDT) e Firmino José Brito de Amorim (PV), tiveram projeto de lei aprovado unanimemente pela Câmara Municipal, na sessão ordinária de hoje, com o aplauso uníssono da galeria, demonstrando que nossa população começa a se indignar com práticas impunes de atos que atentam contra a moralidade, a impessoalidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência, princípios consagrados pela Constituição da República no seu artigo 37.
Agora, pelo projeto, o imposto predial e territorial urbano (IPTU), o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) - que vem crescendo significativamente em razão da procura por terras no município para o cultivo agrícola -, as taxas para o abate de carne bovina no matadouro público - sem veterinário e com saneamento precário -, e para a liberação de alvarás, dentre outros, serão recolhidos obrigatoriamente na rede bancária ou similiar, além do dever do envio mensal de relatório à Câmara de Vereadores com o movimento arrecadado.
Para virar lei o projeto nº 041/2009, necessita apenas da sanção do prefeito Ernani do Amaral Soares, totalmente a favor da medida, conforme me declarou pessoalmente, pois até o chefe do Executivo perde o controle sobre certos agentes arrecadores, o que não deixa de ser triste para um lugar tão carente de obras como Alto Parnaíba, cuja alegação maior dos sucessivos prefeitos seria a falta de dinheiro.
Os pequenos municípios praticamente não arrecadam qualquer tributo, e o quando o fazem, em sua maioria, a respectiva prestação de contas inexiste, já que o dinheiro arrecadado sai pelo ralo da corrupção.
Objetivando acabar com a prática da arrecadação de poucos impostos e taxas, a exemplo do ITBI e ITBU no município de Alto Parnaíba, de forma pessoal por agentes públicos, sem autenticação mecânica a não ser o carimbo do setor de tributos, que vem perdurando nos últimos anos, sem qualquer garantia de que os recursos tenham o destino devido, ou seja, os cofres públicos e daí, a sua aplicação no interesse da coletividade, os vereadores Elias Elton do Amaral Rocha (PDT) e Firmino José Brito de Amorim (PV), tiveram projeto de lei aprovado unanimemente pela Câmara Municipal, na sessão ordinária de hoje, com o aplauso uníssono da galeria, demonstrando que nossa população começa a se indignar com práticas impunes de atos que atentam contra a moralidade, a impessoalidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência, princípios consagrados pela Constituição da República no seu artigo 37.
Agora, pelo projeto, o imposto predial e territorial urbano (IPTU), o imposto de transmissão de bens imóveis (ITBI) - que vem crescendo significativamente em razão da procura por terras no município para o cultivo agrícola -, as taxas para o abate de carne bovina no matadouro público - sem veterinário e com saneamento precário -, e para a liberação de alvarás, dentre outros, serão recolhidos obrigatoriamente na rede bancária ou similiar, além do dever do envio mensal de relatório à Câmara de Vereadores com o movimento arrecadado.
Para virar lei o projeto nº 041/2009, necessita apenas da sanção do prefeito Ernani do Amaral Soares, totalmente a favor da medida, conforme me declarou pessoalmente, pois até o chefe do Executivo perde o controle sobre certos agentes arrecadores, o que não deixa de ser triste para um lugar tão carente de obras como Alto Parnaíba, cuja alegação maior dos sucessivos prefeitos seria a falta de dinheiro.
Foto: Carleandro Pereira da Silva
terça-feira, 13 de outubro de 2009
UM PROBLEMA CRÔNICO
Em meados de 1970, a energia elétrica produzida nas águas do Parnaíba finalmente chegou a Santa Filomena, no Piauí, e a Alto Parnaíba, do lado maranhense, exatamente as duas primeiras cidades banhadas pelo maior rio genuinamente nordestino.
A rede de transmissão, entre Gilbués e Santa Filomena, no início, foi construída com postes de madeira, substituídos alguns anos depois pelos de cimento, permanecendo, entretanto, os mesmos problemas verificados desde a instalação, ou seja, a falta constante da luz.
