Pode até parecer piada, mas o PMDB e a governadora Roseana Sarney, também do partido, estão querendo a cabeça do deputado Stênio Rezende, líder da agremiação na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Acusado pelo deputado Carlos Alberto Milhomem, também da base do governo Roseana e um dos políticos mais próximos do ministro Edison Lobão, de ter recebido R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) de um consórcio de empreiteiros para apresentar e aprovar no legislativo maranhense um projeto que permitisse a derrubada de babaçuais da zona urbana de São Luís, e já sob investigação da corregedoria da Casa por decisão da mesa diretora da ALMA, Stênio Rezende ainda corre o risco de perder a liderança do PMDB e do bloco aliado e de ser expulso do partido de Sarney, conforme teria recomendado Roseana Sarney a um grupo de deputados que a acompanhava na inauguração de uma obra na capital do estado.
Para quem não se lembra mais - especialmente a maioria dos eleitores que ao sair da cabine eleitoral já esqueceu em quem votou para deputado e senador -, Stênio Rezende é aquele deputado que somente aparece em Alto Parnaíba em época de eleição e sempre sai com votação consagradora no município sul maranhense, amigo e aliado incondicional do ex-prefeito Ranieri Avelino Soares (PV), mesmo não tendo realizado qualquer benefício em prol da população.
É o jeito Roseana de fazer política. Stênio a abandonou quando Jackson Lago se elegeu governador, tornando-se momentaneamente um anti-Sarney dos mais exaltados. Com a queda do Dr. Jackson, cassado indevida e ilegalmente pela toga do TSE, o obscuro deputado voltou cheio de amores ao convívio do clã, mas a governadora, cujo temperamento é uma mescla do pai José Sarney com o falecido aliado baiano Antonio Carlos Magalhães, esperou pacientemente o momento de dar o bote. Uma única certeza: além de ser expulso do PMDB, Stênio Rezende perderá o mandato. Outros virão.
Fontes: Jornal Pequeno, versão eletrônica, e BIP, de 10.12.2011.
sábado, 10 de dezembro de 2011
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