O blogueiro e vereador José Bonifácio Bezerra, em sua coluna cerrados no portal de notícias GP1, publicou extensa e correta matéria na manhã de hoje, onde relata o drama de mais de 43 horas em que as duas cidades ficaram no escuro, a partir da última sexta-feira. As companhias de energia dos dois estados, demonstram há quase 30 anos o mesmo desprezo por nós de Alto Parnaíba e de Santa Filomena, como se não fossêmos gente, seres humanos e brasileiros, protegidos pela mesma pela Constituição da República, que, quando algum mandamento é violado nas grandes cidades, o mundo vem abaixo.
Patrocino uma ação movida por 53 consumidores de Santa Filomena, no juízo daquela comarca, contra a CEPISA - Companhia Energética do Piauí -, em que o juiz de direito Aderson Antônio Brito Nogueira, concedeu liminar impondo multas e determinando medidas emergenciais a serem tomadas pela concessionária do serviço público, como a recuperação, a reparação e vistorias permanentes na linha problemática, a Gilbués/Santa Filomena. A CEPISA desconheceu a decisão judicial. Os mesmos problemas se repetem. O anúncio de qualquer chuva alegra o produtor e já suaviza o forte calor, mas, infelizmente, diz que a luz vai embora.
Os prejuízos são incalcuáveis e as empresas nada dizem; se mantêm mudas e irresponsáveis ao extremo. As faturas são altas e o corte atinge impiedosamente e em afronta à Constituição, todos os usuários. É uma situação vexatória. Como advogado, sinto na pele os efeitos dessa gritante humilhação, pois tudo pára e tudo atrasa. Parece que não integramos o Brasil de primeira classe, como gosta de dizer o Presidente Lula.
A rede de transmissão, entre Gilbués e Santa Filomena, no início, foi construída com postes de madeira, substituídos alguns anos depois pelos de cimento, permanecendo, entretanto, os mesmos problemas verificados desde a instalação, ou seja, a falta constante da luz.
O blogueiro e vereador José Bonifácio Bezerra, em sua coluna cerrados no portal de notícias GP1, publicou extensa e correta matéria na manhã de hoje, onde relata o drama de mais de 43 horas em que as duas cidades ficaram no escuro, a partir da última sexta-feira. As companhias de energia dos dois estados, demonstram há quase 30 anos o mesmo desprezo por nós de Alto Parnaíba e de Santa Filomena, como se não fossêmos gente, seres humanos e brasileiros, protegidos pela mesma pela Constituição da República, que, quando algum mandamento é violado nas grandes cidades, o mundo vem abaixo.
Patrocino uma ação movida por 53 consumidores de Santa Filomena, no juízo daquela comarca, contra a CEPISA - Companhia Energética do Piauí -, em que o juiz de direito Aderson Antônio Brito Nogueira, concedeu liminar impondo multas e determinando medidas emergenciais a serem tomadas pela concessionária do serviço público, como a recuperação, a reparação e vistorias permanentes na linha problemática, a Gilbués/Santa Filomena. A CEPISA desconheceu a decisão judicial. Os mesmos problemas se repetem. O anúncio de qualquer chuva alegra o produtor e já suaviza o forte calor, mas, infelizmente, diz que a luz vai embora.
Os prejuízos são incalcuáveis e as empresas nada dizem; se mantêm mudas e irresponsáveis ao extremo. As faturas são altas e o corte atinge impiedosamente e em afronta à Constituição, todos os usuários. É uma situação vexatória. Como advogado, sinto na pele os efeitos dessa gritante humilhação, pois tudo pára e tudo atrasa. Parece que não integramos o Brasil de primeira classe, como gosta de dizer o Presidente Lula.
VIVENDO INTENSAMENTE A VIDA
ATUALPA DE BRITO ARAÚJO nasceu na então Victória do Alto Parnaíba no dia 13 de outubro de 1929, filho de Luiz de Brito Araújo (Luíca) e Ana Cândida do Amaral Brito (Siá Cândida), da família fundadora do lugar.
Atualpa teve três irmãos, JOSÉ MESSIAS, HÉLIA e ELIANE. Os dois primeiros deixaram nossa cidade muito cedo, continuando viva apenas Hélia. Eliane, também falecida, casou-se com BENVINDO LUSTOSA NOGUEIRA e viveu até o desencarne na vizinha Santa Filomena.
Atualpa teve também um irmão de criação, PEDRO AMARAL, seu tio materno, filho natural do Major da Guarda Nacional, LUIZ ANTONIO LUSTOSA DO AMARAL BRITTO.
A perda rondou muito cedo a vida de nosso Apinha, como é carinhosamente chamado até os dias atuais por parentes, amigos e conhecidos. Primeiro o pai, Luíca, falecido em Teresina, quando buscava tratamento de saúde, chegando à capital do Piauí através de embarcação rústica pelas águas do rio Parnaíba, quando o homenageado detinha apenas seis anos de existência. Depois a mãe, Ana Cândida, morta ainda jovem. Apinha e os irmãos ficaram aos cuidados de bons parentes, que a eles se dedicaram, entretanto, a falta dos pais em idade fundamental na formação humana, é insubstituível. Atualpa soube a tudo resistir e com inteligência nata, aluno do tio materno, o poeta LUIZ AMARAL (LUIZINHO) e aprendiz do outro tio e pai de criação, ADERSON LUSTOSA DO AMARAL BRITO, e do sogro e amigo, OTACÍLIO LUSTOSA MASCARENHAS, adquiriu excelente formação moral e de caráter exemplar.
Por cinquenta anos, Apinha foi casado com DU-LAR TEIXEIRA MASCARENHAS, recentemente falecida, em uma união de paz e amizade, advindo os seguintes filhos: Auri-Stela, Maristela, Ana Cândida, Maria do Carmo, Luís, Suânia, Flávio, Dorotéia, Ézia e Marina. Um duro golpe atingiu a família com a morte, aos 23 anos, de Flávio, um filho-esperança.
Atualpa é um sertanejo resistente, amoroso, amigo leal, um autêntico alto-parnaibano. Abraçou várias profissões, como a de agricultor, boiadeiro, comerciário e funcionário público, também enveredando pela política, como vereador de nossa terra.
Homem de fibra, humilde, e amante da vida, convivendo harmoniosamente com todas as gerações, com a morte do último grande seresteiro de Alto Parnaíba, seu primo e amigo Manoel Carmona de Araújo Rocha, o nosso Apinha é o último remanescente de uma geração romântica, namoradeira, que gostava de cantar e de dançar, vivendo, aos 80 anos de plena lucidez e paz de consciência, verdadeiramente a vida, alegre e ativo participante dos acontecimentos de sua província natal, de onde nunca se mudou.
No sábado passado, a família de Atualpa o homenagenou com um jantar no clube maçônico, onde o aniversariante, com saúde de ferro, bom humor e descontração, foi abraçado e festejado por pessoas de sua geração e de gerações mais novas, como dona Isabel Gomes Almeida, aos 91 anos, os cunhados José Teixeira Mascarenhas, Wille Teixeira Mascarenhas e Cristã Mascarenhas, o prefeito Ernani do Amaral Soares e esposa, o vereador Elias Elton do Amaral Rocha, dona Laide do Amaral Brito Alves, prima e contemporânea de Apinha, e dezenas de outros convidados e familiares, como o neto e advogado, Dr. Sérgio Delgado Júnior.
Atualpa de Brito Araújo é um exemplo a todas as gerações e que Deus, o Criador, o mantenha ainda muito tempo como sempre foi – presença contagiante, alegria permanente, amizade pelos filhos, dezenove netos, sobrinhos, cinco bisnetos, duas noras, sete genros, cunhados, primos, contemporâneos, vizinhos, parentes e amigos de toda uma vida. VIVA APINHA E OBRIGADO POR ELE EXISTIR!
Atualpa teve três irmãos, JOSÉ MESSIAS, HÉLIA e ELIANE. Os dois primeiros deixaram nossa cidade muito cedo, continuando viva apenas Hélia. Eliane, também falecida, casou-se com BENVINDO LUSTOSA NOGUEIRA e viveu até o desencarne na vizinha Santa Filomena.
Atualpa teve também um irmão de criação, PEDRO AMARAL, seu tio materno, filho natural do Major da Guarda Nacional, LUIZ ANTONIO LUSTOSA DO AMARAL BRITTO.
A perda rondou muito cedo a vida de nosso Apinha, como é carinhosamente chamado até os dias atuais por parentes, amigos e conhecidos. Primeiro o pai, Luíca, falecido em Teresina, quando buscava tratamento de saúde, chegando à capital do Piauí através de embarcação rústica pelas águas do rio Parnaíba, quando o homenageado detinha apenas seis anos de existência. Depois a mãe, Ana Cândida, morta ainda jovem. Apinha e os irmãos ficaram aos cuidados de bons parentes, que a eles se dedicaram, entretanto, a falta dos pais em idade fundamental na formação humana, é insubstituível. Atualpa soube a tudo resistir e com inteligência nata, aluno do tio materno, o poeta LUIZ AMARAL (LUIZINHO) e aprendiz do outro tio e pai de criação, ADERSON LUSTOSA DO AMARAL BRITO, e do sogro e amigo, OTACÍLIO LUSTOSA MASCARENHAS, adquiriu excelente formação moral e de caráter exemplar.
Por cinquenta anos, Apinha foi casado com DU-LAR TEIXEIRA MASCARENHAS, recentemente falecida, em uma união de paz e amizade, advindo os seguintes filhos: Auri-Stela, Maristela, Ana Cândida, Maria do Carmo, Luís, Suânia, Flávio, Dorotéia, Ézia e Marina. Um duro golpe atingiu a família com a morte, aos 23 anos, de Flávio, um filho-esperança.
Atualpa é um sertanejo resistente, amoroso, amigo leal, um autêntico alto-parnaibano. Abraçou várias profissões, como a de agricultor, boiadeiro, comerciário e funcionário público, também enveredando pela política, como vereador de nossa terra.
Homem de fibra, humilde, e amante da vida, convivendo harmoniosamente com todas as gerações, com a morte do último grande seresteiro de Alto Parnaíba, seu primo e amigo Manoel Carmona de Araújo Rocha, o nosso Apinha é o último remanescente de uma geração romântica, namoradeira, que gostava de cantar e de dançar, vivendo, aos 80 anos de plena lucidez e paz de consciência, verdadeiramente a vida, alegre e ativo participante dos acontecimentos de sua província natal, de onde nunca se mudou.
No sábado passado, a família de Atualpa o homenagenou com um jantar no clube maçônico, onde o aniversariante, com saúde de ferro, bom humor e descontração, foi abraçado e festejado por pessoas de sua geração e de gerações mais novas, como dona Isabel Gomes Almeida, aos 91 anos, os cunhados José Teixeira Mascarenhas, Wille Teixeira Mascarenhas e Cristã Mascarenhas, o prefeito Ernani do Amaral Soares e esposa, o vereador Elias Elton do Amaral Rocha, dona Laide do Amaral Brito Alves, prima e contemporânea de Apinha, e dezenas de outros convidados e familiares, como o neto e advogado, Dr. Sérgio Delgado Júnior.
Atualpa de Brito Araújo é um exemplo a todas as gerações e que Deus, o Criador, o mantenha ainda muito tempo como sempre foi – presença contagiante, alegria permanente, amizade pelos filhos, dezenove netos, sobrinhos, cinco bisnetos, duas noras, sete genros, cunhados, primos, contemporâneos, vizinhos, parentes e amigos de toda uma vida. VIVA APINHA E OBRIGADO POR ELE EXISTIR!
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